“As expectativas eram muito más [em relação ao Natal], não apenas pelas restrições sanitárias, mas também económicas, que os clientes estão com menos dinheiro. Mas as pessoas recomeçaram a ir à Baixa de Coimbra”, afirmou a presidente da Agência para a Promoção da Baixa de Coimbra (APBC), Assunção Ataíde. O Natal permitiu ser “um balãozinho de oxigénio” e sentiu-se “alguma adesão dos cidadãos de Coimbra” ao apelo para consumir no comércio local e tradicional, disse à agência Lusa Assunção Ataíde.
“Houve comerciantes que até registaram valores superiores a outros natais”, salientou, referindo, no entanto, que o ano económico de 2020 foi de perda, em média, de 40% da faturação para os comerciantes da Baixa.
A presidente da Associação de Comerciantes e Empresários de Coimbra (AICEC), Zita Alexandre, saudou também o esforço da Câmara Municipal de Coimbra, que avançou com um programa de ‘vouchers’ para famílias que perderam rendimento durante a pandemia, que podem ser aplicados no comércio local.
A autarquia decidiu cancelar a vasta programação natalícia, canalizando essas verbas para o programa de apoio aos munícipes que perderam rendimentos durante a pandemia e ao comércio local.
Recorde-se, ainda, que a iluminação de Natal em Coimbra foi antecipada e reforçada, tendo ficado ligada de 27 de novembro a 6 de janeiro. Este ano foram 420 mil luzes que vão dar mais brilho à cidade durante a época natalícia, tornando-a mais atrativa, convidando a passeios pelos lugares iluminados, que incidem sobretudo nos locais de comércio e restauração, por forma a criar um atrativo extra para apoiar um setor que tem sido dos mais afetados pela pandemia. Recorde-se que a CM Coimbra decidiu cancelar as restantes iniciativas que habitualmente constituem a programação de Natal, desde logo o concerto de inauguração da iluminação, sendo que parte desse investimento é canalizado agora para o programa de apoio aos munícipes afetados pela pandemia da COVID-19 e ao comércio local.
LUSA / CM Coimbra