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Sangue & Leite, Ana Rita de Albuquerque e Saco da Baixa
23 de julho, 18h30
Largo do Romal
Entrada livre
Já na quarta-feira, dia 23 de julho, às 18h30, o Largo do Romal transforma-se num espaço de contemplação e encontro com a instalação “Sangue & Leite”, uma criação coletiva de Ana Rita de Albuquerque e do coletivo Saco da Baixa.
A entrada é livre.
A iniciativa integra o N.I.B. – Núcleo de Imaginação da Baixa, uma proposta de curadoria da Associação Há Baixa para o programa cultural “Verão a Dois Tempos” do Município de Coimbra.
Esta obra têxtil é uma homenagem à sabedoria ancestral e à força da criação partilhada. Nascida da união de múltiplas mãos, funde técnicas tradicionais com uma abordagem contemporânea, dando forma a uma escultura que simboliza o paradoxo humano entre o desejo de liberdade e a necessidade de abrigo.
A instalação representa uma gota de sangue suspensa sobre uma poça de leite. O contraste entre o vermelho carmim e o branco leitoso evoca a tensão entre impulso e cuidado, entre movimento e nutrição, entre a força e a fragilidade da condição humana.
“Sangue & Leite” é um abrigo suspenso que desce do céu para acolher quem por ali passa. Um lugar que é, ao mesmo tempo, símbolo e espaço habitável, abrindo caminho à reflexão, à pausa e ao diálogo entre passado e presente.

Epicentro: Tempura The Purple Boy
25 de julho, 19h00
TUMO Coimbra
Entrada livre
Na sexta-feira, dia 25 de julho, às 19h00, o espaço TUMO Coimbra recebe “Tempura The Purple Boy”, projeto a solo de Bernardo d’Addario, músico luso-brasileiro nascido na Beira Baixa. Este evento integra a agenda Epicentro do programa cultural “Verão a Dois Tempos” do Município de Coimbra com foco na Baixa da cidade e é coorganizada com a Blue House. A entrada é livre.
Conhecido pela sua presença nos Bandua e pelas colaborações com o cantor Lhast, Bernardo d’Addario construiu com “Tempura The Purple Boy” um universo sonoro muito próprio, onde a eletrónica downtempo se funde com elementos do folclore português e influências da cena berlinense.
Os Bandua surgiram da vontade de criar música eletrónica em português, enraizada nas tradições, mas voltada para o futuro. Essa mesma essência transparece nos sets e produções de Tempura The Purple Boy, que propõe uma viagem hipnótica, íntima e sensorial.

Epicentro: Concerto e apresentação de residência com Beatriz Pessoa, Femme Falafel, Leonor Arnaut e Margarida Campelo
25 de julho, 21h00
TUMO Coimbra
Entrada livre
Também na sexta-feira, dia 25 de julho, às 21h00, o TUMO Coimbra acolhe o culminar de uma residência artística com Beatriz Pessoa, Femme Falafel, Leonor Arnaut e Margarida Campelo. Este evento integra a agenda Epicentro do programa cultural “Verão a Dois Tempos” do Município de Coimbra com foco na Baixa da cidade e é coorganizada com a Blue House A entrada é livre.
Neste concerto íntimo e colaborativo, quatro artistas de universos distintos reúnem-se para explorar o diálogo entre piano e voz, num espaço onde a escuta, a criação partilhada e a liberdade artística ganham forma. Do jazz à pop, da improvisação à canção autoral, cada uma traz a sua identidade, mas todas se encontram num território comum de afeto, sensibilidade e experimentação.
Mais do que uma mostra de repertório, esta apresentação é o reflexo de uma semana de trabalho coletivo, onde a cumplicidade e a diversidade geraram novas possibilidades sonoras. Uma celebração da colaboração feminina na música contemporânea portuguesa.

Epicentro | Clubbing: Sarau Hiperestésico
Com Rodrigo Pedreira, Flor, Nils Meisel e Juliana Maar
25 e 26 de julho, 23h55
Mercado Municipal de Coimbra
Entrada livre
Na sexta-feira e no sábado, dias 25 e 26 de julho, à 23h55, o Mercado Municipal de Coimbra torna-se palco de uma experiência imersiva e indisciplinada com o Sarau Hiperestésico, uma proposta que integra o ciclo Epicentro do programa cultural “Verão a Dois Tempos” do Município de Coimbra e coorganizada com a Blue House. A entrada é livre.
Com performances de Rodrigo Pedreira, Flor, Nils Meisel e Juliana Maar, o Sarau Hiperestésico pode ser entendido como uma festa, uma instalação ou um sistema em fluxo contínuo. O termo “hiperestático” evoca um estado de perceção sensorial intensificada, dissociada da lógica narrativa e racional, onde o corpo e os sentidos são chamados a resistir à normatividade pela saturação, pela vibração e pelo excesso.
Durante duas noites, o espaço do mercado transforma-se num organismo coletivo, permeável e em mutação. Não há palco nem plateia: há pessoas que dançam, circulam, interferem e transformam. Luz, som, corpo e imagem fundem-se num território de liberdade onde se criam microcomunidades efémeras, anónimas e transgressoras.
O Sarau Hiperestésico apresenta-se como uma ação sensível e invisível em que a tecnologia audiovisual se inscreve poeticamente, não como ferramenta, mas como extensão do corpo, da expressão e da relação. Trata-se de um convite à presença radical num tempo fragmentado.

