Skip to main content
Coimbra heraldic loading icon
Saltar para o conteúdo principal

17 Junho 2025

CM de Coimbra avança com classificação da Igreja de São Mateus como Monumento de Interesse Público

CM de Coimbra avança com classificação da Igreja de São Mateus como Monumento de Interesse Público

O Executivo da Câmara Municipal (CM) de Coimbra aprovou, na sua reunião de dia 16 de junho, uma proposta de delimitação da Zona Especial de Proteção (ZEP) da Igreja de São Mateus, paroquial do Botão, que inclui toda a área envolvente, muro e escadório e o respetivo património móvel integrado. Essa delimitação é essencial para a finalização do processo de classificação da referida igreja, que pelas suas características históricas, arquitetónicas e artísticas, reúne as caraterísticas necessárias para vir a ser considerada como Monumento de Interesse Público (MIP).

O Executivo municipal aprovou, na sua reunião de 24 de março, uma proposta de classificação da Igreja de São Mateus, Paroquial do Botão e respetivo património integrado como MIP. Contudo, para a finalização desse processo, é necessária a aprovação da delimitação da respetiva ZEP da Igreja de São Mateus, paroquial do Botão, sita no Botão, União das Freguesias de Souselas e Botão, concelho de Coimbra. Essa zona inclui toda a área envolvente, muro e escadório e o respetivo património móvel integrado.

 

A Igreja Paroquial do Botão, dedicada a São Mateus, data do ano de 1116, sendo que a sua configuração atual resulta de duas grandes reformas: uma no século XVI (capela-mor e sacristia) e uma outra no século XVII (antigo campanário e portal de entrada). Trata-se de um templo de caraterísticas únicas, que respeita os requisitos fundamentais para a sua classificação como MIP, nomeadamente critérios gerais, como o caráter histórico-cultural, estético-social e técnico-científico, e alguns critérios complementares, como a integridade, a autenticidade e exemplaridade.

 

A proposta de classificação da Igreja de São Mateus como MIP já remonta a 2017, na sequência de um despacho da Direção Geral do Património Cultural (DGPC). Contudo, para se concluir esse processo, foi necessário elaborar também uma proposta de ZEP para apresentar à DGPC, o que levou a Direção Regional da Cultura do Centro (DRCC) a pedir a colaboração de técnicos da CM de Coimbra. A proposta de delimitação da ZEP, efetuada por técnicos da CM de Coimbra e da DRCC, vai ser analisada e votada na reunião de Câmara de segunda-feira.

 

A proposta foi apresentada com base em critérios e observação do espaço. A delimitação de uma ZEP é fundamental, uma vez que salvaguarda o enquadramento dos monumentos, de forma a minimizar as ameaças que representam os processos de transformação do território para a autenticidade e identidade do património cultural.

 

A metodologia usada na delimitação da área agora proposta foi referenciada aos pontos cardeais e apoiada pelos registos fotográficos, imagem do Google e plantas. No caso das áreas urbanas, procurou-se seguir os limites dos lotes e evitar o corte do edificado ou de terrenos expetantes, integrando os logradouros definidos na planta, terrenos e/ou quarteirões cuja estrutura é indivisível e procurando, sempre que possível, seguir os limites físicos normalmente utilizados, como ruas, estradas, muros, taludes, entre outros. Finalmente, procurou-se abranger espaços verdes relevantes, de forma a assegurar o seu enquadramento paisagístico.

 

A proposta teve, assim, em consideração a avaliação de todos os elementos e fatores portadores de relação direta ou indireta, atual ou futura, no imóvel a proteger, isto é, a título de exemplo, malha edificada, arruamentos, morfologia do terreno, enquadramentos paisagísticos, enfiamentos visuais, vias circundantes, cursos de água e outros.

 

A proposta prevê a inclusão da envolvente edificada confrontante com o imóvel; a adaptação e integração das casas, pátios, logradouros e extremas situados nos limites reconhecíveis e identificáveis, no local e nos registos cartográficos disponíveis; os valores culturais associados e relações materiais, históricas e socioeconómicas mantidas entre o bem imóvel e a respetiva envolvente; a inclusão de terrenos próximos com possibilidade de operações urbanísticas transformadoras, de forma a garantir a autenticidade paisagística; a inclusão dos espaços verdes relevantes para a defesa do contexto da envolvente; a ponderação final da dimensão e enquadramento da área assim resultante, segundo critérios de razoabilidade face aos valores patrimoniais em defesa.

Câmara Municipal de Coimbra logo

Câmara Municipal de Coimbra

Praça 8 de Maio - 3000-300, Coimbra
geral@cm-coimbra.pt
239 857 500 (chamada para a rede fixa nacional)