Na opinião de Manuel Machado “não há mais tempo a perder” e o SMM, com a opção pelo sistema metrobus assumida entre o Governo e os municípios envolvidos no projeto, “tem de transportar pessoas com a máxima urgência possível”, até porque a reprogramação do Portugal 2020 veio, pela primeira vez, prever financiamento para o projeto.
“É altura de fazer ou morrer”, defendeu, depois de “pelo menos 118 milhões de euros terem sido aplicados nesta operação”. “É demasiado desperdício de dinheiro público”, salientou.
Ao longo de 25 anos, desde que o último Governo de Cavaco Silva publicou, em 1994, o primeiro diploma para a substituição do comboio pelo metro no Ramal da Lousã e extensão do sistema à cidade de Coimbra, “já se estudou demais”. “Noventa e sete estudos, convenhamos que é obra”, lamentou Manuel Machado, que é também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses.
Para Manuel Machado, “só falta adjudicar” o empreendimento, o que tem de ser feito “a bem ou a menos bem”. Importa que o projeto “não seja um mito urbano” e que, como previsto, passe a servir as populações dos concelhos de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã a partir de 2021, onze anos depois do encerramento do ramal ferroviário da Lousã.
A sociedade de capitais públicos Metro Mondego foi criada, em 1996, com o objetivo de fazer avançar o processo de implantação do metro ligeiro de superfície no Ramal da Lousã e num novo troço urbano a construir em Coimbra. Para Manuel Machado é necessário “redinamizar” a empresa.
Lusa / CM Coimbra