O balanço das Festas da Cidade de Coimbra e da Rainha Santa Isabel 2016 foi “muito positivo”, considerou, ontem, a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Carina Gomes. As celebrações, que prestam culto à padroeira da cidade e decorreram de 1 a 10 de julho, contaram com um dos mais ambiciosos programas de sempre e a presença de vários milhares de pessoas nos diversos eventos. Os dois concertos de Mariza e da Orquestra Clássica do Centro, a atuação de Pedro Abrunhosa & Comité Caviar e também dos Anaquim mereceram referência da vereadora da Cultura.
“Diria que os grandes artistas de renome nacional e internacional que trouxemos este ano às Festas da Cidade foram alguns dos momentos altos, mas não podemos esquecer o programa desportivo e, naturalmente, a outra componente das festas, que não depende da Câmara Municipal: o programa religioso, que é da exclusiva responsabilidade da Confraria da Rainha Santa”, afirmou ainda Carina Gomes, ontem, no último dia das festas, em declarações ao jornal “As Beiras”.
A vereadora da Cultura destacou o duplo concerto de Mariza e da Orquestra Clássica do Centro pela “grande interação entre a artista e o público”. “Creio que compensou muito o investimento e que foi uma aposta ganha”, acrescentou, recordando que “para colmatar a forte procura” que os concertos tiveram, a CMC decidiu transmiti-los em direto da Igreja de São Francisco e “por lá passaram mais de mil pessoas”. “Foi um ‘dois em um’: foi o primeiro contacto com aquele espaço já praticamente pronto, já com as condições de segurança adequadas, e também uma oportunidade para as pessoas assistirem a este grande espetáculo”, concluiu.
O concerto de Pedro Abrulhosa & Comité Caviar, dia 3 de julho no Parque da Cidade, e o espetáculo dos Anaquim, dia 8 de julho no Jardim da Sereia, foram também referidos pela vereadora. “Eu destacaria também o grande concerto de Pedro Abrunhosa, que satisfez o público e correspondeu às expetativas. E as expetativas eram muito, muito grandes”, acrescentou, lembrando ainda que nem só de concertos foi feito o programa cultural e que todos os outros eventos são igualmente merecedores de destaque, referindo, por exemplo, a exposição “Rainha Santa Isabel – de Infanta de Aragão a Rainha de Portugal”, que foi inaugurada a 4 de julho e está patente na Sala da Cidade até 1 de outubro, podendo ser visitada de terça-feira a sábado, das 13h00 às 18h30.
A descentralização dos espetáculos das festas por vários espaços da cidade, uma aposta deste executivo municipal, também faz parte do segredo do sucesso destas celebrações. “Experimentámos isso logo nos primeiros eventos deste mandato e creio que é uma aposta ganha. Faz com que as pessoas, ao mesmo tempo que desfrutam de um espetáculo, conheçam alguns espaços patrimoniais da cidade que, de outra forma, se calhar não visitariam. Portanto, creio que é uma aposta ganha. Todos eles estiveram um grande número de pessoas e um público muito entusiasmado a assistir aos espetáculos”, concluiu a vereadora Carina Gomes.
Certo que é que esta edição das Festas da Cidade de Coimbra e da Rainha Santa Isabel contou com o programa mais ambicioso de sempre. Mariza e a Orquestra Clássica do Centro, Pedro Abrunhosa & Comité Caviar, Diabo na Cruz, Os Capitães da Areia, Anaquim, a Orquestra de Sopros de Coimbra, a Festa do Folclore, o Baile da Rosa ou o Queen’s College Choir, três procissões em homenagem à Rainha Santa Isabel, três espetáculo de fogo de artifício, visitas guiadas sobre temas da cidade, exposições, teatro, e um forte programa desportivo, com provas internacionais de hipismo e ginástica a passarem pela cidade.
Uma edição especial, que celebrou os 500 anos da Beatificação da Rainha Santa Isabel, de um evento que cada vez mais se assume como a grande festa de Coimbra, ao festejar a própria cidade e aquilo que a torna única. Este é, pois, um produto estratégico para o turismo em Coimbra, cuja aposta prossegue no sentido do reforço e da afirmação, quer a nível da constituição de uma imagem mais forte e atrativa da cidade, quer na perspetiva de investimento e consolidação turística.
