Foi com a Bonifrates que se iniciaram as comemorações dos 30 anos da atribuição do Prémio Camões a Miguel Torga. A cooperativa de produções teatrais interpretou “Em que rosa-dos-ventos há um caminho/ Português?”, um resumo da obra de Miguel Torga, tendo sido muito elogiada por todos os intervenientes
De seguida, Manuel Machado abriu a sessão saudando os intervenientes na conferência e salientando que “na Feira Cultural de Coimbra, prestamos homenagem à identidade, à vida e à obra de um dos nossos melhores”.
Para o presidente da CM Coimbra, Miguel Torga foi um “ímpar e prestigiado poeta, romancista, contista, mensageiro da língua portuguesa e cidadão – dos mais influentes do Século XX, e com indiscutíveis e consabidos laços a Coimbra”. “Por isto, e muito mais, foi o primeiro autor a receber o mais importante galardão literário da língua portuguesa”, destacou o autarca, recordando a cerimónia do dia 10 de junho de 1989, presidida pelo Presidente da República, Mário Soares, em Ponta Delgada.
Após a leitura de alguns excertos do Diário de Torga, que nos habituou “às suas descrições límpidas da realidade, da sociedade e da portugalidade”, Manuel Machado considerou notáveis “a lucidez, a profundidade, o desassombro, o domínio da língua, a bravura assertiva e a liberdade” do “Homem, médico, escritor, poeta e cidadão rigoroso”.
“Razões mais do que suficientes que levam a Câmara Municipal a elevar diariamente a sua memória e obra, com a dinamização da Casa-Museu Miguel Torga, no n.º 3 da Praceta Fernando Pessoa, em Coimbra; e hoje, em plena Feira Cultural, não poderíamos deixar de assinalar o 30º aniversário da atribuição a Torga do 1º Prémio Camões”, concluiu Manuel Machado.
Assista à intervenção completa do presidente da CM Coimbra:
Assista às intervenções de Clara Rocha, José Augusto Bernardes e Manuel Alegre: