O Sons da Cidade, coorganizado pela Associação RUAS (Recriar a Universidade, Alta e Sofia), pela Câmara Municipal (CM) de Coimbra, pela Universidade de Coimbra (UC) e pela Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC), regressa já este fim de semana com um programa adaptado ao período de desconfinamento que o país atravessa e em rigoroso cumprimento das orientações das autoridades de saúde.
A vereadora da Cultura, Turismo e Juventude da CM Coimbra e vice-presidente da Associação RUAS, Carina Gomes, destaca “a diversidade das iniciativas culturais, que vão decorrer em segurança e de acordo com as normas das autoridades de saúde, para assinalar os sete anos da inscrição da Universidade, Alta e Sofia na lista do Património Mundial da UNESCO”. “Esta não é a hora da despedida. É a hora do regresso, do reencontro”, salienta a autarca, remetendo para a campanha nacional de promoção turística que a CM Coimbra iniciou esta semana, com o objetivo de estimular a atividade económica do concelho nos próximos meses, promovendo uma cidade atrativa e segura.
Por seu turno, o vice-reitor da UC para o Património, Edificado e Infraestruturas e presidente da Associação RUAS, Alfredo Dias, sublinha que este programa “convida à comemoração desta importante data para a Universidade e cidade de Coimbra, de forma ajustada às circunstâncias do momento que vivemos”. “São precisamente estas circunstâncias particulares que tornam ainda mais relevante e urgente a importância desta celebração, que se concretiza e materializa num conjunto diversificado e qualificado de iniciativas”, afirma Alfredo Dias.
“Este programa sublinha o regresso às atividades culturais, em harmonioso diálogo com o património construído e a natureza, fazendo da experiência da pandemia uma oportunidade para promover a inovação artística e a criatividade”, conclui o vice-reitor da UC para a Cultura e Ciência Aberta e vogal da direção da Associação Ruas, Delfim Leão.
A VII edição deste evento cultural convida à revisitação de espaços, momentos, obras musicais e literárias, tendo como mote efemérides como os 730 anos da Universidade de Coimbra, o sétimo aniversário da inscrição da “Universidade de Coimbra, Alta e Sofia” na Lista do Património Mundial da UNESCO, o Jubileu dos Mártires de Marrocos e de Santo António que assinala os 800 anos do martírio dos primeiros frades franciscanos e a sua importância na vocação de Santo António, os 750 do nascimento da Rainha Santa Isabel, padroeira da cidade de Coimbra, e os 50 e 25 anos das mortes de José Régio e de Miguel Torga, respetivamente.
O programa arranca com duas visitas guiadas (com inscrição prévia obrigatória): um percurso pelo Património Mundial da UC, de 20 a 22 de junho, às 10h00; e “3 escritores, 7 percursos”, uma evocação da obra de D. Dinis, José Régio e Miguel Torga, com a colaboração do coletivo DeclAMAR Poesia, a realizar de 20 a 22 de junho, às 15h00.
Esta é a primeira edição do Sons da Cidade desde a inclusão do Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC) na área classificada como Património Mundial da UNESCO. Por isso, o Sons da Cidade vai também passar por aqui, no dia 22 de junho, pelas 18h00, com a realização da atividade “#versoREverso da obra de arte”, um olhar sobre sete peças da coleção do MNMC e sete poemas, e com um momento musical no Pátio do Museu pelo grupo ‘Segue-me à Capela’, um coletivo de sete mulheres que trabalha a música tradicional portuguesa numa perspetiva contemporânea, pelas 19h00 do mesmo dia.
Pelas notas musicais passam também os dois principais momentos evocativos do 730.º aniversário da Universidade de Coimbra. No próximo sábado, a partir das 17h00, o Jardim Botânico recebe “Uma Viagem musical (a três tempos) pelos 730 anos de história da Universidade de Coimbra”. O espetáculo inclui três atuações distintas, em três espaços diferentes do Jardim: “A Arte de Trovar”, uma revisitação do cancioneiro trovadoresco galego-português, por Ricardo Leitão Pedro; “Ecos da Coimbra humanista: os tesouros musicais conimbricenses dos séculos XVI e XVII”, pel’O Bando de Surunyo; e “Tomar o pulso ao presente”, com a eletrónica de espírito rock dos Ghost Hunt.
Por fim, para 13 de setembro está reservado o concerto “730 anos da UC: 73 Harpas no Mondego”. Este espetáculo único, no Pátio das Escolas, com produção de Nuno Feist, vai reunir pela primeira vez em Portugal 73 harpas na mesma performance, uma por cada década de existência da UC, revisitando os momentos mais marcantes da história da Universidade de Coimbra e da sua relação com a cidade e o Mundo.