A iniciativa pretendeu ser um momento de partilha e reflexão sobre a importância de uma abordagem multidisciplinar e de proximidade à violência contra as pessoas adultas mais velhas e outras situações que colocam em risco a sua segurança e bem-estar biopsicossocial, bem como debater o papel das Comissões Municipais de Proteção a Adultos Mais Velhos, e suas especificidades, contou com a presença de mais de uma centena de participantes, representantes de municípios de norte a sul do país, profissionais da saúde, da justiça, da ação social, da academia e da comunicação social.
Esta iniciativa serviu para lançar o desafio a todos os municípios presentes, e os que futuramente se venham a fazer representar, para a criação de uma Rede Nacional de Comissões Municipais de Proteção e Acompanhamento a Adultos Mais Velhos, encarada como essencial para o reconhecimento e regulamentação da atividade destas Comissões, através da partilha e análise de experiências, procedimentos, e até de dificuldades, permitindo lançar propostas concretas que conduzam a uma atuação eficaz em todo o território nacional.
“Coimbra assume-se cada vez como um modelo a seguir na área da gerontologia e na proteção dos adultos mais velhos. Efetivamente, e em boa hora, o Município implementou a Comissão Municipal de Proteção ao Idoso de Coimbra no concelho, dando resposta, encaminhando casos e tentando solucionar casos de coação e violência, insalubridade habitacional e falta de retaguarda familiar, doença mental e falta de retaguarda institucional. Neste momento a CoMPIC tem mais de 50 processos em mão e urge regulamentar a prática das Comissões. É por isso fundamental que os municípios se unam e se promova esta Rede. Coimbra encabeça este movimento, com muita honra e sentido de responsabilidade”, realçou a vereadora Ana Cortez Vaz.
Ambiciona-se desta forma que esta Rede se configure como um espaço essencial de articulação entre o poder local e os diferentes setores com responsabilidade na promoção e potenciação dos direitos dos adultos mais velhos, de forma a constituir uma rede colaborativa que se quer ativa e comprometida na dignificação das pessoas.
Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | Catarina Gralheiro