Epicentro | Showcase: Joana Guerra
26 de julho, 15h00
Café Santa Cruz
Entrada livre
No sábado, dia 26 de julho, às 15h00, o Café Santa Cruz recebe um showcase intimista de Joana Guerra, compositora, violoncelista e cantora portuguesa que se destaca pelo seu percurso ousado e pela constante experimentação musical. O evento integra o ciclo Epicentro do programa cultural “Verão a Dois Tempos” do Município de Coimbra e é coorganizado com a Blue House. A entrada é livre.
Reconhecida pelo seu trabalho transversal entre música, dança, teatro e performance, Joana Guerra apresenta o seu mais recente disco, Chão Vermelho (Miasmah, 2020), uma obra que evoca a paisagem árida e simbólica da região onde vive. A seca, a terra barrenta e a fragilidade dos ciclos naturais tornam-se metáforas sonoras que atravessam o álbum com intensidade e beleza.
Neste showcase, Joana explora o violoncelo e a voz, mas também a guitarra portuguesa, a guitarra elétrica e os teclados, criando ambientes onde o risco, a intimidade e a experimentação se fundem numa linguagem musical singular.
Para além da sua carreira a solo, Joana Guerra tem colaborado com inúmeros projetos de improvisação livre e criação interdisciplinar, participando em obras com artistas e companhias como Madalena Victorino, Clara Andermatt ou João Garcia Miguel. A sua música já percorreu palcos de vários países da Europa, Brasil e África, afirmando-se como uma das vozes mais originais da cena contemporânea portuguesa.

© June Nash
Epicentro | Showcase: Lisa Sereno
26 de julho, 16h00
Loja Jorge Mendes (Praça do Comércio)
Entrada livre
No sábado, dia 26 de julho, às 16h00, a cantautora Lisa Sereno apresenta-se em formato showcase na Loja Jorge Mendes, na Praça do Comércio, em Coimbra. O concerto integra o ciclo Epicentro do programa cultural “Verão a Dois Tempos” do Município de Coimbra e é coorganizado com a Blue House. A entrada é livre.
Natural de Leiria, Lisa Sereno descobriu a sua voz no coro da igreja local, onde iniciou um percurso musical que hoje combina formação clássica, sensibilidade folk e uma abordagem contemporânea ao som. As suas composições são íntimas e emotivas, combinando guitarra acústica com elementos eletrónicos, num registo simultaneamente nostálgico e atual.
Em 2023, lançou o seu primeiro single, Mystery, com edição da Omnichord e realização de Martim Braz Teixeira no videoclipe. A canção-poema retrata a tensão entre presença e ausência, o desejo e o mistério, envolta em harmonias delicadas que evocam memórias e emoções profundas.
Lisa Sereno tem vindo a afirmar-se como uma das novas promessas da música portuguesa. Recentemente integrou o programa Academias MIL, com atuações em Leiria, Coimbra e Porto, e prepara-se para subir ao palco do MIL Lisboa em setembro.

© Maria Lameiras
Epicentro | Showcase: Evaya
26 de julho, 17h00
Bixos
Entrada livre
Também no sábado, dia 26 de julho, às 17h00, o restaurante Bixos recebe um showcase de Evaya, integrado no ciclo Epicentro do programa cultural “Verão a Dois Tempos” do Município de Coimbra e coorganizado com a Blue House. A entrada é livre.
Cantora, compositora, produtora e artista visual oriunda do Poceirão, Evaya tem vindo a afirmar uma linguagem musical própria, marcada por uma abordagem ousada à pop alternativa e à eletrónica experimental.
Estreou-se em 2020 com o EP INTENÇÃO e, em abril de 2024, lançou o seu primeiro longa-duração, Abaixo das Raízes Deste Jardim, um trabalho que reinventa a canção pop através de paisagens sonoras densas, sintetizadores envolventes e gravações da natureza manipuladas.
Através de uma estética sensorial e poética, Evaya explora temas como a intemporalidade, a fluidez da identidade e a dimensão mística das emoções humanas.

