18 Junho 2021

Investimento municipal permite que Coimbra esteja preparada para combate a fogos florestais

Investimento municipal permite que Coimbra esteja preparada para combate a fogos florestais

O presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, Manuel Machado, e o presidente da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra (CIM-RC), José Carlos Alexandrino, estiveram ontem no Aeródromo Municipal Bissaya Barreto, a convite do Comandante Distrital de Operação de Socorro de Coimbra (CDOS), Carlos Luís Tavares, para conhecerem o dispositivo aéreo de combate a incêndios florestais, composto por um helicóptero e dois aviões anfíbios, que vão operar a partir de Coimbra para toda a região. Estes meios e as equipas estão em estado de prontidão no aeródromo municipal, que tem recebido muitos melhoramentos estratégicos ao longo dos últimos anos, com o exemplo mais recente a ser o novo veículo de resgate e combate a incêndios em aeronaves. Na visita, o CDOS elogiou a aposta e investimentos significativos da CM Coimbra para garantir esta resposta pronta e eficaz para toda a região.

Coimbra acolhe, mais um ano, meios aéreos que integram o dispositivo especial de combate a incêndios rurais, ao serviço da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil. Um helicóptero ligeiro, de intervenção inicial, que tem menos de 10 minutos para descolar assim que é acionado Comando Distrital de Operações de Socorro de Coimbra, que leva a bordo uma brigada da Unidade de Emergência de Proteção e Socorro da GNR e atua, em complemento com os meios terrestres, num raio de 40km. E dois aviões anfíbios, com capacidade para 3500 litros de água cada um, destinados a combater o fogo quando este já se encontra numa fase mais avançada e que servem todo o território nacional.  

 

Estes meios aéreos de combate a incêndios florestais foram apresentados, ontem, por Luís Carlos Tavares. “Quisemos mostrar o investimento que aqui foi feito para o bem-estar dos operacionais e para a resposta no combate a incêndios”, afirmou o comandante, destacando a aposta da Câmara de Coimbra, assim como o papel dos militares da GNR, Bombeiros Voluntários de Coimbra e Brasfemes e Bombeiros Sapadores, bem como de todos os operacionais que não se encontram no terreno. Durante a visita, Luís Carlos Tavares destacou por diversas vezes o investimento que a autarquia tem vindo a realizar nas instalações no aeródromo municipal Bissaya Barreto.

 

O presidente da CM Coimbra, Manuel Machado, fez questão de recordar, ontem, que há quatro anos acontecia a enorme tragédia de Pedrógão Grande e Castanheira de Pêra, e considerou a visita uma “homenagem a todos os que sofreram e ainda sofrem. “Estamos em estado de prontidão”, salientou Manuel Machado, considerando que Coimbra está a postos para intervir, mas assumindo que existirão mais meios se necessário. “Temos a missão praticamente cumprida, estamos em condições de reagir, de responder, de solucionar os problemas, todos estão a congregar energias para isso”, afirmou o presidente da CM Coimbra.

 

José Carlos Alexandrino também falou sobre a tragédia de Pedrógão Grande e considerou que hoje “estamos mais preparados do que há quatro anos. O presidente da CIM-RC deixou uma palavra de confiança aos agentes de proteção civil, destacou o trabalho entre todos os municípios, elogiou o investimento da CM Coimbra e mostrou segurança. “Temos resposta”, disse.

 

A visita serviu, ainda, para a comitiva conhecer melhor as instalações do Aeródromo Municipal Bissaya Barreto, que se encontra certificado até 30 de junho de 2025 pela Autoridade Nacional da Aviação Civil, e os vários investimentos e melhoramentos que a CM Coimbra tem vindo a fazer nesta infraestrutura municipal, para que esta possa acolher, em permanência, os meios aéreos que integram o dispositivo de combate a incêndios florestais

 

O novo veículo de resgate e combate a incêndios em aeronaves que a autarquia adquiriu para reforçar a operacionalidade do aeródromo municipal também foi apresentado aos presentes. O veículo representa um investimento de 50 mil euros e reforça, assim, a capacidade de resposta e segurança operacional no aeródromo municipal no combate a incêndios em aeronaves, permitindo combater incêndios a uma distância de 75 metros. Para isso, estará ainda uma equipa da companhia municipal de bombeiros em permanência no aeródromo para qualquer eventualidade.

 

Recorde-se que a CM Coimbra investe anualmente cerca de 300.000 euros nesta infraestrutura, a que acrescem os investimentos desencadeados nos últimos anos, como as operações de desobstrução e de limpeza das faixas de segurança da pista e a requalificação da vedação, que foi instalada na totalidade da delimitação do perímetro e que era aguardada desde 2003, sendo este um ponto fundamental no que respeita à segurança das operações e que representou um investimento superior a 116.000 euros.

 

No último ano, a autarquia procedeu também à repintura da totalidade do Aeródromo (pista, taxyway e placa de estacionamento), num investimento superior a 32.000 euros; adquiriu equipamentos eletrónicos, dotando assim o aeródromo de material de ponta, em conformidade com os requisitos regulamentares da União Europeia, nomeadamente os estabelecido no programa do “Céu Único Europeu”, num investimento superior a 33.000 euros; e contratou um serviço para determinação do ACN/PCN (Aircraft Classification Number – número de classificação da aeronave e Pavement Classification Number – número de classificação do pavimento), destinado a proporcionar uma forma de reporte da capacidade de carga dos pavimentos, para que os operadores possam aferir da possibilidade de operação das aeronaves, bem como do regime de operação em sobrecarga, num investimento superior a 6000 euros. Este investimento permite que esta infraestrutura aeroportuária fique habilitada regularmente a receber aeronaves com massa superior a 5700 kg, colocando-o em igualdade com a maioria dos aeródromos nacionais da rede secundária.

 

Outros investimentos já tinham sido desencadeados para fazer face à destruição causada pela passagem da tempestade Leslie e pelo desinvestimento a que o aeródromo foi sujeito durante a primeira década deste século. Nomeadamente, a aquisição de uma manga de vento, que chegou de Inglaterra, com as caraterísticas específicas exigidas pela Organização da Aviação Civil Internacional (ICAO) e que representou um investimento de cerca de 8000 euros. O próximo passo será a elaboração de um projeto para a requalificação do edifício e torre de controlo.

 

O Aeródromo Municipal Bissaya Barreto tem também atraído investimento privado. Em breve vai acolher um centro de paraquedismo da empresa Skydive Portugal, a título experimental. Uma empresa que atualmente opera em Évora e que pretende expandir a sua atividade para o centro/norte do país e elegeu a cidade de Coimbra e o seu aeródromo municipal para realizar essa expansão. Recentemente, a autarquia aprovou também a utilização da pista do Aeródromo pela empresa OREYEON, Lda., uma jovem startup de Coimbra, para testar uma solução tecnológica inovadora, na área da segurança aeronáutica, que realiza a inspeção e manutenção preventiva de pistas de aeroportos. A Câmara apoia este projeto que alavanca o desenvolvimento económico de Coimbra, incentivando a inovação, captação e dinamização de investimentos, promovendo assim atividades de base tecnológica e criativa. A empresa vai ainda disponibilizar o produto para utilização no Aeródromo Municipal durante um ano, assim que este seja comercializado.

 

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