O documento, que foi dado a conhecer, na Reunião do Executivo Municipal, propõe a transformação da Escola Jaime Cortesão numa escola de artes, “onde devem ser ministrados cursos de ensino artístico especializado no âmbito das artes visuais e audiovisuais”, refere a proposta.
A proposta de transformação daquele estabelecimento, situado junto à Baixa de Coimbra, estava prevista no estudo prévio apresentado pelo arquiteto João Mendes Ribeiro em setembro de 2022 para o futuro espaço do Centro de Arte Contemporânea de Coimbra (CAAC), previamente pensado para a antiga Manutenção Militar. O estudo propunha uma área expositiva cinco vezes superior e uma requalificação de todo o quarteirão (onde também se encontra aquele estabelecimento escolar).
Segundo o documento do Agrupamento de Escolas Coimbra Centro (AECC), “a agregação de cursos artísticos especializados de nível secundário aos já existentes faz parte de uma visão estratégica mais ampla para a educação pública da região e da cidade com o objetivo de promover a diversidade cultural e a criatividade”.
Além disso, o AECC salienta que a Escola Jaime Cortesão é “vizinha” do TUMO, projeto para jovens entre os 12 e os 18 anos que irá atuar na inserção da tecnologia com a criatividade, afigurando-se “como uma mais-valia geográfica e consequente na educação e formação” dos alunos daquele estabelecimento escolar. O documento sugere que se possam criar cursos em áreas como o cinema, fotografia, multimédia, design gráfico e de equipamento, ourivesaria ou têxteis, entre outros.
Numa informação do Departamento de Educação e Saúde da CM de Coimbra, é salientado que este projeto permitirá formar jovens, mas também ser um local “que sirva a comunidade”, oferecendo oficinas, mostras, exposições e residências artísticas, entre outras valências.
O presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, realçou que o programa elaborado pelo AECC foi entregue na sexta-feira ao ministro da Educação, que “recebeu de forma entusiástica a proposta”.
A construção do futuro espaço do CAAC “pressupõe procedimentos prévios que visam construir a coerência” desse mesmo centro de arte, aclarou José Manuel Silva. “Não há nenhuma escola de artes na região Centro. É uma inovação que estamos a introduzir e que tem a ver com o CAAC”, salientou.
A vereadora com a pasta da Educação, Ana Cortez Vaz, vincou que é necessário ainda dar “uma série de passos” e avançar com “negociações que têm de ser feitas”, mas notou que o ensino artístico é “uma lacuna em Coimbra”.
LUSA/CM Coimbra