O centro de incubação da Agência Espacial Europeia (ESA BIC) em Portugal, que é coordenado pelo Instituto Pedro Nunes (IPN), celebrou ontem o seu terceiro aniversário. O vereador da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Carlos Cidade, esteve presente nas comemorações que contaram com a presença, entre outros, do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (MCTES), Manuel Heitor, e do ministro-adjunto, Pedro Siza Vieira, e que incluíram a apresentação de cinco novas empresas e a graduação de seis startups que, com este programa, já atingiram a maturidade.
O ESA BIC Portugal está de parabéns. Há três anos que esta incubadora de empresas opera, sob coordenação do IPN, no apoio a startups especializadas em tecnologia espacial aplicada a áreas como a saúde, energia, transportes, segurança e vida urbana. E os resultados “estão à vista, com os objetivos a serem integralmente cumpridos”, avançou a presidente do IPN, Teresa Mendes: 16 startups e 56 empregos qualificados, e uma taxa de exportação de 39%. “Parabéns às startups do ESA BIC”, afirmou Teresa Mendes, naquele que foi o primeiro discurso da tarde, logo após uma apresentação informal de algumas startups do projeto, no hall da aceleradora do IPN.
“Os últimos três anos foram importantes para Portugal mostrar à ESA (Agência Espacial Europeia) que consegue ter uma das melhores incubadoras da Europa”, referiu, por sua vez, o ministro Manuel Heitor, revelando que atualmente “Portugal investe 20 milhões de euros por ano na ESA e tem o dobro de retorno”. “Queremos que, em 2030, o retorno do mercado espacial em Portugal passe dos atuais 40 milhões para 400 milhões”, avançou ainda o MCTES, revelando que está em estudo uma estratégia portuguesa “para o espaço” e negociações com o Luxemburgo e a Suíça para um fundo de apoio a projetos no setor do “novo espaço”, a Global Space Ventures.
A Horizontal Cities, a Stratio Automotive (que trabalha em parceria com a CMC, analisando e prevendo a ocorrência, em tempo real, de problemas e desgastes mecânicos em 90 dos autocarros dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra), a Tesselo, a Fibersail e a Theia são as cinco novas empresas que se vão juntar às restantes que já são apoiadas pelo ESA BIC Portugal. Estas são empresas que aplicam tecnologia inicialmente pensada para o espaço em setores terrestres, nas mais diversas áreas. Já a Active Aerogels, a Findster, a D-Orbit, a Space Layer Technologies, a Airborne Projects e a Eye2map passaram a graduadas, com o apoio do ESA BIC Portugal.
Recordamos que o ESA BIC Portugal é liderado pelo IPN e tem polos no Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto e na agência DNA Cascais. Trata-se de um programa enquadrado no projeto financiado pelo Centro 2020, Portugal 2020 e União Europeia, através do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional SIAC ESA BIC.
O evento contou ainda com a participação do reitor da Universidade de Coimbra, João Gabriel Silva, do vice-reitor da Universidade do Porto, Carlos Brito, do representante da Câmara Municipal de Cascais, Diogo Agostinho, da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro, Ana Abrunhosa, e de Niels Eldering, pela ESA. O presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, João Ataíde, também marcou presença nas comemorações do terceiro aniversário da ESA BIC Portugal.