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29 Fevereiro 2024

Mais de 40 artistas em 8 espaços evocam “O Fantasma da Liberdade” na Bienal Anozero

O “Fantasma da Liberdade”, tema da edição de 2024 do Anozero – Bienal de Coimbra, espraia-se pela cidade entre 6 de abril e 30 de junho, com obras de mais de 40 artistas apresentadas em oito espaços. As escolhas dos curadores Marta Mestre e Ángel Calvo Ulloa refletem “as formulações de vários artistas” em reação a um mundo que sentimos em “turbulenta transformação”. Esta edição da Bienal “propõe-se explorar o imaginário da liberdade e as estratégias oferecidas pela arte contemporânea para o disputar, deslocar e habitar”. Os artistas e os espaços foram anunciados hoje, dia 29 de fevereiro, em conferência de imprensa, com a presença do presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, José Manuel Silva.

Para este processo, foram convocados cerca de 40 artistas, cujas obras vão poder ser visitadas em vários espaços de Coimbra. O núcleo central da Bienal concentra-se no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, espaço a que se juntam o Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC – Sede e Sereia), a Sala da Cidade (Câmara Municipal de Coimbra), o Jardim Botânico, o Colégio das Artes e o Pátio das Escolas (Universidade de Coimbra), com uma intervenção também na estação de Coimbra-B.

 

De entre as obras propostas pelo Anozero, 10 momentos são especificamente concebidos para esta edição: Yonamine assina duas intervenções, uma no Pátio das Escolas e outra no Mosteiro de Santa Clara-a-Nova, em diálogo com a Coleção do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra; Patricia Gómez e María Jesús González, Priscila Fernandes, Daniel Barroca, Filipe Feijão, João Marçal e Susanne S. D. Themlitz apresentam criações também para o Mosteiro; Jeremy Deller intervém no Jardim Botânico; Pedro G. Romero ocupa o espaço do CAPC no Jardim da Sereia; o coletivo NEG (Nova Escultura Galega) marca presença no Colégio das Artes.

 

A lista completa caracteriza-se pela diversidade geracional, incluindo desde artistas emergentes como Sandra Poulson, Paula Siebra ou Davi Pontes e Wallace Ferreira a nomes importantes para história das vanguardas em Portugal, como Robert Filliou, Clara Menéres ou Túlia Saldanha. A amplitude geográfica é também assinalável, com presenças de artistas com origens na Alemanha, Angola, Argentina, Brasil, Espanha, Estados Unidos, França, Inglaterra, Moçambique e, claro, Portugal.

 

O resultado da abordagem múltipla pretende procurar respostas à questão colocada pela curadoria “Se o alimento da liberdade (e da arte) é a sua própria incerteza evanescente, que significa a criação de uma realidade caracterizada pela impossibilidade da sua realização?”

 

Para os curadores, o tema escolhido — “O Fantasma da Liberdade” — “induz à ideia de que a liberdade é um fantasma, uma espécie de presença inescapável e espectral” e, por outro lado, “aponta para um processo que falhou, a descrença numa verdade que se julgava assegurada. Vinca mais uma promessa do que uma existência real”. O mote da Bienal foi colhido do título do filme de Luís Buñuel de 1974, apelando para uma dupla evocação: 100 anos do Manifesto Surrealista e 50 da revolução de Abril em Portugal.

 

A Anozero é uma iniciativa organizada pelo CAPC, organizada em conjunto com a CM Coimbra e a UC, que assume como objetivo primordial promover uma reflexão quanto à circunstância da classificação da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial da Humanidade pela UNESCO.

 

LISTA DE ARTISTAS POR ESPAÇOS

(Assinala-se a itálico os artistas com obras comissionadas para a presente edição da Bienal)

 

Mosteiro de Santa Clara-a-Nova

Adam Pendleton (Estados Unidos)

Aline Motta + Ricardo Aleixo (Brasil)

Andrea Büttner (Alemanha)

Bárbara Fonte (Portugal)

Berio Molina (Espanha)

Carla Filipe (Portugal)

Castiel Vitorino Brasileiro (Brasil)

Daniel Barroca (Portugal)

Davi Pontes e Wallace Ferreira (Brasil)

Diego Bianchi (Argentina)

Filipe Feijão (Portugal/França)

Ilídio Candja Candja (Moçambique)

João Marçal (Portugal)

Luís Cília (Portugal)

Mauro Cerqueira (Portugal)

Patricia Gómez e María Jesús González (Espanha)

Priscila Fernandes (Portugal)

Robert Filliou (França)

Rosemarie Trockel (Alemanha)

Sandra Poulson (Portugal)

Susanne S. D. Themlitz (Portugal/Alemanha)

Teresa Lanceta (Espanha)

Yinka Esi Graves (Inglaterra)

Yonamine + Coleção do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra (Angola)

 

CAPC Sede

Bárbara Fonte (Portugal)

Cildo Meireles (Brasil)

Clara Menéres (Portugal)

Coleção do Museu da Ciência da Universidade de Coimbra

Maria Velho da Costa (Portugal)

Paula Siebra (Brasil)

Paulo Nazareth (Brasil)

Regina Silveira (Brasil)

Túlia Saldanha (Portugal)

Robert Filliou (França)

 

CAPC Sereia

Pedro G. Romero (Espanha)

 

Coimbra B

Adriano Correia de Oliveira + Rosalía de Castro (Portugal/Espanha)

 

Jardim Botânico

Jeremy Deller (Inglaterra)

 

Sala da Cidade

Teresa Lanceta (Espanha)

 

Pátio das Escolas

Yonamine (Angola)

 

Colégio das Artes

NEG (Nova Escultura Galega) (Espanha)

 

 

Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | João Paulo Silvano

 

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