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17 Dezembro 2016

Presidente da CMC elogia evolução do Prémio de Jornalismo Adriano Lucas e deseja que perdure

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, Manuel Machado, defende a continuidade do prémio de Jornalismo Adriano Lucas, lançado pela autarquia, em 2011, em parceria com a Universidade de Coimbra e o jornal Diário de Coimbra. “Esta parceria com a Universidade e o Diário de Coimbra é uma parceria que as três entidades partilham, foi decidida em boa hora, assumimos continuá-la e acho que é importante que ela perdure. As iniciativas de interesse comum, de interesse coletivo, não têm de depender das pessoas que servem as instituições para prosseguir”, afirmou.

Manuel Machado falava hoje na atribuição da VI edição do prémio de Jornalismo Adriano Lucas a Catarina de Lima Fernandes, 22 anos, estudante da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Catarina Fernandes, que vive nos Açores e estuda na nossa cidade, concorreu com o trabalho Os ilhéus em Coimbra – peculiaridades de um ilhéu deslocado, com o pseudónimo Duarte Melo, recebendo um prémio de 1500 euros. “Quis mostrar a visão de um estudante de fora, do que não sente quem é de cá, do que é estar três meses longe de casa, sem ver pais, sem ver ninguém”, afirmou Catarina Lima Fernandes.

Atribuíram-se também duas menções honrosas aos trabalhos Caricatura de Coimbra: traços de uma juventude imortalizada, da jornalista Patrícia Cruz Almeida, e Olhos que mentem, de Pedro Duarte Morgado.

Manuel Machado vê este prémio como um “estímulo aos jovens que chegam à nossa cidade, que enfrentam a realidade e sabem escrever sobre a sua vida, olhando para a cidade, olhando para as suas raízes, para a sua terra natal e escrevendo”. Na opinião do autarca “isso é um ato de coragem; por isso eu quero saudar-vos por terem dado esse passo”. Salientou também que, edição após edição, o prémio regista “cada vez mais melhorias e inovação”.

Sendo originário de Sever do Vouga, Manuel Machado recordou-se que o primeiro sítio em que viveu em Coimbra foi na Rua da Ilha. “Há quarenta anos fui ilhéu em Coimbra sem dar por ela”, gracejou. O presidente da CMC recordou também “ilhéus açorianos em Coimbra notáveis”, casos de Vitorino Nemésio e Vasco Pereira da Costa.

A intervenção do autarca terminou com “votos de bom Natal, próspero Ano Novo e, sobretudo, muita saúde para todos, para continuarmos a fazer destes jovens pessoas felizes, capazes, com qualidade, para mostrar que Coimbra vale com o contributo de todas as ilhas; todas as ilhas juntas, fazemos uma cidade melhor”. Manuel Machado não deixou também de agradecer o “trabalho meritório” desempenhado pelos membros do júri.

Este ano, como habitualmente, o júri foi constituído por representantes de cada uma das entidades – Francisco Paz (CMC), Clara Almeida Santos (UC) e João Campos (DC) –, a que se juntaram dois convidados: José Ribeiro Ferreira, presidente da ANAI – Associação Nacional de Apoio ao Idoso, e o jornalista Jorge Castilho. O prémio contou com 14 participações. Saliente-se ainda que a sessão de hoje contou com outras intervenções para além da de Manuel Machado, casos da vencedora do prémio, de José Ribeiro Ferreira, de Adriano Callé Lucas e de Clara Almeida Santos.

Entre o público, destaque para as presenças dos vereadores da CMC Rosa Reis Marques, Carlos Cidade e Carina Gomes, entre outras personalidades, numa sessão, na Casa da Escrita, com sala cheia.

O Prémio de Jornalismo Adriano Lucas é uma iniciativa da Câmara Municipal de Coimbra, em parceria com a Universidade de Coimbra e o Diário de Coimbra, que pretende homenagear o Eng.º Adriano Lucas. Atribuído anualmente, este prémio visa estimular os trabalhos na área do jornalismo, que divulguem, preferencialmente, os temas relacionados com Coimbra e a Região das Beiras e igualmente promover o aparecimento de jovens talentos.

Adriano Lucas nasceu em Coimbra a 14 de dezembro de 1925. Licenciou-se no Instituto Superior Técnico em Lisboa, em 1949, e além de um homem ligado à comunicação social, foi empresário ligado a diversas empresas, desde o ramo automóvel, indústrias gráficas ou às emblemáticas Fábricas Triunfo. Mas foi, sem dúvida, a comunicação social regional que o consagrou. Foi editor do Diário de Coimbra, de 1945 a 1975, e seu diretor, de 1975 a 2011 (após a sua morte Diretor in Memoriam).

Fundou o Diário de Aveiro em 1985, o Diário de Leiria e o Diário de Viseu, em 1987, e a Rádio Regional de Aveiro em 1989. Foi, ainda, fundador/administrador do Centro Protocolar de Formação de Jornalistas (CENJOR) e da NP – Notícias de Portugal. Faleceu a 21 de março de 2011.

O Regulamento do Prémio de Jornalismo Adriano Lucas prevê a atribuição de um prémio pecuniário de 1500 euros ao trabalho vencedor. Permite, ainda, a atribuição de menções honrosas, sem lugar a prémio pecuniário.

No ano da sua primeira edição, em 2011, foram 7 trabalhos a concurso, não tendo havido, contudo, lugar à atribuição do prémio ou menção honrosa. Em 2012, por seu turno, o prémio, que contou com a participação de 13 concorrentes, foi entregue a Adérito Filipe Lapo Esteves – um jovem de 24 anos, licenciado em Jornalismo pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra -, com o trabalho Ao Abrigo de Coimbra, sobre os sem-abrigo da cidade de Coimbra.

Na sua terceira edição, em 2013, o prémio contou com a participação de 24 pessoas e foi entregue a Vitalino José Santos, editor e jornalista de 53 anos, com o trabalho Uma cidade à procura dos ‘velhos da tribo’, em que procurou saber se Coimbra sabe oferecer boas condições à população sénior. Nesta edição foi também atribuída uma menção honrosa ao trabalho A Lenda do Pé Descalço, sobre um agricultor do Baixo Mondego, de Mário Nicolau.

Em 2014, o júri elegeu como vencedor o trabalho “Todos os livros”, uma reportagem de Mariana Oliveira, 22 anos, estudante da faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, sobre a Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra. Numa edição que contou com a participação de 19 concorrentes, houve, ainda, lugar à atribuição de duas menções honrosas aos trabalhos “Sabino, o guarda passarinho”, de Mário Nicolau, e “Mãos mágicas que fazem esquecer o cancro”, de Francisco Fontes.

No ano passado, foram a concurso 14 trabalhos, tendo o prémio sido atribuído a Carina Leal, de 32 anos, licenciada em Ciências da Educação na Universidade de Coimbra, com o trabalho “Filipe Lopes: o jovem que se fez agricultor”. À semelhança de anos anteriores, o júri entendeu atribuir duas menções honrosas: uma ao trabalho “Cochofel: aristocrata e poeta das causas simples”, de Vitalino José Santos, e outra à reportagem “Portugal tem mais encanto na hora da despedida”, de Marta Carvalho Costa.

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