A iniciativa tem início às 19h30, com uma conferência, de entrada livre, subordinada ao tema “Bacalhau: Um ‘fiel amigo’ na mesa dos portugueses”, que será proferida por Ana Maria Proserpio, licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa (1989), mestre em História dos Descobrimentos Portugueses e da Expansão Portuguesa, pela mesma Faculdade (1995), e doutorada em Patrimónios Alimentares: Culturas e Identidades, pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (2021).
Segue-se, como habitualmente, o jantar temático, confecionado e servido pelos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra, com animação cénica e musical da companhia Almanach. A ementa é composta por antepasto, que inclui pão, requeijão, enchidos, “ovos de molho” e “bacalhau em bolos enfolados”, pasto com “caldo muito substancial para pregadores”, “bacalhau assado nas grelhas por outros modos” e “salada portuguesa” e, por fim, o sobrepasto, que nesta edição oferece beilhós de arroz, bolos de mel e manjar branco. O jantar inclui bebidas, vinho branco e tinto, água, vinho do Porto e café.
As inscrições para o jantar temático já estão a decorrer e devem ser efetuadas através do email dct@cm-coimbra.pt. O número de participantes está limitado a 60 pessoas, sendo o preço do jantar 24,50 euros por pessoa.
O bacalhau é uma presença antiga na mesa dos portugueses. “Remonta à época dos Descobrimentos Portugueses e vai até aos dias de hoje. Salgado, seco e, depois, demolhado, está na base de muitos pratos da nossa culinária, sendo mesmo o pescado eleito das épocas festivas, como é o caso da Consoada de Natal. No entanto, nem sempre foi assim… Nos primórdios este “fiel amigo” só entrava em alguns locais, dada a sua modesta reputação, destinando-se principalmente aos religiosos, às gentes embarcadas e ao povo. Só a partir do século XVIII é que o seu consumo se alarga a toda a sociedade portuguesa”, explica a convidada desta edição, Ana Maria Proserpio.
“Mais tarde, no século XVIII, o bacalhau aparece noutras mesas, socialmente mais elevadas, como as mesas da nobreza, das elites literárias e até mesmo as mesas dos reis, multiplicando-se, então, as várias maneiras de o cozinhar”, acrescenta a conferencista que, no sábado, dia 30 de maio, vai explicar a todos os presentes a história deste ‘fiel amigo” dos portugueses.