Manuel Machado não tem dúvidas do potencial empreendedor e criativo da cidade e de que o caminho traçado é o certo. O autarca lembrou que um bom exemplo disso é o Instituto Pedro Nunes – uma prova de que “o investimento público pode criar condições de sinergia entre o ensino superior, os investidores e os empreendedores privados e, ainda, a regeneração urbana e a reabilitação de espaço público” – e que esse caso de sucesso tem, agora, que ser reproduzido para outros parques sustentáveis e rentáveis, que acolham indústrias tecnológicas e inovadoras. “Este já está a ser o caso do Parque Industrial Tecnológico, onde se irão em breve sediar grandes investimentos industriais, que serão anunciados ainda este mês”, revelou.
O presidente da CM Coimbra falou, ainda, dos dois espaços de cowork que a autarquia está a desenvolver. O “Cowork Pátio”, no Pátio da Inquisição, já está em funcionamento e prestes a receber os seus primeiros utilizadores e vai surgir no futuro um espaço cowork no Mercado Municipal D. Pedro V, “que vamos refuncionalizar para várias vocações diferentes”, afirmou, acrescentando que o objetivo é proporcionar aos jovens empreendedores uma forma de desenvolverem o seu trabalho a baixos custos, mas com condições de excelência. O objetivo passa por atrair empreendedores e fixar os jovens no centro da cidade e, para isso, a autarquia está também a apostar no apoio e incentivo à iniciativa privada de reabilitação desta zona central de Coimbra, da Baixa e da Alta.
Mas não é tudo. “O próprio Convento São Francisco é uma ferramenta fundamental para potenciar este ambiente empreendedor e inovador que estamos a criar em Coimbra, concentrando valências culturais e criativas únicas com grande capacidade de atração de congressos e de iniciativas de negócios e de investimento”, referiu ainda Manuel Machado, lembrando que “este ambiente propício à inovação, ao investimento e à criatividade dá-se numa cidade que, ano após ano, se distingue em todos os rankings pela sua qualidade de vida”. “Coimbra tem, hoje, todas as características essenciais para se consolidar como um grande centro de inovação, de empreendedorismo e de tecnologia do país e da Europa”, concluiu.
“Procuramos, no dia a dia, ter impacto na sociedade, não só através do ensino e da investigação, mas agora também através desta área do empreendedorismo universitário”, disse, por sua vez, o reitor da UC, Amílcar Falcão, destacando a importância do evento, agradecendo a colaboração de todas as entidades e deixando uma palavra especial aos 600 participantes no encontro. “Tudo faremos para acolher estes projetos inovadores”, referiu, desafiando ainda o vencedor do concurso de pitch, que se iniciaria a seguir para vir testar a sua ideia a Coimbra. “Terão aqui o espaço certo”, garantiu.
Já o diretor do Santander Universidades, Marcos Ribeiro, destacou a importância e o crescimento do programa Explorer e lembrou que “o Santander é a empresa que mais investe no ensino superior em todo o mundo”. “Em 2019, tivemos cerca de 1800 jovens participantes e 1050 projetos. Muito foi feito para chegarmos até aqui e hoje vai ser um grande dia”, frisou Marcos Ribeiro. O evento reuniu mais de 600 jovens empreendedores de Portugal, Espanha e Argentina e contou com sessões de formação, palestras motivacionais, um mercado de ideias e múltiplas atividades para empreendedores, para além do concurso de pitch, que resultou em prémios em dinheiro para os dez finalistas, mais uma viagem a Silicon Valey para o vencedor.
