O executivo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) aprovou por unanimidade, na sua reunião de hoje, o estudo prévio referente ao projeto “Rua para todos/Alta – Requalificação da Rua da Ilha, Rua Dr. Guilherme Moreira, Rua José Falcão, Travessa da Trindade, Beco da Pedreira e Largo do Hilário”.
Trata-se de uma obra de requalificação do espaço urbano e de infraestruturas a realizar num conjunto de ruas e escadas – o principal eixo viário e pedonal entre a Universidade e o Largo da Sé Velha – que pertence ao Centro Histórico, faz parte da Área de Reabilitação Urbana (ARU) – Coimbra Alta e se encontra localizado dentro do perímetro da Cidade Muralhada. A área que vai ser requalificada está inserida na Zona Especial de Proteção da Universidade de Coimbra – Alta e Sofia, Património Mundial da UNESCO. A obra tem um custo estimado de 827.980€ e um prazo de execução mínimo de um ano.
O projeto incide na principal ligação viária e pedonal entre a Universidade de Coimbra e a Sé Velha, num total de 3592 m2 de área de diversas naturezas, que se divide em ruas e escadarias da seguinte forma: Rua da Ilha, Rua Dr. Guilherme Moreira e Rua José Falcão (2820 m2 de área e um custo estimado de 507.600€), mais Travessa da Trindade, Beco da Pedreira e Largo do Hilário (772 m2 de área e um custo estimado de 320.380€). Uma intervenção que terá, então, um custo global previsto de 827.980€ e um prazo de execução nunca inferior a um ano, tendo em conta a localização e a dificuldade de acesso e de alternativas.
Os objetivos da obra passam por rever as infraestruturas (nomeadamente, Rede Elétrica, instalação da Rede de Gás Natural, remodelação de Redes de Abastecimento de água, eventual separação de Redes de Esgotos em Domésticos e Pluviais e eventual revisão de Redes de Dados); melhorar as condições de acessibilidade, através da alteração parcial dos materiais de revestimento (pretende-se revestir quase integralmente a granito a Rua José Falcão e dotar de uma passadeira central em granito a Rua Dr. Guilherme Moreira e a Rua da Ilha); dotar a Travessa da Trindade de novas escadarias, de desenho diferente, e de novas áreas verdes, estando previsto implantar uma árvore de grande porte (em memória do castanheiro da Índia que lá existia); refazer as escadarias do Beco da Pedreira em granito, mantendo a regularidade dos degraus e aumentando o seu conforto e comodidade; repavimentar, utilizando materiais de maior resistência e atrito, e aproveitar o seixo rolado; alterar as pendentes das ruas, drenando para a zona central e evitando as valetas junto aos edifícios; dotar as ruas de locais para a colocação dos caixotes do lixo, evitando a dispersão dos sacos do lixo pelas ruas da Alta.
O estudo prévio indica ainda que o revestimento de boa parte do pavimento será feito em granito castanho serrado (devido à resistência e às características nobres da pedra e ao facto de ser mais favorável relativamente ao atrito, diminuindo, assim, o risco de escorregamento); que junto às entradas do Colégio da Trindade a opção será de um vidraço bege, devido à forte presença deste material dentro do próprio colégio; e que o seixo rolado será mantido em grande parte da área de intervenção devido a fatores históricos, por se encontrar presente em todo o centro histórico de Coimbra, e devido ao seu valor orgânico inestimável.
Refira-se, ainda, que a área de intervenção encontra-se parcialmente abrangida por zonas especiais de proteção dos monumentos nacionais da Sé Velha, Paços da universidade, Torre da Almedina e muralhas, para além de estar parcialmente incluída na zona de proteção de imóvel de interesse público do Jardim Botânico.