O pianista Filipe Pinto-Ribeiro (Artista Steinway) estará acompanhado por músicos de excelência, referências mundiais dos seus instrumentos: Mihaela Martin (violinista), Miguel da Silva (violetista), Frans Helmerson (violoncelista) e Tiago Pinto-Ribeiro (contrabaixista).
É este o quinteto que irá interpretar duas obras-primas de Dvorák e Schubert, este domingo, no concerto de Natal oferecido pela CM Coimbra. O concerto vai decorrer no Salão Nobre dos Paços do Concelho, estando asseguradas o arejamento, a limpeza e a higienização do espaço antes e depois do evento.
O 2.º Quarteto com Piano, do grande compositor checo Antonín Dvořák, que abrirá o concerto, é um exemplo vigoroso e expressivo do Romantismo Musical. O Quinteto com Piano, com o subtítulo “A Truta”, do compositor austríaco Franz Schubert, é um exemplo modelar de uma obra divertida e, ao mesmo tempo, exigente, tendo-se tornado numa das composições mais famosas da música de câmara.
A entrada é livre, sendo que os bilhetes podem ser levantados na Casa Municipal da Cultura até às 19h00 de 11 de dezembro ou no dia 12 de dezembro, a partir das 14h30, no edifício da Praça 8 de Maio.
De acordo com a Resolução do Conselho de Ministros n.º 157/2021 – que declara a situação de calamidade no âmbito da pandemia da doença COVID-19, é necessária a apresentação de Certificado Digital COVID da UE ou de comprovativo de realização laboratorial de teste com resultado negativo, bem como a manutenção do uso de máscara durante o evento.
Biografias
Filipe Pinto-Ribeiro é um dos grandes pianistas portugueses da atualidade e um dos que mais reconhecimento internacional conquistou enquanto solista e músico de câmara.
Diplomado e doutorado pelo Conservatório Tchaikovsky de Moscovo, onde estudou com Lyudmila Roschina, Filipe encetou, desde então, uma carreira que o tem levado a apresentar-se nas principais salas e com as principais orquestras portuguesas e em alguns dos principais palcos e prestigiosas séries de concertos da Europa e América do Norte.
Momento importante no seu percurso foi a criação, em 2006, do DSCH – Schostakovich Ensemble (de que é Diretor Artístico), um agrupamento de geometria variável onde Filipe se tem associado, ao longo dos últimos quase vinte anos, a muitos dos mais significativos músicos do nosso tempo para concertos um pouco por todo o mundo.
Foi também a partir desse Ensemble que criou, em 2015, o Festival e Academia Verão Clássico, que se realiza anualmente em Lisboa no fim de julho / início de agosto, e que se constitui hoje inquestionavelmente como um dos mais importantes festivais e academias musicais de Verão do mundo.
É também Diretor Artístico do Festival de Música dos Capuchos e do Bragança ClassicFest.
Dentre a sua discografia, destaque-se, a solo, o CD ‘Piano Seasons’, com obras de Tchaikovsky, Carrapatoso e Piazzolla/Nisinman e, em música de câmara, a integral para piano e cordas de Schostakovich e um disco com Trios de Beethoven, todos três editados pela Paraty/Harmonia Mundi.
Recebeu, em 2014, da marca de pianos Steinway & Sons, a distinção de “Artista Steinway”.
Mihaela Martin é considerada uma das violinistas mais destacadas da atualidade. Nasceu na Roménia e, aos cinco anos, recebeu as primeiras aulas de violino com o seu pai. Mais tarde, estudou com Stefan Gheorghiu, um aluno de George Enescu e David Oistrakh.
Com apenas 19 anos, Mihaela Martin ganhou o Segundo Prémio no famoso Concurso Internacional Tchaikovsky em Moscovo, seguindo-se Prémios destacados em Montreal, Sion e Bruxelas, e o Primeiro Prémio no Concurso Internacional de Violino de Indianápolis, que lançou definitivamente a sua carreira internacional.
Apresentou-se como solista com grandes orquestras como a BBC Symphony, a Royal Philharmonic e a Sinfónica de Montreal, bem como a Orquestra Mozarteum de Salzburg e a Orquestra Gewandhaus de Leipzig, sob a direção de maestros como Kurt Masur, Nikolaus Harnoncourt, Charles Dutoit e Neeme Järvi.
