“Coimbra aderiu, desde a primeira edição, à iniciativa do Escape Live e, no nosso entender, faz sentido haver uma continuidade. Seja neste ou em outro formato, é um evento que une três cidades e temos de perpetuar esta ligação. Muitas vezes pensamos em muitas coisas que promovem a coesão, mas são iniciativas como esta que trazem gente à região e aos territórios”, afirmou, na apresentação da iniciativa, o vereador do Desporto da CM de Coimbra, Carlos Matias Lopes, defendendo a continuidade da prova. “E por isso queremos continuar a apoiar estes eventos através destas sinergias para promover a região e torná-la mais prospera e com oportunidades iguais”, reforçou.
A edição deste ano conta com muitas novidades, a começar pelo facto do circuito se fazer ao contrário do inicialmente pensado por Tavares de Melo. Outra das novidades é a inserção de uma nova categoria destinada aos modelos entre 1971 e 1994, ou seja, veículos com mais de 30 anos, o que abre o leque a automóveis mais recentes e que não se puderam inscrever em edições anteriores. Assim, seguindo as recomendações da FIVA (Federação Internacional do Automóvel Antigo), a organização vai aceitar inscrições de automóveis das categorias Pioneiros (antes de 31 de dezembro de 1904), Veteranos (entre 1905 e 1918), Vintage (entre 1919 e 1930), Pós-Vintage (entre 1931 e 1945), Pós-Guerra (entre 1946 e 1960), Clássicos (entre 1961 e 1971) e, numa última categoria, modelos entre 1971 e 1994, possibilitado, assim, a inscrição de automóveis mais recentes.
Atualmente há já uma dezena de participantes inscritos, entre os quais Pedro Villas Boas, presente desde a primeira edição, António Vilar, Tomás Rocchi, José Romão, Márcio Fernandinho e Arménio Marques. E há, também, máquinas confirmadas, tais como o MG Midget J2, o Aston Martin DB6 MK2, passando pelo Rolls Royce 20 HP Limousine Coupé, pelo Chevrolet Corvette, pelo Ford A Coupé, entre outros.
O Museu do Caramulo e o Museu de Historia de la Automocion de Salamanca vão estar presentes com Salvador Patrício Gouveia e Luis Mata Perez, respetivamente, a trazerem até às beiras carros emblemáticos pertença dos seus acervos.
A organização do evento, nas palavras do Clube Escape Livre, anunciou que esta será a última edição da recriação, salientando que objetivo está cumprido: homenagear Tavares de Melo e o evento que criou nas Beiras em 1923. A organização deixou, contudo, a hipótese de ainda se ouvir falar da primeira prova automobilística por etapas em Portugal, mas não nos moldes atuais. “Foi com orgulho que durante três anos e com o apoio de Coimbra, Guarda e Castelo Branco, conseguimos recriar o famoso Circuito das Beiras que Tavares de Melo realizou e ganhou em 1923. Tivemos, inclusive, um carro idêntico ao vencedor de então, um Darracq, a participar em 2023 e 2024. E também tivemos equipas estrangeiras no circuito. Com a cobertura mediática alcançada, ninguém passou ao lado desta emblemática prova. Mais edições? Não, para já, mas certamente voltaremos a realizar esta épica prova automobilística”, avançou Luís Celínio, presidente do Clube Escape Livre.