A Câmara Municipal de Coimbra (CMC) informa que o Concerto de Reis da Orquestra Metropolitana de Lisboa, marcado para o passado dia 7 de janeiro e cancelado em virtude do falecimento do antigo Presidente da República Mário Soares, será substituído por um novo espetáculo, a realizar também no Convento São Francisco, no próximo dia 11 de fevereiro, sábado, pelas 22h00.
Os bilhetes adquiridos para janeiro são válidos para a nova data de atuação da Orquestra Metropolitana de Lisboa. Em alternativa, a CMC efetuará a devolução do valor dos ingressos adquiridos na bilheteira do Convento São Francisco, a partir de amanhã – dia 25 de janeiro (diariamente, entre as 15h00 e as 20h00; contacto: 239857191). Esta devolução poderá ser efetuada até ao próximo dia 7 de fevereiro, inclusive. Quem adquiriu o ingresso nos balcões da FNAC ou através da BOL – Bilheteira OnLine, deve proceder à devolução do bilhete junto da entidade em que efetuou a compra.
O novo Concerto da Orquestra Metropolitana de Lisboa intitula-se PARA LÁ DE SCHUBERT e conta com o Maestro Jonas Alber.
Programa
F. Berwald Sinfonia N.º 3, A Singular
F. Schubert Sinfonia N.º 9, D. 944, A Grande
A narrativa histórica ocidental gosta de heróis, indivíduos excecionais que sacrificam as próprias condições de vida para atingirem causas superiores de natureza política ou moral. Quem não ouviu falar da precocidade de Mozart ou da surdez de Beethoven? No caso de Schubert, foca-se a sua condição humilde e as depravações que o conduziram à doença, para depois realçar que tal não o impediu de completar obras de arte sublimes, como esta Grande sinfonia, terminada apenas oito meses antes de uma morte prematura, em 1828.
E para lá das escassas dezenas de nomes que são normalmente recordados? E para lá de Schubert? O maestro Jonas Alber apresenta-nos um ilustre desconhecido, o sueco Franz Berwald, que nasceu apenas um ano antes de Schubert e morreu um ano depois de Berlioz. Traz-nos a melhor das suas quatro sinfonias, A Singular. Datada de 1845, distingue-se por uma unidade estilística irrepreensível entre os três andamentos, uma orquestração transparente, uma ousadia formal que prenuncia os grandes sinfonistas de finais do século XIX.