A CM de Coimbra investiu, recentemente, no restauro e conservação do presépio do escultor conimbricense Cabral Antunes, para que pudesse voltar a ser exposto com dignidade. O presépio foi-se deteriorando com a passagem do tempo, devido à fragilidade do material e aos sucessivos transportes a que foi sujeito. O investimento de autarquia foi de 12 mil euros (+ IVA à taxa legal em vigor) e os trabalhos decorreram na Casa Municipal da Cultura.
A especialista contratada para a intervenção, Sofia Marques, revelou que as 10 peças tinham danos estruturais e de superfície, sendo que algumas ultrapassam os dois metros de altura. Foi feito, por isso, um trabalho de consolidação em profundidade e depois estrutural para dar dignidade a todo o conjunto, de modo a devolvê-lo à cidade.
A história do presépio remonta a 1964, quando a CM de Coimbra abriu um concurso para a criação de um presépio de grandes dimensões para colocar em espaço exterior, de modo a promover a mensagem religiosa do nascimento de Cristo e recordar à comunidade o verdadeiro significado do Natal. Em dezembro de 1965, o concurso foi aprovado por unanimidade e, em 15 de dezembro de 1966, o presépio de Cabral Antunes foi inaugurado com três figuras: a Virgem Maria, São José e o Menino Jesus. Posteriormente, foram acrescentadas as figuras da vaca, do burro, dos três reis magos e dos dois pastores.
Durante vários anos, o emblemático presépio esteve montado na Praça 8 de Maio, junto aos Paços do Concelho, mas devido a sucessivos atos de vandalismo deixou de poder estar exposto naquele local. De 2014 a 2017, esteve no interior do Edifício Chiado, passando, em 2018, a ser instalado no Mercado Municipal D. Pedro V. Agora depois de restaurado, encontra-se na Rua da Sofia, onde pode ser visto até Dia de Reis, 6 de janeiro.
Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | Tiago Costa
Vídeo: Câmara Municipal de Coimbra | Marta Costa