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19 Novembro 2016

Câmara Municipal de Coimbra intervém nas zonas afetadas pelo mau tempo do último inverno

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado, afirmou hoje, que a autarquia continua sem receber qualquer verba relativa ao Fundo de Emergência, ativado pelo município no início deste ano em consequência das intempéries do último inverno, que provocaram danos superiores a 2 milhões de euros. Segundo o edil, quando ocorreram as intempéries do último inverno, “o município procurou ativar, junto do Governo, o Fundo de Emergência que socorre este tipo de intervenções”. No entanto, “o Fundo de Emergência ainda não abriu os cordões à bolsa” e o município de Coimbra continua sem receber verbas para compensar os prejuízos causados pelo mau tempo.

O autarca recordou que as margens do Mondego, o acesso aos campos agrícolas do baixo Mondego e as “docas”, entre outros, sofreram danos avultados e devem ser intervencionadas, “através de cofinanciamentos do Fundo de Emergência, mas até agora ainda não se pronunciaram”. No entanto, a falta de resposta do Fundo de Emergência não tem impedido a CMC de agir, empregando meios próprios. “Iremos continuar nesta senda de intervenção, nas zonas onde há maior risco”, salientou Manuel Machado.

As declarações do autarca foram proferidas precisamente após a consignação da empreitada de “Reconstrução de muros e suportes e outras obras – Intempéries: Copeira e Vil de Matos”, nas salas anexas do Pavilhão Polidesportivo de Vil de Matos. A intervenção, que representa um investimento de 143.005,81 euros (IVA incluído), prevê a construção de muros e a estabilização de taludes, em Copeira (Castelo Viegas) e Vil de Matos, que foram afetados pelo mau tempo verificado nos primeiros meses deste ano.

O ato contou com a presença, entre outras pessoas, do vereador do Ambiente da CMC, Carlos Cidade, do presidente da União de Freguesias de Antuzede e Vil de Matos, Diamantino Jorge, e do representante da Ilhaugusto – Construções Lda., José Leonardo.

A empresa adjudicatária irá receber 143.005,81 € (IVA incluído) para realizar a obra num prazo de 120 dias. Manuel Machado voltou a lançar um desafio: se a empresa conseguir realizar a obra num prazo de tempo mais curto, a autarquia reduzirá também o prazo de pagamento. 

A empreitada engloba duas intervenções de construção de muros e estabilização de taludes: uma junto às instalações do Pavilhão Polidesportivo de Vil de Matos, e outra, na Rua da Copeira, junto à Quinta de São José, em Castelo Viegas, abrangendo assim, respetivamente, a União de Freguesias de Antuzede e Vil de Matos e a União de Freguesias de Santa Clara e Castelo Viegas.

No caso da intervenção de Vil de Matos, está prevista a construção de um muro de suporte que garanta a estabilização do talude junto às instalações do Pavilhão Polidesportivo local. Trata-se de um talude aterro de cerca de 1000 m2, constituído por solos argilosos, para onde escoavam, superficialmente e em tubagem enterrada, as águas pluviais das coberturas do pavilhão e parte das do Centro de Saúde. Com as elevadas precipitações que ocorreram no inverno passado, o talude – que era o suporte da plataforma – deslizou.

Pretende-se, pois, repor a largura da plataforma à cota do pavilhão, optando-se, por isso, pela construção do muro em gabião, que terá uma extensão de 40m e uma altura de 5m. Todavia, ainda será necessário recolher informação geológica, o que só será possível após a remoção das terras aluídas, já na fase de execução dos trabalhos. Desta forma, o projeto poderá vir a sofrer alguns reajustes, em função das condições encontradas no local.

Os principais trabalhos a executar são, assim, a remoção dos materiais resultantes das derrocadas, a limpeza geral e desmatação das áreas intervencionadas, a execução de movimentos de terra necessários à implantação do muro a construir, construção de muro de suporte em gabião e execução dos trabalhos de pavimentação da área afetada. Complementarmente, é necessário avançar com os trabalhos de reposição das infraestruturas afetadas, bem como os relativos ao correto encaminhamento das águas pluviais das coberturas, num total de 2100 m2, devendo esses trabalhos serem coordenados com os da estabilização do talude.

Já na Rua da Copeira, em Castelo Viegas, os muros de alvenaria de pedra encontram-se em derrocada parcial, sendo a principal causa das deformações/abatimentos visíveis no piso. Os muros dessa rua encontram-se, na sua generalidade, envelhecidos, deformados e em risco de ruir. É, por isso, necessário proceder à sua reconstrução, já que são eles que servem de suporte à plataforma da via. 

A extensão total da intervenção é, ao nível da via, de 150m, enquanto a extensão total de muros a executar é de 121m, havendo quatro troços diferenciados: um troço inicial de 26m, onde serão construídos muros em gabião na continuidade dos existentes, com a base implantada a meia altura do talude e com 4m de altura; um troço com 27m, onde serão construídos muros em gabião em toda a altura do talude, com altura máxima de 6m e com a base implantada à cota da Quinta de São José; um troço com 38m, onde serão construídos muros em gabião de 4m a toda a altura do talude; e, por fim, um talude com 30m e desnível máximo de 2,5m, onde se prevê o seu capeamento com pedra resultante da demolição de muros. 

Para além dos muros, a empreitada engloba ainda trabalhos de limpeza e desmatação da área de intervenção, movimento de terras necessário à implantação, execução de muros e drenos, construção de uma valeta na base do talude em meia manilha de betão, pavimentação das áreas afetadas, incluindo marcações rodoviárias, e, por último, fornecimento e assentamento de guardas de segurança metálicas.

Esta é mais uma empreitada de reconstrução de muros, estabilização de taludes e proteção das vias municipais, levada a cabo pela CMC. A última, de cerca de 185 mil euros, abrangeu vários locais do município, nomeadamente nas freguesias de Torres do Mondego, Ceira, Santo António dos Olivais, e nas uniões de freguesias de Eiras e S. Paulo de Frades e de S. Martinho do Bispo e Ribeira de Frades. 

As cheias do passado mês de fevereiro provocaram prejuízos no património municipal de cerca de 2 milhões de euros, segundo um relatório elaborado por vários departamentos da CMC, que aponta, entre outro, danos no valor de 531.820 euros em muros de suporte e taludes e de 434 mil euros na recuperação de pavimentos.

 

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