12 Maio 2021

Coimbra é oficialmente Região Europeia da Gastronomia 2021

Coimbra é oficialmente Região Europeia da Gastronomia 2021

A cerimónia oficial de abertura da Região de Coimbra – Região Europeia de Gastronomia 2021/2022 decorreu ontem, no Convento São Francisco. Uma iniciativa que visa afirmar a sustentabilidade da gastronomia da região a nível económico, social e ambiental e que conta com diversas iniciativas. “A gastronomia é e deve continuar a ser uma aposta estratégica de Portugal, e a nossa região, em particular, tem sabido potenciar os produtos que a diferenciam, atraindo visitantes e congregando experiências no conhecimento do nosso património”, afirmou o presidente da CM Coimbra, Manuel Machado, na cerimónia de abertura do evento, onde realçou ainda a importância desta distinção para a candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura 2027 e formalizou um protocolo com a CIM-RC para a instalação da “Loja da Região” num edifício municipal recentemente requalificado na rua Ferreira Borges, na Baixa de Coimbra.

“Num território como o nosso, rico em diversidade, iniciativa, património histórico e identidades fortes, o título de Região Europeia de Gastronomia representa um estímulo e uma oportunidade para interligar todo o património alimentar da Região, mas também a hospitalidade, o turismo, a cultura e a sustentabilidade, contribuindo para o desenvolvimento económico e para a dinamização social e cultural dos nossos municípios”, considerou Manuel Machado, no seu discurso de ontem, salientando que “a conquista do título ‘Região Europeia da Gastronomia 2021’ apenas é possível graças ao envolvimento de instituições do setor público e do setor privado, da nossa centenária academia e de inúmeras associações, num esforço de aperfeiçoamento conjunto e interligado”.

 

O presidente da CM Coimbra elogiou o esforço comum realizado nesta candidatura, argumentando que “todos os municípios que compõem a CIM da Região de Coimbra têm vindo a promover uma nova abordagem ao desenvolvimento regional destes produtos alimentares, numa dinâmica supramunicipal, assente num planeamento integrado que evidencia a riqueza e o potencial do território, possibilitando a descoberta de novas rotas que promovem a identidade da Região”. Manuel Machado considerou ainda que “estes desafios são um contributo para impulsionar a inovação, para reforçar os sentimentos de pertença e para proporcionar uma maior abertura e contacto entre as comunidades locais, visitantes e turistas” e realçou ainda a importância desta distinção para a candidatura de Coimbra a Capital Europeia da Cultura em 2027.

 

Já a ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, referiu a importância de aproveitar esta oportunidade para se investir numa “maior sustentabilidade” do setor agroalimentar, “que respeite o ciclo produtivo” e promova as “cadeias curtas” da comercialização. Ana Abrunhosa considerou, ainda que esta iniciativa constitui um desafio para “reforçar a identidade e a união” das entidades públicas e privadas, bem como da população, neste território do Centro de Portugal. Coesão, sustentabilidade e trabalho em rede foram os três vetores apontados para estes dois anos de atividades da Região Europeia de Gastronomia. A gastronomia, sublinhou, “faz uma ligação perfeita” com a cultura, a economia e a área social, “tentando sempre que possível a inovação”, no âmbito de uma estratégia “para atrair turistas e investimentos” ao território.

 

A Região de Coimbra recebeu, em outubro de 2018, em Bruxelas, o título de Região Europeia de Gastronomia 2021/2022, título esse que Portugal, através de Coimbra, vai partilhar com a Eslovénia. A candidatura foi promovida pela CIM-RC e conta, entre os fundadores, com os 19 municípios que integram a Comunidade Intermunicipal, a Universidade de Coimbra, Turismo do Centro, Escola de Hotelaria de Coimbra, Instituto Politécnico de Coimbra, Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro e com o apoio do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Estado do Turismo.

 

A Região de Coimbra adotou o lema “A million food stories” e apresenta agora um programa de diversas iniciativas, que incluem, obviamente, a degustação da chanfana, da lampatana, do cabrito, do leitão, da lampreia, dos enchidos, do arroz do Baixo Mondego, do pescado da arte xávega, da sardinha, da doçaria conventual, do mel, do queijo, dos vinhos e da cerveja artesanal, os produtos que fizeram parte da candidatura. O programa conta ainda com um grupo de 14 chefs culinários, a que se junta o chef Luís Lavrador.

 

O programa incluiu, ainda, a assinatura de um protocolo, entre a CM Coimbra e a CIM RC, para a abertura da “Loja da Região” num edifício municipal recentemente requalificado na rua Ferreira Borges, na Baixa de Coimbra.

 

A cerimónia contou com a presença dos presidentes de Câmara dos 19 municípios da CIM-RC e foram ainda intervenientes na sessão o presidente da CIM-RC, José Carlos Alexandrino, o chef embaixador, Luís Lavrador, o secretário-executivo da CIM-RC, Jorge Brito, e a secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, entre outros participantes. O encerramento coube à ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, através de uma mensagem gravada.

 

LUSA / CM Coimbra

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