26 Maio 2017

CMC vai analisar apoio financeiro à segunda edição do projeto Há Baixa e propõe espaço sede para o coletivo

CMC vai analisar apoio financeiro à segunda edição do projeto Há Baixa e propõe espaço sede para o coletivo

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Manuel Machado, e a vereadora da Cultura, Carina Gomes, reuniram-se hoje, com cinco elementos do projeto Há Baixa, para analisaram os pedidos de apoio do coletivo de estudantes para a segunda edição do projeto, intitulada HBA2. Uma edição que contempla o Palco do Romal, que será novamente dinamizado no âmbito da iniciativa Sons da Cidade, a Casa Medieval, Ocupação Temporária, Comércio de Rua e uma pequena intervenção no Salão Brazil. À semelhança do ano passado, o projeto do HBA terá o seu pico de dinamização entre 1 e 15 de julho, e contará com o apoio da CMC. Por seu turno, Manuel Machado propôs ao coletivo a possibilidade de sedearem o projeto num espaço localizado em plena Baixa de Coimbra. 

“Parabéns pelo trabalho que realizaram o ano passado. Correu muito bem.” Foram estas as primeiras palavras do presidente da CMC na reunião de hoje com cinco elementos do Há Baixa, um projeto promovido por estudantes de arquitetura e design da Universidade de Coimbra, que tem como objetivo intervir numa zona específica da cidade, a Baixa de Coimbra, promovendo uma aproximação entre a universidade e a comunidade local, com base em pequenas intervenções de reabilitação sobre habitações ou espaços comerciais. “Sim, vocês estão de parabéns e conseguiram cumprir com todos os objetivos”, afirmou, por sua vez, a vereadora Carina Gomes.

O Há Baixa já avançou, este ano, com a segunda edição do projeto, e esta engloba quatro apostas, uma na Casa Medieval, no Comércio de Rua, na Ocupação Temporária e uma pequena intervenção no Salão Brazil. “Na Casa Medieval pretendemos, para já, tentar interpretar o edifício, conhecê-lo. Neste primeiro ano não há obra”, afirmou João Peralta, um dos estudantes presentes na reunião. Uma iniciativa elogiada pelo presidente da CMC, que se predispôs a ajudar, facultando os estudos que a autarquia possa ter sobre o edifício. “Isso é um desafio importante e o que tivermos nos nossos arquivos disponibilizaremos”, garantiu Manuel Machado.

Relativamente ao tema Comércio de Rua, o desafio passa pela criação de estruturas para três barracas de venda, uma para um livreiro e duas para artesãos. Já no que diz respeito ao tema da Ocupação Temporária, um conceito novo que o Há Baixa pretende desenvolver, a ideia é trabalhar os espaços comerciais que não estão a ter utilização, ocupando-os temporariamente para um projeto residente que durasse no máximo três meses, de modo a que, “por um lado, servisse de residência a um projeto jovem e, por outro, fizesse um melhoramento e desse nova vida a espaços inutilizados”, lê-se no documento de apresentação do HBA2. 

E, à semelhança do que aconteceu o ano passado no Largo do Romal (no qual foi instalado um palco efémero, que este ano será novamente dinamizado), os estudantes já abriram concurso para a ocupação de três largos da Baixa: a Fornalhinha, Paço do Conde e Adro de Baixo. O projeto vencedor foi o de três estudantes do mestrado em arquitetura, Ana Inês Fonseca, Décio Teixeira e João Casqueiro, cuja proposta é instalar uma estrutura efémera em cada espaço, estruturas essas que deverão estar prontas a partir do dia 17 de Junho, no arranque do Sons da Cidade. Para além disto, os estudantes falaram também de um pequena intervenção no telhado do Salão Brazil.

 Os cinco elementos do projeto Há Baixa – para além de João Peralta, estiveram ainda presentes Jorge Tomo Júnior, Carlos Brito, Carlos Fraga e Francisco Almeida – concluíram a sua parte, solicitando à CMC, entre outras coisas, autorização facilitada para a realização das pequenas obras, para ocupação da via pública, isenção de taxas para as iniciativas a promover, que serão inseridas nas Festas da Cidade, e um apoio monetário ao projeto, no valor de 3000 euros, para que esse seja concretizável, explicando que o orçamento total do projeto é de 6500 euros e que já vão receber “uma comparticipação, de cerca de metade, da Universidade de Coimbra”. 

O presidente da CMC adiantou que iria estudar o pedido – que deverá agora ser oficializado, lembrou Carina Gomes – mostrando-se, porém, satisfeito com o projeto. “Vamos ajudar-vos no que pudermos”, concluiu Manuel Machado.

Antes de terminar a reunião, o presidente da CMC deixou, ainda, um desafio aos estudantes: a possibilidade de eles sedearem o projeto num espaço localizado em plena Baixa de Coimbra. “Nós temos interesse na requalificação física e humana desta área da cidade e o que pretendemos é instalar atividades humanas em zonas de risco da Baixa de Coimbra. O nosso desafio passa por instalarem a vossa sede numa destas zonas, num espaço cedido por nós”, avançou Manuel Machado, convidando os estudantes a visitarem o local. O estudantes do Há Baixa agradeceram a proposta do presidente da CMC e garantiram que rapidamente terão uma resposta para o desafio que lhes foi colocado. 

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