© Carinho Mio
Epicentro: Asmâa Hamzaoui & Bnat Timbouktou
26 de julho, 18h00
Casa das Artes Bissaya Barreto
Bilhetes: 8 € (pré-venda) | 12 € (no dia)
Ainda no sábado, dia 26 de julho, às 18h00, a Casa das Artes Bissaya Barreto acolhe o concerto de Asmâa Hamzaoui & Bnat Timbouktou, integrado no ciclo Epicentro do programa cultural “Verão a Dois Tempos”, promovido pelo Município de Coimbra e coorganizado com a Blue House. Com curadoria e produção da Casa das Artes Bissaya Barreto, os bilhetes estão disponíveis por 8 € em pré-venda e 12 € no dia do espetáculo.
Asmâa Hamzaoui é uma das vozes mais marcantes da nova geração da música Gnawa, uma tradição espiritual e musical de origem marroquina, historicamente preservada por comunidades descendentes de escravos africanos. Num universo até há pouco exclusivamente masculino, Asmâa destaca-se como pioneira e embaixadora feminina deste género, ao lado das Bnat Timbouktou, a sua banda exclusivamente composta por mulheres.
Em palco, a sua voz entrelaça-se com o som profundo do guebri (um tipo de alaúde tradicional) e os ritmos contagiantes do qraqeb (percussão metálica tradicional), criando uma atmosfera hipnótica e vibrante. As suas canções abordam temas como a igualdade de direitos, a preservação cultural e a espiritualidade ancestral.
Com presença em festivais internacionais de referência, como o Roskilde (Dinamarca), WOMAD (Reino Unido) e Tremor (Açores), a banda tem conquistado públicos em todo o mundo desde o lançamento do álbum de estreia Oulad Lghaba.

© Khalil Mounji
Visita guiada à exposição Cave – Obras da Coleção Encontros de Fotografia
26 de julho, 18h00
Loja “A Feira” – Rua António Granjo, 6D
Entrada livre
No sábado, dia 26 de julho, às 18h00, realiza-se uma visita guiada à exposição Cave – Obras da Coleção Encontros de Fotografia, patente na antiga loja “A Feira” (Rua António Granjo, 6D, Coimbra). A entrada é gratuita.
Integrada no programa cultural “Verão a Dois Tempos” do Município de Coimbra com foco na Baixa da cidade, esta exposição é coorganizada com o Centro de Artes Visuais/Encontros de Fotografia (CAV).
Com curadoria de Miguel von Hafe Pérez, a exposição “Cave” reúne obras da Coleção Encontros de Fotografia e trabalhos do artista convidado Carlos Lobo, propondo um olhar plural sobre a cultura popular contemporânea. A partir de diferentes representações da vida social associada ao universo noturno, ao rock e às festas populares, a exposição apresenta um conjunto de visões contrastantes captadas por fotógrafos de várias nacionalidades e gerações.
As imagens expostas revelam uma memória visual que oscila entre a euforia e a melancolia, dando conta de vivências desaparecidas, de uma pertença ao presente e de especulações conceituais sobre o papel da imagem na construção da representação do real vivido ou imaginado.
Além da visita de 26 de julho, está agendada uma nova sessão para o dia 11 de setembro, também às 18h00. Ambas as visitas serão orientadas por Teresa Ponte.

© Hannah Starkey, May, 1997, Colecção Encontros de Fotografia
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EPICENTRO: Serenata a Paredes, Parte II — Lua Carreira e Ângela Bismarck
26 de julho, 23h00
Centro de Artes Visuais
Entrada gratuita
Finalmente, no sábado, dia 26 de julho, às 23h00, o Centro de Artes Visuais, em Coimbra, acolhe Serenata a Paredes – Parte II, uma performance com entrada livre, protagonizada por Lua Carreira e Ângela Bismarck. A iniciativa integra o ciclo Epicentro do programa cultural “Verão a Dois Tempos” do Município de Coimbra e é co-organizada com a Blue House.
Dando continuidade ao ciclo Serenata a Paredes, este segundo momento propõe um diálogo sensível entre música e artes visuais, a partir da obra de Carlos Paredes. Criada em residência artística, a peça entrelaça som e imagem, dança, memória e reinterpretação, construindo uma paisagem sonora e visual onde o legado do mestre da guitarra portuguesa ressoa através de linguagens contemporâneas e experimentais.
Este momento integra um ciclo de residências multidisciplinares, parte da linha curatorial do Epicentro, que privilegia processos colaborativos e a imersão na Baixa de Coimbra como território artístico.

Sobre a iniciativa “Verão a Dois Tempos”
Verão a Dois Tempos, a programação de Verão promovida pelo Município de Coimbra em coorganização com quatro entidades culturais (Associação Há Baixa, Blue House, Encontros de Fotografia e Jazz ao Centro Clube), decorre até ao final de setembro, na Baixa da cidade.
Com aposta no cruzamento de públicos e na revivificação dos espaços, são cerca de 100 iniciativas a decorrer em vários locais e em cinco palcos principais (dois na Praça do Comércio, um no Largo do Romal, outro no Largo do Poço e na loja “A Feira”), com derivações pontuais para outros espaços, entre concertos, performances e criação com a comunidade local, oficinas para crianças, visitas temáticas e residências artísticas que compõem os ciclos programáticos da iniciativa.
A agenda completa do “Verão a Dois Tempos” pode ser consultada em https://www.veraoa2tempos.pt/
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