Foi o primeiro Centro de Ciência Viva a ser criado em Portugal, em 1995, com o nome Exploratório Infante D. Henrique, e comemorou no dia 24 de novembro de 2020 (numa homenagem a Rómulo de Carvalho), 25 anos de existência. Os discursos da manhã tiveram em comum a referência ao então ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, e ao professor catedrático e antigo diretor do Exploratório, Victor Gil.
“Nestes 25 anos convém recordar Mariano Gago e Victor Gil. Como se sabe, ‘os santos da casa não fazem milagres’, mas eles fizeram”, afirmou Manuel Machado, elogiando ainda o “trabalho extraordinário” que tem vindo a ser feito pelo atual diretor do Exploratório, Paulo Trincão, e pela sua equipa.
“O Centro de Ciência Viva de Coimbra, o Exploratório Infante D. Henrique, é efetivamente um desafio estimulante. Quem o diz são, sobretudo, os mais pequeninos que por aí encontramos e se entusiasmam com as matérias e os materiais que o centro lhes propícia para brincar e, sobretudo, para aprender”, destacou Manuel Machado, concluindo o seu discurso com uma saudação “a todos os que ao longo do tempo aqui se empenharam, todos os que deram um contributo, mesmo quando houve discussões intensas – mas idóneas, sinceras – porque com cada uma dessas discussões conseguiu-se impulsionar o Centro de Ciência Viva de Coimbra”, concluiu.
Por sua vez, Paulo Trincão adiantou qual a estratégia que o Exploratório vai seguir nos próximos anos, revelando que a economia circular será um dos temas a explorar nas atividades futuras e que este deverá ser um espaço para abordar esta questão. Paulo Trincão assinou, por isso, um Pacto Institucional para a Valorização da Economia Circular na Região Centro com a presidente da Comissão de Coordenação Regional do Centro, Isabel Damasceno, que realçou a importância da assinatura do documento e da divulgação de boas práticas de economia circular. Um assunto que foi, depois, abordado pelo ministro Manuel Heitor, que realçou a relevância da temática “para podermos obter, nas próximas décadas, um melhor equilíbrio entre a atividade económica e humana e o planeta Terra”, fazendo referência à atual pandemia COVID-19 como uma consequência do atual desequilibro existente.
A pandemia COVID-19, o confinamento e isolamento social também fizeram parte dos discursos que se ouviram no auditório do Exploratório. E, aproveitando o tema, Manuel Heitor salientou a importância da criação da Rede de Ciência Viva em Portugal, uma política pública que permitiu combater “o isolamento social da Ciência”, diagnosticado num estudo liderado pelo então ministro Mariano Gago. “A Rede Ciência Viva é considerada inédita a nível europeu e até a nível mundial”, referiu Manuel Heitor, acrescentando que a rede conta atualmente com 25 centros, dez escolas e 540 clubes de Ciência Viva nos estabelecimentos de ensino de todo o país. O ministro elogiou, ainda, o trabalho e a evolução do Exploratório.
Durante a sessão foram, ainda, apresentados o projeto “Verd’O Parque”, vencedor do Orçamento Participativo Jovem 2019 do Município de Coimbra, e que será concretizado numa intervenção da autarquia no Parque Verde do Mondego, no espaço do Exploratório até ao rio; e o “Astronomia para Bebés 2.0”, uma produção do Exploratório, agora numa nova versão do filme que, em 2018, foi distinguido com o prémio Internacional Mariano Gago Ecsite Awards na categoria Smart and Simple.
A sessão contou, ainda, com a presença do reitor da Universidade de Coimbra, Amílcar Falcão, da presidente da Agência Nacional Ciência Viva, Rosália Vargas, do presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, Jorge Conde, e do vereador da CM Coimbra, Carlos Cidade.
