13 Janeiro 2023

Parque de Material e Oficinas do Metrobus deve começar a ser construído em fevereiro próximo

Parque de Material e Oficinas do Metrobus deve começar a ser construído em fevereiro próximo

O projeto do Parque de Material e Oficinas (PMO) do Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) foi ontem, 12 de janeiro, apresentado, publicamente, pelo presidente da Metro Mondego (MM), João Marrana, na Junta de Freguesia de Ceira. João Marrana afirmou, no final da apresentação, que esta obra é fundamental para se avançarem com as operações no troço suburbano do Metrobus, que continuam a estar previstas para o primeiro trimestre de 2024. De acordo com o dirigente, a intervenção deve ser consignada já em fevereiro O. A iniciativa contou, também, com a presença do presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, José Manuel Silva, da vereadora da Mobilidade e Transportes, Ana Bastos, e do presidente da Junta de Freguesia de Ceira, Fernando Santos.

A previsão de arranque das operações no troço suburbano (entre Lousã e Coimbra) mantém-se para o primeiro trimestre 2024 e no troço urbano (cidade de Coimbra) para o final de 2024, avançou, ontem, 12 de janeiro, João Marrana. “Estou confiante de que, nessa data [primeiro trimestre de 2024], vamos pôr o sistema a funcionar. Pode haver alguma surpresa? Pode”, disse João Marrana, acrescentando que há duas empreitadas num “caminho crítico”, entre elas o PMO e o fornecimento dos sistemas técnicos que darão suporte ao SMM. Duas empreitadas, notou, “necessárias para o sistema poder operar”.

 

“Se houver derrapagem de qualquer uma delas não será possível pôr o sistema em operação no início de 2024, porque, na zona suburbana, não é possível operar sem existirem sistemas técnicos a funcionar plenamente”, que são obrigatórios, por razões de segurança, por nesse troço o SMM operar em via única, admitiu o presidente do SMM.

 

A apresentação do PMO decorreu na Junta de Freguesia de Ceira, tendo sido apresentado o investimento de cerca de 10 milhões de euros que será feito em Sobral de Ceira. Trata-se de uma infraestrutura com cerca de dois hectares, onde ficará instalado o Posto de Comando Central do sistema, que irá ter 110 trabalhadores, entre motoristas, reguladores, pessoal de manutenção, segurança e inspeção. João Marrana disse acreditar que esta obra será consignada em fevereiro. Recorde-se que a 1ª fase desta empreitada foi adjudicada ao agrupamento de empresas constituído pela Ramalho Rosa Cobetar, Sociedade de Construções, S.A. e Contratas y Ventas, S.A.U. (Convensa), pelo valor de 6,7 M€ + IVA.

 

Durante a apresentação, vários moradores da zona abordaram a questão das expropriações assim como de terrenos “parados” por causa do SMM. João Marrana explicou que os terrenos “reservados” para o PMO, que não foram expropriados, estão dependentes de uma possibilidade de expansão do parque, seja para a construção da sede da MM, seja para um aumento da sua capacidade (só poderá acolher 40 autocarros, nas atuais dimensões).

 

Já a vereadora da CM de Coimbra com o pelouro da Mobilidade e dos Transportes, Ana Bastos, defendeu que, havendo já uma expansão do sistema a Condeixa-a-Nova prevista no Plano Ferroviário Nacional (PFN), deveria avançar-se “para a expropriação definitiva dos terrenos” para acabar com o impasse provocado aos habitantes daquela zona.

 

O SMM terá 42 quilómetros (12 em troço urbano e 30 em suburbano), 42 estações e um investimento global de cerca de 150 milhões de euros. Um sistema que será servido por autocarros elétricos, que vão circular num canal de via dedicada, com duas exceções na cidade de Coimbra (junto aos Hospitais da Universidade e à Câmara Municipal).

 

Com uma previsão de 13 milhões de passageiros por ano, o sistema terá uma frequência de cinco em cinco minutos em hora de ponta na zona urbana de Coimbra.

 

A MM prevê que a população de Coimbra que vai passar a usar transporte público duplique, de 17% para 34%, num espaço de três anos depois de o SMM arrancar.

 

CM de Coimbra/Metro Mondego/ LUSA

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