“É com muito gosto que a Câmara Municipal de Coimbra acolhe a realização deste evento no Salão Nobre dos Paços do Município”, começou por afirmar Manuel Machado, recordando que “a última vez que Zeca Afonso esteve no edifício foi na noite de 26 de maio de 1983, depois de ter recebido a medalha de ouro da cidade de Coimbra, atribuída pelo meu antecessor Luís Mendes Silva”. O autarca salientou que é “com muita honra que hoje damos um forte contributo para que a memória não se perca”, destacando, assim, a importância de semear o futuro.
Já José Moças confidenciou o prazer irrepetível que teve em poder editar a obra e agradeceu todo o apoio concedido pela Câmara Municipal de Coimbra. A Adelino Gomes coube enquadrar os pormenores sobre o concerto, a sua concretização e toda a época que o rodearam, nomeadamente a Crise Académica de 1969.
Por seu turno, José Manuel Mendes considerou que a história é indispensável “sobretudo quando reproduz e nos devolve aqueles instantes que foram semente do futuro”, acrescentando que “em abril de 69 se começou a construir um outro abril”.
A obra reúne em vinil, CD e livro a gravação e a história de dois concertos inéditos de José Afonso, um dos quais realizados a 4 de maio de 1968, na Tarde de Arte da Queima das Fitas, no já desaparecido Teatro Avenida, com a presença em palco do cantautor acompanhado por Rui Pato. A edição inclui ainda um outro CD de um concerto inédito registado no dia 23 de fevereiro de 1980, na freguesia de Carreço, em Viana do Castelo.
Os vereadores da CM Coimbra Carlos Cidade, Regina Bento, Jorge Alves, Carina Gomes e Paula Pêgo marcaram presença no evento que contou com o Salão Nobre cheio com personalidades como Rui Pato, Jorge Rino, José Mesquita e Ferraz Oliveira, que participaram no concerto de Coimbra, em maio de 1968, e Alberto Martins, presidente da Direção-geral da Associação Académica de Coimbra em 1969.
