11 Outubro 2019

Coimbra sobe 8 posições no ranking do Observatório das Cidades Culturais e Criativas

Coimbra sobe 8 posições no ranking do Observatório das Cidades Culturais e Criativas

O “Observatório das Cidades Culturais e Criativas”, desenvolvido pelo serviço científico interno da Comissão Europeia, criou um índice conjugado (The Culture and Creative Cities Index – C3)que mede três domínios: o “dinamismo cultural”, a “economia criativa” e o “ambiente propício” de cada cidade. Cada um destes três domínios é composto por várias dimensões.¹

 

Na primeira publicação do Observatório, em 2017, foram consideradas 168 cidades de 30 países. Na segunda edição, de 2019, foram consideradas 190 cidades também em 30 países. Há, portanto, mais 22 cidades a serem consideradas nesta última análise de 2019.

 

Dessas 190 cidades, 98 já foram Capitais Europeias da Cultura, 33 são cidades criativas da UNESCO e 59 acolhem pelo menos dois festivais culturais internacionais – estes são também os critérios de seleção para as cidades integrarem o índice.

 

As cidades são, ainda, divididas pelo número de habitantes, em 4 categorias:

  • S-M, de 50.000 a 250.000 habitantes;
  • L, de 250.000 a 500.000 habitantes;
  • XL, 500.000 a 1.000.000 habitantes;
  • E XXL, com mais de 1.000.000 habitantes.

 

Coimbra insere-se no grupo S-M – cidades pequenas e médias, onde também se incluem Guimarães e Porto e, este ano, Braga e Faro (estas duas cidades não entraram no índice em 2017).² Em 2017, entraram no ranking 64 cidades pequenas e médias. Em 2019, este número subiu para 79, ou seja, são mais 15 cidades no grupo de Coimbra.

 

A nível global

Em 2017, a performance global de Coimbra, no índice conjugado C3, dentro do grupo das cidades pequenas e médias foi de 21,36, o que a colocou na 37.ª posição (entre 1 e 64). Em 2019, a performance da cidade subiu para 24,04, o que a posicionou em 29.ª (entre 1 e 79). Ou seja, em termos globais, Coimbra subiu 8 posições no ranking global do Observatório das Cidades Culturais e Criativas.

 

Este índice conjugado é composto, como se referiu, por 3 domínios: o “dinamismo cultural”, a “economia criativa” e o “ambiente propício”. De 2017 para 2019, Coimbra:

  • subiu 17 posições, passando de 39.ª (em 64 cidades) para 22.ª (em 79 cidades) em termos de “dinamismo cultural”, com índices de 24,82 em 2017 e de 29,22 em 2019;
  • desceu 5 posições, passando de 15.ª (em 64 cidades) para 20.ª (em 79 cidades) em termos de “economia criativa”, com índices de 19,37 em 2017 e de 21,79 em 2019 – o que significa que, objetivamente, Coimbra cresceu em termos de economia criativa, já que melhorou os seus valores neste domínio e a sua descida de 5 posições se deve à entrada de mais 15 cidades para este grupo e não a um mau desempenho;
  • e desceu 4 posições, passando de 49.ª (em 64 cidades) para 53.ª (em 79 cidades) em termos de “ambiente propício”, com índices de 18,44 em 2017 e de 18,16 em 2019.³

 

 

 

Em Portugal

Considerando apenas as cidades portuguesas que integram o grupo S-M, Coimbra posiciona-se, no índice global, a seguir ao Porto e a Faro e à frente de Guimarães e de Braga.

 

 

Quanto ao dinamismo cultural, ocupando a 22.ª posição, Coimbra está apenas atrás do Porto (9.ª), situando-se à frente de Faro (31.ª), Guimarães (69.ª) e Braga (77.ª). Relativamente ao domínio em que, alegadamente, Coimbra teria caído 5 posições, está atrás de Faro (5.ª) e do Porto (8.ª), estando melhor posicionada do que Guimarães (21.ª) e Braga (31.ª). Quanto ao ambiente propício, Coimbra (53.ª) está apenas atrás do Porto (50.ª), estando à frente de Braga (55.ª), Guimarães (61.ª) e de Faro (70.ª).

 

Recordamos que Coimbra não integra a Rede das Cidades Criativas da UNESCO mas está a preparar a sua candidatura a Capital Europeia da Cultura em 2027. Foi uma das cidades convidadas pela Comissão Europeia para integrar a Cultural Gems – uma nova aplicação de acesso livre, que decorre da ação implementada precisamente pelo Cultural and Creative Cities Monitor, que aqui se analisou, e que pretende criar um mapa europeu de espaços criativos e culturais que cubra não apenas os locais e iniciativas mais emblemáticas das cidades, mas também outros menos conhecidos do público europeu. A plataforma partilhada para dispositivos móveis vai encorajar os residentes das cidades europeias a partilhar as suas preferências culturais nas respetivas cidades numa interface baseada num mapa que incluirá três tipos de conteúdos: “Open Street Map”, “Glances” e “City Stories”.

 

 

[1] O domínio do “dinamismo cultural” é composto e mede os “equipamentos culturais” e a “atratividade e participação”; o domínio da “economia criativa” é composto e mede os “empregos criativos com base no conhecimento”, a “propriedade intelectual e a inovação” e os “novos empregos em setores criativos”; finalmente, o domínio do “ambiente propício” é composto e mede o “capital humano e educação”, o “espírito de abertura, tolerância e a confiança”, as “conexões locais e internacionais” e a “qualidade da governança”. Os três domínios são medidos através de dados quantitativos e qualitativos de diversas naturezas e proveniências. O domínio do “dinamismo cultural” vale 40%, o da “economia criativa” vale 40% e o do “ambiente propício” vale 20% do total do índice C3.

 

[2] Sintra, que entrou este ano, está no grupo L e Lisboa no grupo XL.

 

[3] Ver: http://publications.jrc.ec.europa.eu/repository/bitstream/JRC117336/citiesmonitor_annexc.pdf; https://composite-indicators.jrc.ec.europa.eu/cultural-creative-cities-monitor/assets/c3/docs-and-data/2019/report-and-annexes/3CM2019_AnnexE.xlsx; http://publications.jrc.ec.europa.eu/repository/bitstream/JRC107331/kj0218785enn.pdf.

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