Na temporada passada tocou como solista e apresentou-se em festivais de música de câmara na Itália, Noruega, Reino Unido, França, Israel, Alemanha, Grécia, Roménia e Suíça. Juntamente com Conrad Muck, Mikhail Barenboim e Frans Helmerson, é membro permanente do Quarteto de Cordas Michelangelo, que fundou em 2003.
É Professora de Violino na Escola Superior de Música de Colónia, na Academia Kronberg e na Academia Barenboim-Said Akademie, em Berlim, e orienta Masterclasses em todo o mundo.
É membro regular dos júris em grandes concursos internacionais, como o Rainha Elisabete (Bélgica), Indianápolis (EUA), Enescu (Roménia) e Tchaikovsky (Rússia).
Mihaela Martin toca um violino de J.G. Guadagnini que data de 1748.
Miguel da Silva, músico franco-suíço, nasceu em Reims. Começou a estudar no Conservatório da sua cidade natal, antes de se mudar para Paris onde estudou no Conservatório Superior de Música, com Serge Collot. Em Paris, foi laureado com o Primeiro Prémio em Música de Câmara e em Viola, por unanimidade e com voto especial do júri.
Em 1985, ganhou o Primeiro Prémio do Concurso Internacional de Música de Câmara em Paris.
A sua paixão pelo quarteto de cordas levou-o a fundar o Quarteto Ysaÿe, juntamente com três amigos. Depois de ganhar o Primeiro Prémio em Evian, o Quarteto Ysaÿe começou uma carreira internacional por todo o mundo, do Japão à América. Essa carreira brilhante, de trinta anos, foi encerrada em janeiro de 2014, após uma grande série de concertos, com ênfase especial na música de Beethoven.
Nos últimos anos, diversos convites levaram-no ao Wigmore Hall, em Londres, e à maioria das grandes salas de concerto da Europa – Munique/Herkulesaal, Veneza/Teatro della Fenice, Copenhaga, Helsínquia, Amsterdão/Concertgebouw, Hannover, Basileia, Baden-Baden, Salzburg/Festspielhaus, Leipzig –, e fez digressões na Bélgica, EUA, Japão e Itália.
Tocou como solista com a Orquestra de Câmara de Paris, a Orquestra de Câmara Polaca, aOrchestre d’Auvergne, a Orquestra Franz-Liszt de Budapeste, a Orquestra da Bretanha e com a Orquestra “Les Siècles”.
Como músico de câmara muito requisitado, os seus parceiros foram Michel Portal, Jean-Claude Pennetier, Paul Meyer, Leonidas Kavakos, Pierre Amoyal, Augustin Dumay, Nikita Boriso-Glebksy, António Meneses, Jean-François Heisser, Truls Mork e Henri Demarquette, Gary Hoffman, Emmanuel Pahud, Christophe Coin, entre outros.
Paralelamente aos seus CDs com o Quarteto Ysaÿe, Miguel da Silva gravou para as editoras Accord, Valois-Auvidis, Philips, Harmonia Mundi e outros. Também fundou a sua própria editora, a Ysaÿe Records, que, com o selo Nascor, oferece aos jovens músicos a oportunidade de fazer a sua primeira gravação.
Em 1994, começou a lecionar uma classe de quartetos de cordas e, desde então, tem orientado toda uma nova geração de quartetos franceses e europeus e grupos de música de câmara.
Em 2008, foi nomeado Professor de Viola na Musikhochschule de Luebeck, na Alemanha, onde assumiu o cargo de Walter Levine, como tutor na Academia Europeia de Música de Câmara (ECMA) e na Academia de Verão da Universidade de Música de Viena (ISA).
Em 2009, ingressou na Haute École de Musique, em Genebra, como Professor de Viola e de Música de Câmara, e tornou-se diretor artístico da Académie Musicale Villecroze, em França.
Foi recentemente nomeado Mestre em Residência na Capela Musical Rainha Elisabete da Bélgica, juntamente com José Van Dam (Canto), Augustin Dumay (Violino), Louis Lortie (Piano) e Gary Hoffman (Violoncelo) onde foi convidado a abrir a primeira classe de Viola.
