“O Governo tem de ir mais longe. Por isso mesmo, propomos a criação, o mais rapidamente possível, de um chamado ‘gasóleo público’, para os transportes públicos, e de um ‘gasóleo social’, para fazer face ao enorme aumento dos custos com combustíveis dos transportes públicos, das IPSS [instituições particulares de solidariedade social] e dos bombeiros”, afirmou o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, durante o período antes da ordem do dia da reunião do executivo de ontem.
De acordo com José Manuel Silva, o aumento dos custos da energia, “numa primeira análise”, será de seis milhões de euros para a Câmara de Coimbra e para os SMTUC. O autarca salientou que para se melhorar e ampliar os SMTUC “a redução dos preços dos combustíveis é absolutamente vital”. Para José Manuel Silva, face ao aumento do custo dos combustíveis e perante uma crise climática, “este é também o momento” de se instar “as pessoas para se deslocarem mais de transportes públicos, com um duplo efeito benéfico”.
Também a vereadora com o pelouro dos transportes, Ana Bastos, realçou os “problemas orçamentais sérios” dos SMTUC face à sua dependência de combustíveis fósseis e considerou que o aumento de custos já ultrapassará os dois milhões de euros nos transportes urbanos, mas que poderão “facilmente atingir os seis milhões se esta escalada de preços se mantiver”. A vereadora e também presidente do Conselho de Administração dos SMTUC realçou que o problema é ainda mais grave quando os níveis de procura dos transportes públicos são “cerca de metade dos registados em 2019”.
LUSA /CM Coimbra