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7 Fevereiro 2020

Câmara lança obra que reúne textos do padre António Nogueira Gonçalves

A Casa Municipal da Cultura acolheu, ontem à tarde, a sessão de apresentação do livro “António Nogueira Gonçalves. Colaboração em publicação periódicas”, uma edição da Câmara Municipal (CM) de Coimbra que reúne artigos do historiador, publicados na imprensa local entre 1921 e 1991. O presidente da CM Coimbra, Manuel Machado, esteve presente no lançamento e realçou o excelente trabalho de recolha que foi feito e a importância do livro para a história da arte em Portugal. “Esta é uma recolha importante, que fica para a memória coletiva da nossa cidade, da região e do país”, referiu Manuel Machado. A obra está disponível para consulta na Biblioteca Municipal de Coimbra e nas bibliotecas anexas da CM Coimbra e será, a partir de agora, distribuída por muitas outras, como as bibliotecas escolares da rede concelhia, as bibliotecas públicas do distrito e outras que tenham interesse na obra.

“António Nogueira Gonçalves. Colaboração em publicação periódicas” é uma obra dividida em dois volumes, composta por 1148 páginas, que inclui 581 artigos que o padre e historiador foi escrevendo ao longo da sua vida e publicando na imprensa local, mais concretamente no Diário de Coimbra, Comarca de Arganil e Correio de Coimbra, entre os anos 1921 e 1991. Textos simples, onde Nogueira Gonçalves transmite os seus conhecimentos sobre a história da arte portuguesa, que estavam dispersos e de difícil acesso, mas que, depois de um exigente e rigoroso trabalho de recolha, foram compilados pelos coordenadores científicos da obra, Regina Anacleto e Nelson Correia Borges.

 

O livro foi apresentado, ontem, na Casa Municipal da Cultura, pelo vice-presidente da Academia Nacional de Belas Artes, Vítor Serrão, que salientou a importância do “trabalho meticuloso” que foi feito e recordou António Nogueira Gonçalves como “uma figura maior do domínio das várias artes”. Estiveram ainda presentes na sessão de lançamento do livro a vereadora da Cultura da CM Coimbra, Carina Gomes, e os coordenadores científicos da obra, Regina Anacleto e Nelson Correia Borges, que realçaram a importância desta homenagem, recordando como foi conviver com o padre António Nogueira.

 

A obra reconhece António Nogueira Gonçalves “como uma figura incontornável da historiografia da arte em Portugal, em especial, da região de Coimbra”, tal como refere o presidente da CM Coimbra, Manuel Machado, no texto de introdução do livro. “O seu conhecimento profundo de arte, uma arguta observação e uma erudição multifacetada, atribuíram grande credibilidade científica aos seus artigos, que passaram a constituir fontes de referência e de consulta obrigatória no que respeita à história da arte em Portugal”, refere o presidente da CM Coimbra. 

 

“A sua dedicação à investigação e ao ensino contribuíram reconhecidamente para o perpetuar da nossa memória coletiva, deixando para as gerações vindouras um legado intelectual incalculavelmente mais rico”, acrescentou ainda Manuel Machado, recordando os inúmeros reconhecimentos públicos institucionais que já foram feitos a Nogueira Gonçalves, nomeadamente “o da Câmara Municipal de Coimbra, com a atribuição da Medalha de Ouro da Cidade, em 1983”.  “Esta obra, agora editada pelo Município de Coimbra, renova o reconhecimento do eminente historiador, pelo seu trabalho, investigação, dedicação e divulgação da arte em Portugal”, concluiu o autarca.

 

+ Info

Notas Bibliográficas | António Nogueira Gonçalves

 

António Nogueira Gonçalves (1901 – 1998), nasceu na Sorgaçosa, freguesia de Pomares, concelho de Arganil, tendo, desde muito cedo, demonstrado grande interesse, conhecimento científico e erudição por diversas áreas culturais e artísticas. Escreveu vários textos sobre arte mas a sua obra mais relevante centra-se nos Inventários Artísticos da cidade de Coimbra (1974) e do distrito de Coimbra (1952) e distrito de Aveiro. Foi colaborador de várias revistas especializadas de arte e colaborou em vários jornais. Participou em múltiplas conferências e emitiu vários pareceres sobre conservação e restauro de edifícios e obras de arte. Foi conservador do Museu Nacional Machado de Castro e em 1968 a Universidade de Coimbra convidou-o para lecionar, na Faculdade de Letras, as disciplinas de História de Arte.

 

A Universidade de Coimbra, concedeu-lhe o grau de doctor honoris causa em 1979. A Academia Nacional de Belas Artes elevou-o à categoria de Académico de Honra e agraciou-o em 1991 com a medalha de mérito de Belas artes, classe de ouro. O Governo atribuiu-lhe a medalha de mérito cultural em 1991. Em 1983 A Câmara Municipal de Coimbra, terra que adota como sua, atribui-lhe a medalha de ouro da cidade e o título de cidadão honorário e a Câmara Municipal de Arganil honrou-o com a atribuição da medalha de ouro do município em 1992. 

 

O Padre António Nogueira Gonçalves, de saber diversificado e profundo, escreveu sobre Ourivesaria, Cerâmica, Tecidos, Escultura, Pintura, Arquitetura, e tantos outros aspetos de arte, sendo difícil encontrar no nosso país quem tão silenciosamente tenha feito uma obra tão importante. É hoje figura incontornável da historiografia da arte em Portugal, tendo deixado fontes preciosas e únicas para o conhecimento da arte portuguesa e em particular da cidade e região de Coimbra.

 

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