Na carta, lida durante a reunião, o presidente da CM de Coimbra propõe que seja prestado um apoio ou, “quanto mais não seja, a devolução da totalidade dos impostos pagos a mais pelas autarquias e seus serviços municipalizados”. O autarca realçou que “o Governo tem os cofres cheios, com uma cobrança de impostos que excedeu o previsto em mais de 11 mil milhões de euros”.
“Venho solicitar a vossa excelência que exija um apoio suplementar por parte do Governo aos municípios portugueses”, defendeu José Manuel Silva, apontando para o aumento de 1% dos salários da administração local (representa um esforço adicional de 753 mil euros para Coimbra), para o impacto da inflação e para os “efeitos financeiros negativos da descentralização”.
Para José Manuel Silva, “o que se passa atualmente em Portugal, em termos financeiros, é um inaceitável ataque ao poder local, impondo-lhe uma asfixia financeira progressiva e uma limitação à sua capacidade de ação”. “A ANMP, para verdadeiramente defender as autarquias, tem de intervir de forma eficaz, rápida e assertiva”, vincou.
LUSA/CM Coimbra