A Câmara Municipal de Coimbra (CMC), através da empresa municipal Águas de Coimbra (AC), consignou, hoje, no Centro Cultural e Recreativo do Dianteiro, na freguesia de Torres do Mondego, a empreitada de instalação da “rede de drenagem de águas residuais em casal do Lobo, Cova do Ouro, Dianteiro, Carapinheira e Serra da Rocha e remodelação da rede de abastecimento de água em Casal do Lobo”. A intervenção, que representa um investimento que ronda 2,5 milhões de euros, beneficiará cerca de 1700 habitantes, moradores em três freguesias de Coimbra.
O ato contou com a presença do presidente da CMC, Manuel Machado, do presidente do conselho de administração da AC, Carvalho dos Santos, do presidente do conselho de administração da Lusosicó, Construções S.A., Manuel Silva, dos vereadores da CMC Carlos Cidade, Jorge Alves e Carina Gomes e dos presidentes das juntas de freguesia de Torres do Mondego e Santo António dos Olivais, Paulo Cardoso e Manuel Oliveira, e da União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades, Fernando Abel.
A Lusosicó irá receber 2.258.900 euros (+IVA) para realizar a obra no prazo de 540 dias. Manuel Machado voltou a lançar um desafio: se a empresa conseguir realizar a obra num prazo de tempo mais curto, será também reduzido o prazo de pagamento da empreitada.
“Vai começar uma obra relevante de saneamento e de água para uma parte importante do nosso concelho”, cuja realização se “ambicionava há muito tempo”, afirmou Manuel Machado, sublinhando que “ao longo das décadas, os moradores destas freguesias reclamavam que seja feita a obra e ela está a arrancar”.
“Apesar de ainda não estar aprovado o financiamento por fundos europeus, nós vamos submeter esta operação de aproximadamente 2,5 milhões de euros a financiamento do PO SEUR, que é o programa operacional que se destina a apoiar operações destas; nós decidimos avançar com a obra”, enalteceu o autarca, salientando: “estamos confiantes que vamos ter o financiamento de fundos europeus necessários a este empreendimento.” Para o edil, se existir esta colaboração, “naturalmente que haverá uma maior capacidade de abrangência financeira para aquelas partes complementares que é preciso fazer”.
O presidente da CMC alertou ainda para os constrangimentos que irão decorrer durante a execução da obra. “Peço-vos antecipadamente toda a compreensão porque haverá perturbações nas redes de transportes públicas e privadas, desvios de trânsito com circulação condicionada e até ruturas imprevistas na rede de água.”
Manuel Machado lembrou ainda os números alcançados com esta obra, através da qual “Coimbra passará a contar com 98,6% do saneamento coletado e tratado”, passando a ser detentora de “um nível de qualidade ambiental do melhor que há na Europa”.
Prevista no plano de investimentos da AC, para 2016, a empreitada pressupõe a instalação da rede de saneamento em zonas que pertencem a três freguesias: Santo António dos Olivais, Torres do Mondego e União das Freguesias de Eiras e S. Paulo de Frades. Com esta intervenção, as povoações de Casal do Lobo (freguesias de Santo António dos Olivais e Torres do Mondego), Cova do Ouro (freguesias de Santo António dos Olivais e Torres do Mondego e União de freguesias de Eiras e São Paulo de Frades), Dianteiro (freguesia de Torres do Mondego e União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades), Carapinheira da Serra (União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades) e Serra da Rocha (freguesia de Santo António dos Olivais e União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades) passam a ser servidas pela rede pública de drenagem de águas residuais domésticas.
As taxas de cobertura na freguesia de Santo António dos Olivais vão passar de 98% para 99%, na freguesia de Torres do Mondego de 58% para 87% e na União de Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades de 92% para 95%. Trata-se de dar um contributo essencial para a qualidade de vida destas povoações, para além dos ganhos ambientais que se alcançam.
A empreitada prevê a instalação de quase 17 km (16.899m) de coletores de drenagem de águas residuais domésticas, a execução de 815 ramais domiciliários de saneamento, a construção de 6 estações elevatórias de águas residuais com sistema de bombagem em linha e 1595m de condutas elevatórias em tubagem de PEAD, a remodelação de 11.413m de condutas de abastecimento de água e de 509 ramais de abastecimento de água e a instalação de coletores de drenagem de águas pluviais numa extensão de 764m. Está ainda prevista a reposição de pavimentos numa área de cerca de 79.000m2.
A obra, que representa um investimento que ronda 2,5 milhões de euros, tem também por objetivo remodelar a rede de abastecimento de água em Casal do Lobo, erradicando tubagens obsoletas, e resolver os problemas de pressão reduzida nas zonas mais elevadas desta povoação. De igual forma, vai ser dada continuidade ao objetivo estratégico de redução das perdas de água, sendo a substituição das condutas antigas uma medida essencial para a sua concretização.