O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado, consignou hoje a obra de recuperação de um imóvel, situado numa zona nobre da cidade, cujas futuras frações serão arrendadas a famílias carenciadas, por custos controlados. O prédio situa-se na Rua Bernardo Albuquerque n.º 18 a 24, em Celas, e a intervenção permitirá dotá-lo de condições de segurança e salubridade e quatro novos fogos de habitação (um T0, um T1 e dois T3) com padrões de conforto atuais.
A empreitada foi entregue à empresa Lusocol – Sociedade lusa de construções, Lda., que irá receber 212.862,81 euros (+ IVA a 6%) para realizar a obra num prazo de 189 dias. Manuel Machado lançou um desafio: se a empresa conseguir realizar a obra num prazo de tempo mais curto, a autarquia reduzirá também o prazo de pagamento da empreitada.
“A intervenção permitirá destinar este imóvel ao arrendamento controlado, condicionado”, referiu o presidente da CMC, manifestando a esperança de que os trabalhos decorram da melhor forma. O autarca deixou ainda o alerta de que “intervenções em edifícios antigos estão sempre sujeitas a surpresas”.
Manuel Machado referiu ainda que o imóvel, do século XIX, “se encontra inserido na zona de proteção do Mosteiro de Celas” e tem “uma traça interessante”. “Houve um cuidado especial em preservar a sua arquitetura”, adiantou o autarca.
“Estamos a rentabilizar património municipal, a torná-lo útil, criando melhores condições de capacidade de resposta para as mais de 500 famílias que se encontram na lista de espera para habitação”, disse Machado, acrescentando que “o facto de haver um T0, um T1 e dois T3, permitirá estimular a diversidade de habitação no mesmo edifício.”
A intervenção contempla a reabilitação dos 1º e 2º andares e sótão – que apresentam graves deficiências, encontrando-se sem condições de salubridade, segurança e conforto – e também o arranjo do espaço exterior contíguo ao edifício, no gaveto da Rua bernardo de Albuquerque com a Rua das Parreiras (libertado em setembro de 2015, através da demolição de um imóvel municipal que o ocupava). O prédio é composto por rés-do-chão, que é propriedade privada e está ocupada por um espaço comercial, e 1º e 2º andar e sótão, que são propriedade municipal e até aqui têm constituído uma única habitação, devoluta há vários anos.
Iniciada hoje, a intervenção incidirá apenas no espaço habitacional. Prevê não só a conservação e requalificação do edifício, como também a construção de quatro novos fogos; no 1º andar um T0 voltado para o logradouro das traseiras e um T1 voltado para o arruamento; no 2º andar um T3 e, no sótão, outro T3, mantendo-se o acesso às habitações a partir do n.º 18.
No exterior, o passeio será alargado e surgirá um espaço de estadia, no qual se pretende que venha a ser integrado um fontanário deixado a descoberto com as demolições.
Em relação aos muros, mantém-se o muro contíguo à fachada lateral do imóvel a norte, que será recuperado e tratado, e vão ser construídos novos muros na transição entre os dois patamares e no limite do terreno sul. Os muros serão ainda coroados com pedra e capeamento de pedra.