Não faltaram motivos para visitar hoje o Centro de Histórico de Coimbra. A cidade vestiu-se de cor, aromas primaveris e sabores para celebrar a Natureza, cruzando duas iniciativas em que as flores, as plantas – e as laranjeiras em particular – atraíram milhares de pessoas. As iniciativas – a Festa da Flor e da Planta, na Baixa, e o Mercado da Laranja, na Alta – foram ambas promovidas pela Câmara Municipal de Coimbra (CMC).
A vereadora da Cultura e Turismo da CMC, Carina Gomes, visitou a Festa da Flor e da Planta, tendo depois inaugurado outro importante acontecimento cultural da cidade: a exposição de artes plásticas “O Fascínio dos Números”, do holandês Wessel Dijkstra, que estará patente na Galeria Pinho Dinis (Casa Municipal da Cultura) até ao próximo dia 17 de junho.
A Festa da Flor e da Planta e o Mercado da Laranja contaram com um vasto programa de animação de rua e várias outras ações multidisciplinares, capazes de surpreender quem visitou a Baixa da cidade, a Casa da Escrita e respetiva zona histórica envolvente.
Desde o eixo pedonal que liga a Praça 8 de Maio à Rua Ferreira Borges, meia centena de participantes da Festa da Flor e da Planta conferiram um ambiente festivo a esta área. Uma vivência que se tornou ainda mais alegre através da atuação da Banda Filarmónica União Taveirense, seguida do Grupo de Cavaquinhos Nunca é Tarde.
Já o Mercado da Laranja, realizou-se, pela primeira vez, na Casa da Escrita (Rua João Jacintho, n.º 8, próximo da Torre de Anto), numa coorganizada da CMC e da Associação de Doceiros de Coimbra (ADOC), em parceria com a empresa “Living Place – Animação Turística”.
O Mercado da Laranja alargou-se ao quarteirão da zona histórica Património da Humanidade, permitindo, assim, dinamizar uma atividade que, embora em torno da laranja, abraçou um percurso pedonal que integrou temas como a Canção de Coimbra, as vivências académicas, os escritores que passaram pela cidade, a arquitetura, as suas tradições, a arte, nomeadamente a arte doceira (muita da nossa doçaria conventual incluía flor de laranjeira, como era o caso do famoso “manjar branco de Celas”), entre outros campos da nossa história e cultura que imprimiram ao Mercado da Laranja um carácter peculiar e multidisciplinar.
Tendo por mote a laranja – enquanto fruto tradicionalmente cultivado na cidade e concelho, ainda hoje bem presente na paisagem urbana, elemento central do receituário conventual e tradicional – o evento fez ainda uma ligação à riqueza patrimonial (material e imaterial) de Coimbra. O mercado distribuiu-se entre o espaço interior e a envolvência exterior da Casa da Escrita e suas imediações, assumindo-se, assim, como uma montra de experiências turísticas, culturais, gastronómicas, envolvendo a população residente e os turistas que a visitaram.