Coimbra foi a cidade escolhida para receber, em junho, no Convento São Francisco, a Mostra Nacional da 14ª edição do Prémio da Fundação Ilídio Pinho, “Ciência na Escola”, um concurso que visa motivar todos os alunos, do pré-escolar ao secundário, para a aprendizagem das ciências e para a escolha de áreas tecnológicas. O anúncio foi feito, esta tarde, pelo vereador da Educação da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Jorge Alves, e confirmado pelo presidente da fundação, Ilídio Pinho, na cerimónia de entrega dos prémios de participação aos 209 projetos da Região Centro que foram selecionados para a segunda fase do concurso. Sessão essa que decorreu no Conservatório de Música de Coimbra.
A 14ª edição do Prémio da Fundação Ilídio Pinho, “Ciência na Escola”, chegou ao fim da primeira fase, com a seleção dos projetos, pelos júris regionais do concurso, que vão passar para a segunda fase, de desenvolvimento. A cerimónia de entrega dos prémios de participação aos concorrentes da Região Centro eleitos pelo júri decorreu hoje, no auditório do Conservatório de Música de Coimbra, e contou com a presença do ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, do representante da coordenação nacional do projeto, António Proença, da delegada regional do Centro da Direcção-Geral dos Estabelecimentos Escolares, Cristina Oliveira, para além do vereador da CMC, Jorge Alves, e do presidente da fundação promotora, Ilídio Pinho.
“Vamos encontrar-nos na final, aqui em Coimbra. O local vai ser o Convento São Francisco. Já tivemos uma reunião preparatória e estamos agora em fase de agilizar as restantes questões”, afirmou o vereador Jorge Alves, na sua intervenção de hoje, recebendo fortes aplausos da plateia, que se mostrou satisfeita com a escolha de Coimbra para a realização da mostra nacional. “Senhor ministro, queremos que venha cá e que traga também o senhor primeiro-ministro pela importância que este evento merece”, acrescentou ainda Jorge Alves, concluindo ser “uma honra” receber em Coimbra o evento que encerra a 14ª edição do “Ciência na Escola”.
“Anunciou aqui o senhor vereador, Dr. Jorge Alves, que a mostra nacional vai ser em Coimbra. Portanto, já não há volta a dar”, salientou, por sua vez, o presidente da Fundação Ilídio Pinho. “Quando o senhor presidente e senhor vereador da Educação nos receberam na Câmara Municipal, para falarmos sobre a possibilidade da mostra nacional ser cá em Coimbra, a reação dos dois foi formidável e colocaram logo à disposição o Convento São Francisco”, contou Ilídio Pinto, satisfeito pela entrega final dos prémios e a apresentação dos 100 melhores projetos ir decorrer na cidade de Coimbra. “Pois cá estaremos”, acrescentou.
Ilídio Pinho falou ainda da evolução daquele que considera ser o prémio mais importante da sua fundação, o “Ciência na Escola”. Um concurso que arrancou há 14 anos, apenas com 34 ideias de projeto, e somente nos distritos de Aveiro e Porto, e que agora já chega aos 1000, alargando-se a todo país (incluindo Açores e Madeira), e mesmo ao continente africano; que começou com 15 mil euros de investimento para os primeiros prémios e agora já vai nos 500 mil euros.
E referiu ainda a assinatura de um protocolo entre a sua fundação e o Ministério da Economia, que visa assegurar uma passagem dos projetos premiados a potenciais startups ou atividades inovadoras de empresas já existentes no país. “Este é o nosso contributo para uma cultura científica em Portugal, para que o país possa competir no mundo global”, concluiu Ilídio Pinho.
“São 14 anos seguidos a premiar projetos das escolas de todas as regiões, incluindo Açores e Madeira, e agora mesmo além-fronteiras, com a participação de Angola, Moçambique e Cabo Verde. É uma verdadeira obra”, sublinhou, por sua vez, o ministro da Educação, prosseguindo: “A audácia do vosso projeto merece o nosso contínuo agradecimento.” “Ao longo destes anos, mais de 10 mil projetos foram constituídos graças a vocês”, prosseguiu, num sentido elogio ao mentor do projeto, Ilídio Pinto. “A nossa escola é mesmo do conhecimento e da ciência. E hoje, aqui, estamos a celebrar isso mesmo, a ciência”, acrescentou ainda Tiago Brandão Rodrigues, confirmando a sua presença em Coimbra, em junho. “Em breve cá estaremos então para a entrega dos prémios finais”, assegurou.
Hoje, 209 projetos da Região Centro foram eleitos para a segunda fase do concurso e irão receber, por isso, financiamento para que possam ser desenvolvidos até ao final do ano letivo. E, nesta edição, a participação de alunos e respetivas escolas da Região Centro foi a melhor de sempre: de um universo de 1000 projetos que se candidataram a nível nacional, 407 foram da Região Centro. Desses 407, 209 foram eleitos para a segunda fase, num universo global de 522 projetos selecionados a nível nacional pelos júris regionais. Uma prestação de excelência, que foi elogiada por todos os presentes.