Nos próximos dias 14, 15, 17, 18, 19 e 22 de junho, Coimbra vai acolher um conjunto diversificado de propostas e iniciativas, como exposições, debates, visitas guiadas, concertos e eventos de rua. A cidade vai celebrar o nono aniversário da inscrição da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia como Património Mundial da UNESCO, com a Associação RUAS – que integra a Câmara Municipal (CM) de Coimbra, a Universidade de Coimbra (UC) e a Direção Regional de Cultura do Centro (DRCC) – a promover uma edição subordinada ao tema “Olhares com rosto”, depois de duas edições em versão digital (2020 e 2021).
“É importante trazer de volta os rostos”, afirmou Alfredo Dias, vice-reitor da UC para o Património, Edificado e Infraestruturas na conferência de imprensa de ontem. O também presidente da Associação RUAS (Recriar a Universidade, Alta e Sofia) acrescentou que “é este movimento de regresso à normalidade que queremos também marcar no Sons da Cidade”. Este ano vai, então, ser possível retomar a “fruição de múltiplos sentidos” dos diferentes “espaços, geografias e pessoas” que constituem a identidade urbana de Coimbra, acrescentou, por sua vez, o vice-reitor da UC para a Cultura e Ciência Aberta, Delfim Leão.
O calendário do evento contempla “muitas viagens pensadas para espaços que estão a ser intervencionados” em vários pontos da cidade, disse Delfim Leão. É o caso, no dia 18 de junho, às 19h30, de uma visita aberta ao edifício ponte do Sistema de Mobilidade do Mondego, na Baixa de Coimbra, com um concerto ao ar livre pela Orquestra Clássica do Centro (OCC). “É lançado o desafio para um novo olhar sobre um espaço central da cidade, contribuindo para a partilha junto da comunidade do processo de requalificação em curso”, anunciam os promotores.
Também no dia 22, por exemplo, a OCC apresenta novo concerto, junto ao Palácio da Justiça, na rua da Sofia, com a nona sinfonia de Ludwig van Beethoven. Nesta obra, segundo a Associação RUAS, “encontra-se muito do que guiou o compositor: a fraternidade, o otimismo humanista e progressivo do iluminismo e a exaltação romântica dos sentimentos heroicos”.
Esta iniciativa serve, também, para pensar a rua da Sofia e a cidade. “E se a Sofia não tivesse trânsito? E se nós pudéssemos utilizar a rua da Sofia mais frequentemente para este tipo de atividades?”, interrogou Delfim Leão. O vice-presidente da CM Coimbra, Francisco Veiga não deu uma resposta concreta sobre o futuro da rua da Sofia, mas garantiu não ter dúvidas quanto ao futuro da cidade. “Coimbra tem de ser cada vez mais um destino que atraia pessoas pela cultura e pelo património”, defendeu Francisco Veiga.
Este Sons da Cidade é também uma introdução à edição do ano que vem, em que se celebram os 10 anos da entrada da Universidade de Coimbra, Alta e Sofia para o património classificado da UNESCO.
LUSA/UC/CM Coimbra
Fotografias: UC | Paulo Amaral