Miguel da Silva toca uma viola de Nicola Bergonzi (Cremona, 1796).
Frans Helmerson é sueco e um dos músicos mais respeitados da atualidade. Iniciou os seus estudos musicais com Guido Vecchi, em Gotemburgo, antes de estudar com Giuseppe Selmi, em Roma, e William Pleeth, em Londres. Sergiu Celibidache e Mstislav Rostropovich (seu mentor) também tiveram um papel muito influente no seu desenvolvimento artístico.
Em 1971, ganhou o renomado Concurso Internacional Cassado, em Florença, a primeira de muitas distinções. Muitas digressões levaram-no a vários países da Europa, assim como ao Japão, Rússia, América do Sul, Austrália, Nova Zelândia e EUA.
Apresentou-se como solista com muitos dos melhores maestros, incluindo Seiji Ozawa, Colin Davies, Neeme Järvi, Evgeni Svetlanov, Esa-Pekka Salonen, Herbert Blomstedt, Sergiu Comissiona, Frübeck de Burgos, Kurt Sanderling e Mstislav Rostropovich, e recebeu muitos elogios da crítica pelos seus concertos e gravações. A sua gravação do Concerto para Violoncelo de Dvořák, com Neeme Järvi e a Orquestra Sinfónica de Gotemburgo, foi reconhecida como a “melhor gravação atualmente disponível no mercado”. A sua gravação do Concerto para Violoncelo N.º 1 de Schostakovich também é altamente elogiada.
A paixão de Frans Helmerson pela música de câmara é outra força motriz importante nos seus projetos musicais. É convidado regular nos principais festivais, incluindo o Festival de Verbier, o Festival Pablo Casals, em Prades, e o Festival de Ravinia. Foi, durante largos anos, diretor artístico do Festival Internacional de Música de Câmara de Umea-Korsholm. Em 2002, fundou o Quarteto de Cordas Michelangelo, com Mihaela Martin, Stephan Picard e Nobuko Imai, ao qual se juntou, em 2012, o violinista Daniel Austrich.
Além da carreira como solista, músico de câmara e maestro, foi, durante vários anos, Professor nos Conservatórios de Colónia e em Madrid. Desde 2011, leciona como Professor Convidado na Escola Superior de Música Hanns Eisler, em Berlim. Em 2016, tornou-se o responsável pela cátedra de Violoncelo na Academia Barenboim-Said, em Berlim.
É Professor Principal de Violoncelo da Academia de Kronberg, na Alemanha, desde 2006.
Toca num violoncelo de Stefan-Peter Greiner.
Tiago Pinto-Ribeiro nasceu no Porto. É Professor de Contrabaixo da Universidade de Aveiro e Contrabaixista da Orquestra Sinfónica do Porto Casa da Música.
Graduou-se em contrabaixo na ESMAE-Porto e depois ingressou na UdK (Universidade das Artes) de Berlim, onde estudou com Michael Wolf, ali concluindo o Mestrado em Performance Musical. Ao longo do seu percurso académico, foi laureado com o 1.º Prémio no Concurso Internacional “Júlio Cardona” e recebeu uma menção honrosa no Concurso Internacional de Contrabaixo da ISB (International Society of Bassists), em Houston.
Integrou algumas das melhores orquestras mundiais: Orquestra Sinfónica NDR de Hamburgo, Orquestra Sinfónica de Berlim, Orquestra Filarmónica NDR de Hannover, Orquestra Sinfónica da Galiza, entre outras, onde foi dirigido por maestros consagrados como Claudio Abbado, Cristoph von Dohnányi, Kent Nagano e Cristoph Eschenbach.
Em música de câmara, é membro do DSCH – Schostakovich Ensemble e colaborou, em Portugal e em vários países europeus, com grandes músicos como Gérard Caussé, Pascal Moraguès, Adrian Brendel, Jack Liebeck, Kyril Zlotnikov, Corey Cerovsek, Benjamin Schmid, Marcelo Nisinman, José van Dam e o seu irmão Filipe Pinto-Ribeiro, com quem partilha a direção do Festival de Música dos Capuchos, do Bragança ClassicFest e do Festival e Academia Verão Clássico.
