A Câmara Municipal de Coimbra está a preparar a requalificação da Av. Elísio de Moura, que terá mais estacionamento, segurança, ciclovia, árvores e zonas verdes, através da intervenção em cinco zonas.
Duas dessas intervenções referem-se à criação de parques de estacionamento. Um deles será criado no extremo norte da avenida, com entrada pela rua Vitorino Nemésio, e outro será criado a sul da avenida, de apoio ao edifício da PSP, ambos do lado nascente da via e ocupando zonas ainda sem tratamento urbano onde já existe, inclusivamente, o hábito de estacionar os veículos. Para além de criar mais de 200 lugares de estacionamento na Av. Elísio de Moura, o objetivo passa também por assegurar maior segurança para a mobilidade pedonal e ciclável, reduzindo o estacionamento abusivo e indisciplinado nos passeios como se verifica frequentemente. Uma das vias descendentes, junto ao separador, será também transformada em estacionamento paralelo e os canteiros verdes serão redimensionados prevendo-se a sua ocupação por novas espécies.
Assim, também como medida para aumentar a oferta de lugares de estacionamento e, em simultâneo, a segurança rodoviária, o estudo prevê a redução de duas para uma via de circulação, propondo-se igualmente a limitação de velocidade para 30km/h.
Outra das intervenções prevista diz respeito ao acesso à rua António Jardim. Neste local será criada uma faixa central de espera para o cruzamento da via contrária na Av. Elísio de Moura, o que permitirá o acesso aos veículos que vêm do lado da Solum sem que tenham de ir à rotunda superior da avenida.
Por fim, também vão ser requalificados os separadores verdes da Av. Elísio de Moura, sendo que esta parte do estudo já foi aprovada pelo executivo. A intervenção, que se insere também numa série de ações da autarquia para combater os efeitos das alterações climáticas, pretende aumentar o número de árvores e arbustos no local, que atualmente tem espécies desadequadas ao meio urbano, que começam a levantar os lancis, a deformar o pavimento do separador e da via e as copas a invadir as faixas de rodagem e a afetar a visibilidade dos condutores. Se por um lado os pinheiros mansos plantados há 15 anos vão atingir grandes portes incompatíveis com o separador central, desde a largura do tronco, à dimensão das copas e à queda da pinha para a via, por outro começam já a criar danos visíveis nos lancis e na faixa de rodagem em busca de oxigénio e água.
É também para evitar a repetição destas situações que o estudo elaborado pelos serviços municipais prevê que os separadores passem a ser totalmente verdes, contrastando com o pavé atual. Esta solução aumenta em seis vezes a área permeável e criará um maior conforto visual e acústico, transformando esta numa avenida mais verde.
Já o número de árvores e arbustos vai ser mais do que duplicado de forma a ajudar a combater os efeitos das alterações climáticas, sendo que as espécies a plantar serão Casuarina equisetifolia, Liquidambar styraciflua, Cupressus sempervirens “strycta”, Laurus nobilis, Tamarix gallica, Teucrium fruticans, Hibiscus syriacus, Photinia x fraseri. Esta seleção teve em conta o porte, a forma das copas, a resiliência ao meio urbano e a eficiência em termos ambientais, como, por exemplo, a captação de contaminantes atmosféricos.