11 Janeiro 2023

“Café Curto” com 25 pequenos concertos e aposta em residências artísticas no Convento São Francisco

“Café Curto” com 25 pequenos concertos e aposta em residências artísticas no Convento São Francisco

O ciclo “Café Curto”, que começou em 2020, em plena pandemia, mantém-se em 2023, com 25 pequenos concertos no Convento São Francisco (CSF) e um reforço da aposta em residências artísticas. A informação foi divulgada ontem numa conferência de imprensa que decorreu no Café Concerto do CSF e que contou com a participação de Paulo Pires, diretor de departamento da Cultura da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, João Silva e Ricardo Jerónimo, da Blue House, e Mauro Ribeiro, do Curso de Jazz da Escola Artística do Conservatório de Música de Coimbra (EACMC), e José Miguel Pereira, do Jazz ao Centro Clube (JACC).

São 25 “’showcases’ de músicos emergentes que estão previstos para o primeiro semestre do ano no Café Concerto do CSF, às 19h00 de terças-feiras, e uma “micro-residência artística” por mês, que vai juntar um artista ou projeto de Coimbra com um nome de outro ponto do país, apresentando em palco, durante o ciclo, o resultado desse encontro, anunciou ontem a Blue House, em conferência de imprensa. O ciclo, que conta com a curadoria da Blue House, produtora de Coimbra, vai contar, neste semestre, com uma parceria com a EACMC e o JACC, entidades responsáveis pela escolha de algumas das sessões.

 

Estão ainda previstas, entre outras, residências artísticas entre o pianista Luís Figueiredo e a artista neozelandesa a residir em Portugal Maree Lawn ou do saxofonista conimbricense João Mortágua com o projeto de música eletrónica St James Park (do produtor Tiago Sampaio). As residências terão como resultado um concerto, intitulado “Café Duplo”, que acontecerá na última terça-feira de cada mês, em que os dois artistas surgem de forma separada, mas acabam por mostrar ao vivo o cruzamento espoletado pela residência.

 

“Queremos que o ciclo seja um espaço de diversidade, a começar pela diversidade artística e musical”, considerou Ricardo Jerónimo, da Blue House, realçando que tanto se pode encontrar no ciclo um cantautor como um projeto da eletrónica ou uma banda de pop e que o ciclo não vai ficar preso a artistas de Coimbra, adiantando que está previsto trazerem músicos de vários outros pontos do país e também de outros países, como Espanha, México ou Angola. Um evento que o diretor artístico do CSF (e também diretor do Departamento de Cultura da CM Coimbra) elogiou, salientando a importância de marcar a “proximidade e informalidade” nas artes e na Cultura.

 

“Este é um projeto, sem dúvida, fundamental. Vocês já deveriam ter existido há muito mais tempo e espero que continuem por muitos anos. Para quem está a começar, faz muita diferença”, salientou Mauro Ribeiro, da EACMC. Uma ideia partilhada por José Miguel Pereira, do JAAC, que destacou o “papel importantíssimo” que o ciclo tem tido na dinâmica da cena musical do concelho.

 

A Blue House anunciou ainda, para além do ciclo de concertos e das residências, a reabertura da convocatória do MIC – Música Independente de Coimbra, um projeto começado em 2022, que dá uma primeira oportunidade de gravação em estúdio e de produção de videoclipe para artistas emergentes. O projeto já apoiou oito artistas e, a partir de hoje, dia 11 de janeiro, estarão abertas as inscrições para esta nova edição do MIC, que irá apoiar agora quatro projetos. As inscrições, referiu João Silva, da Blue House, estarão abertas até 25 de abril.

 

CM de Coimbra/ LUSA

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