A empresa contratada tem experiência prévia em musealização, nomeadamente com recurso ao audiovisual e tecnologia, tendo trabalhado em projetos como os Banhos Islâmicos de Loulé, o Museu do Côa, Museu de Arqueologia de Elvas ou o Mercado de Escravos de Lagos. A aquisição dos serviços à Byar é comparticipada pelo programa ProMuseus’23 e vai permitir adicionar informação e tecnologia fundamentais para a interpretação e para a acessibilidade desta importante estrutura.
Para além desta contratação, ainda será necessário assegurar a intervenção ao nível da limpeza, de conservação e de restauro dos banhos judaicos para garantir a sua abertura ao público, estando esse procedimento interno “em curso”. “Os serviços municipais estão a trabalhar afincadamente para que a abertura do ‘Mikveh’ [banhos judaicos] possa ocorrer ainda durante o ano de 2024”, afirma a autarquia.
Os banhos judaicos serão geridos pela Divisão de Museologia da CM de Coimbra, contando com a colaboração da Divisão de Turismo para “estruturação e difusão do novo produto turístico da cidade”.
A Câmara Municipal pretende ainda avançar com outros investimentos para dar visibilidade à presença judaica na cidade, nomeadamente no que concerne às “circunscrições dos bairros judaicos e ao edifício da Inquisição de Coimbra, único no país”.
O ‘Mikveh’, situado na rua Visconde da Luz, na Baixa, foi encontrado e identificado em novembro de 2013, numa cave de um edifício adquirido pela CM de Coimbra em 2021, sendo um complexo composto por antessala, sala de tanque e sala de mina, inserido numa gruta calcária. O complexo foi alvo de trabalhos arqueológicos para diagnóstico do ‘Mikveh mas também do restante imóvel, que se localiza na área da Judiaria Velha de Coimbra.
LUSA/ CM de Coimbra