Neste mais recente conto da conimbricense Teolinda Gersão, publicado em janeiro, a autora demonstra-nos que a literatura espreita por uma frincha da porta e revela-nos histórias muitas vezes ocultas, o lado mais privado da vida e dos pensamentos dos outros, trazendo à luz revelações de beleza ou de horror, de fragilidade e até de perfídia.
Depois de “Prantos, amores e outros desvarios”, que captavam «o pulsar distinto da vida como se de um batimento comum se tratasse» (in Público), Teolinda Gersão, recentemente galardoada com o Albert Marquís Lifetíme Achievement Award, volta a cativar o leitor com uma escrita intimista, desvendando o melhor e o pior da alma humana.
Breve nota biográfica
Teolinda Gersão nasceu em Coimbra, em 1940. Estudou nas universidades de Coimbra, Tübingen e Berlim. Foi leitora de português na Universidade Técnica de Berlim e professora catedrática da Universidade Nova de Lisboa, onde ensinou Literatura Alemã e Literatura Comparada. É autora de vários livros de ficção, traduzidos em onze línguas.
Foram-lhe atribuídos os seguintes prémios: por duas vezes, o Prémio de Ficção do PEN Clube (“O silêncio”, 1981, e “O cavalo de sol”, 1989), o Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (“A casa da cabeça de cavalo”, 1995), o Prémio Fernando Namora (“Os teclados”, 1999), o Grande Prémio do Conto Camilo Castelo Branco (“Histórias de ver e andar”, 2002), o Prémio Máxima de Literatura (“A mulher que prendeu a chuva e outras histórias”, 2008), o Prémio da Fundação Inês de Castro (2008), o Prémio Ciranda e o Prémio da Fundação António Quadros (“A Cidade de Ulisses”, 2011), o Prémio Fernando Namora (“Passagens”, 2014) e o Prémio Literário Vergílio Ferreira 2017, pelo conjunto da sua obra. Alguns dos seus livros foram adaptados ao Teatro e encenados em Portugal, Alemanha e Roménia.
Em 2018 foi-lhe atribuído o Albert Marquís Lifetíme Achievement Award.