O Convento São Francisco foi palco de uma reflexão e discussão em torno do que significa, para qualquer cidade, ser Capital Europeia da Cultura, “um dos títulos que, hoje em dia, é mais apreciado e desejado na Europa, sobretudo pelo estatuto que confere e pelas possibilidades de engrandecimento que encerra, em muito associados ao mediatismo em torno desta celebração da cultura europeia”, considerou Manuel Machado.
O presidente da CM Coimbra, salientou, contudo, que “se nos importa a celebração da cultura, em si mesma, importa-nos, do mesmo modo, o caminho que percorremos até lá, bem como o dia 1 de janeiro de 2028, isto é, o que fica, na cidade, depois da festa”.
“Importa-nos a sementeira e a colheita a benefício das nossas comunidades, ao invés de eventos efémeros que pouco ou nada deixam de valor enraizado no território e nas pessoas”, destacou o autarca, acrescentando que “qualquer cidade que apresente uma candidatura a este título quererá, depois da festa, resultados visíveis e efeitos positivos para o presente e para o futuro cultural do território, para a produção, a criação e a programação cultural, para os públicos e os hábitos culturais da comunidade. Quererá, em suma, uma verdadeira transformação na produção e no acesso à cultura”.
Este será um “processo extremamente complexo e diversificado, que envolve vários passos, etapas e decisões, vários atores, agentes e associações culturais, habitantes, trabalhadores e utilizadores das cidades, decisores políticos, instituições e entidades relevantes no território” e, por isso mesmo, “nunca poderá ser um caminho solitário”, preveniu.
Manuel Machado terminou a sua intervenção reiterando o seu apreço especial a todos e cada um dos membros do Grupo de Trabalho da Candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura.
Na sessão de abertura interveio ainda o Coordenador do Grupo de Trabalho da Candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027, Luís de Matos. No fim, o jornalista Bento Rodrigues teve a seu cargo a difícil tarefa de resumir as ideias e os temas debatidos ao longo do dia, por Ana Abrunhosa, António Feijó, Artur Santos Silva, Cátia Antunes, Clara Almeida Santos, Edson Athayde, Elias Torres Feijó, Guilherme Imperial, Hugo de Greef, Isabel Pires de Lima, Jean-François Chougnet, José António Bandeirinha, Ludovic Thilly e Pedro Machado. A moderação das sessões esteve a cargo de António Pedro Pita, Luis Menezes, Cristina Robalo Cordeiro, Nuno Freitas e Manuel Rocha, membros da equipa responsável pela candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027, e a Diretora Regional de Cultura do Centro, Suzana Menezes, encerrou o FOR1C.
Conduzida pela CM Coimbra, a candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura conta com o apoio formal, aprovado por unanimidade, e participação da CIM-Região de Coimbra. Para além da própria Assembleia Municipal de Coimbra, a candidatura é ainda apoiada pelo Turismo Centro de Portugal, Universidade de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra e Lions Clube de Portugal.
Reveja o discurso de Manuel Machado na íntegra: