Intervenção na íntegra:
Quando, no ano passado, depois de negociações competitivas, conseguimos trazer para Coimbra os concertos dos Coldplay, atualmente a maior banda do mundo, colocámos Coimbra no centro de todas as atenções e Coimbra foi aplaudida e invejada por todos. Foi um enorme êxito para Coimbra! Pelos vistos, algumas mentalidades menores ficaram incomodadas com este espetacular conseguimento para Coimbra.
Ora, nas últimas eleições autárquicas, o nosso maior compromisso programático foi, e é nisso que trabalhamos diariamente, o de imprimir a Coimbra uma estratégia arrojada e ambiciosa e uma nova dinâmica de desenvolvimento e de crescimento sustentável, para acabar com o declínio da cidade e iniciar uma trajetória ascendente em movimento uniformemente acelerado.
Esta multifacetada estratégia inclui, naturalmente, a organização regular de grandes eventos que atraiam milhares de visitantes a Coimbra e afirmem Coimbra como uma cidade cool e musical a nível nacional e internacional.
Por isso, estranhamos todas as polémicas políticas que recentemente se desenvolveram, embora já nada nos surpreenda na forma negativa, demagógica e populista de alguns fazerem política partidária cega, contra os interesses de Coimbra, impacientes para voltarem a exercer aquilo a que chamam de ‘poder’. As polémicas artificiais levantadas por quem quer deliberadamente prejudicar Coimbra não têm qualquer fundamento, como irei demonstrar. O que estes fracos políticos evidenciam, pela sua mentalidade paroquiana, é que, afinal, não estavam, nem estão, preparados para governar Coimbra.
Na área do espetáculo, os quatro concertos dos Coldplay representam o evento mais impactante e rentável de sempre que se vai realizar no nosso concelho nas últimas décadas, dando mais sentido à construção do estádio para o euro 2004, que a Câmara continua a pagar e que é importante rentabilizar minimamente para que possa contribuir para criar mais riqueza para o concelho e para a região. É esta questão que aqui vou analisar pedagogicamente.
Para quem não saiba, a enorme repercussão económica de um grande evento deste tipo tem a ver com a movimentação de dinheiro gerada na cidade com a compra de bens e a contratação de serviços locais, relacionados com o montagem dos concertos, com a ocupação da hotelaria, com o consumo na restauração, com maiores vendas no comércio, com a vinda de milhares de visitantes e o aumento do turismo, com o imenso impacto mediático, que é bem visível, e com um forte reforço da marca Coimbra como fator de atração de investimentos, de eventos e de pessoas.
Um estudo da Oxford Economics revelou que a indústria de concertos e de espetáculos ao vivo é um motor económico significativo nos Estados Unidos e que, em 2019, o impacto económico total do setor, em todo o país, foi de 133 milhares de milhões de dólares e que é responsável por quase um milhão de empregos, com rendimentos de trabalho de aproximadamente 42 milhares de milhões de dólares.
O termo “Cidades da Música”, um conceito iniciado em Nashville, atualmente é sinónimo não apenas dos entusiastas da música, mas também das economias vibrantes que elas promovem, verdadeiras ferramentas para alavancar economias e para estimular o desenvolvimento local. Há uma crescente consciência de que as Cidades da Música oferecem benefícios económicos e de emprego significativos, além dos benefícios culturais e sociais há muito reconhecidos. Quando os turistas viajam para experienciar música ao vivo, seja um concerto ou um festival de música, eles gastam significativamente mais em hotéis, restaurantes, refeições, bares, outras atrações, recordações e comércio locais.
Os impactos do cluster da música em Nashville foram publicados no relatório ‘Nashville Music Industry’, de 2013, concluindo que a indústria da música ajuda a criar e manter mais de 56.000 empregos na área de Nashville, suporta mais de 3,2 biliões de dólares de rendimento anual do trabalho e contribui com 5,5 biliões para a economia local.
Sob todos os aspetos, será extraordinário para Coimbra entrar na aldeia global e nas rotas dos grandes concertos e dos grandes festivais de expressão nacional e internacional, um palco importante também para artistas novos e futuros. Neste projeto global, e no médio prazo, queremos candidatar Coimbra a cidade criativa da música. A música desempenha um papel poderoso na construção da marca de uma cidade. Coletivamente, o ecossistema da música gera fortes benefícios sociais, culturais e económicos.
Quais são os potenciais benefícios diretos dos concertos dos Coldplay para Coimbra e para a região? Imensos. Só alguém insensato os rejeitaria. Façamos algumas analogias.
De acordo com o “Estudo de Públicos, Satisfação e Impacto Económico do NOS Primavera Sound 2022″, o Primavera Sound Porto, que contou com 35000 pessoas, gerou um impacto económico para a cidade do Porto superior a 36 milhões de euros, sobretudo em sectores como o alojamento, a restauração, os transportes, a cultura e lazer e as compras no comércio local, com um gasto médio por visitante de 501,83 euros”.
Nos concertos dos Coldplay são vendidos cerca de 55000 bilhetes por concerto, num total de 220000 espetadores. Se metade destes espetadores gastar metade deste valor, teremos um retorno direto de 27 milhões para Coimbra. Será obviamente superior.
Ainda segundo a Oxford Economics, um visitante de fora da cidade que gaste 100 dólares num bilhete para um concerto realiza um gasto adicional médio de 334 dólares. Se metade dos espetadores dos Coldplay gastarem numa proporção semelhante, teremos um retorno de 33 milhões de euros para Coimbra. Será certamente superior.
Parece excessivo? Se recordarmos que o presidente da delegação de Coimbra da AHRESP disse à Antena 1 que, no âmbito da hotelaria, um dos setores mais castigados pela pandemia COVID-19, o valor médio dos quartos de hotel na cidade, nesses dias, é de 300 euros por noite e que há apartamentos e alojamentos locais ao dobro e ao triplo, percebemos que esta dimensão de gastos é perfeitamente plausível. Uma excelente oportunidade para a hotelaria de Coimbra e da região.
Um estudo elaborado pelo Centro de Investigação, Desenvolvimento e Inovação em Turismo, um Polo da Universidade do Algarve (o CiTUR Algarve), estimou que o Município de Coimbra terá gerado entre 7.102.265 euros a 7.541.580 euros de valor de retorno económico direto (despesas de adeptos e equipas) devido à sua participação na organização do Rally de Portugal 2022. Recorde-se que assistiram à superespecial cerca de 22000 pessoas. Aos concertos dos Coldplays assistirão 10 vezes mais espetadores. Fazendo uma relação direta, teríamos 70 a 75 milhões de retorno com os concertos… deverá ser esta a ordem de valores do retorno para Coimbra.
Estas várias fontes de informação, aqui sinteticamente resumidas, e fazendo as contas por baixo, demonstram sem qualquer dúvida como vai ser brutal o retorno económico para Coimbra e a sua região devido à realização dos concertos dos Coldplay.
E nem sequer estamos a avaliar o imenso retorno intangível para a marca Coimbra, igualmente fundamental para atrair mais investimentos, criar empregos, fomentar a dinâmica social, cultural, económica e turística e continuar a projetar Coimbra no mundo.
Alguém aqui consegue pôr em causa ou quer rejeitar os extraordinários benefícios para Coimbra que decorrem da realização na cidade de quatro concertos da maior banda do mundo na atualidade, como prova a meteórica venda dos bilhetes? Quem, de boa-fé, pode estar contra este proveito impressionante para Coimbra e a sua região?
Algumas mentalidades mais reduzidas preocupam-se com os lucros da empresa promotora, esquecendo-se dos custos astronómicos da organização de concertos desta dimensão. Analisemos esta questão.
A Billboard publicou os resultados dos estudos que efetuou sobre esta temática, procurando responder à pergunta: “Para quem vai o dinheiro dos bilhetes vendidos?”.
Segundo a Billboard, os lucros são tradicionalmente divididos em 85% para artistas e 15% para os promotores, mas “os artistas aumentaram o preço dos ingressos para os concertos e agora recebem uma percentagem maior do lucro”. Com os Coldplay, a percentagem do lucro para os artistas será de 95%. O preço base dos ingressos vai para pagar as despesas crescentes de fazer um concerto – coisas como pessoal, materiais, impostos, combustíveis, energia e transportes – que estão todos enfrentando as mesmas pressões inflacionárias e escassez que o resto da economia. Organizar um concerto desta dimensão custa milhões! Por exemplo, a edição de 2023 do Primavera Sound irá contar com um orçamento de 13 milhões de euros!
Recordemos que quem vai fazer a recuperação do estádio é a empresa promotora do evento, onde certamente gastará mais do que aquilo que, na negociação inicial, foi acordado receber da Câmara como parte do acordo de negócio. Esta reabilitação do estádio também é boa para Coimbra.
Por conseguinte, os promotores não têm lucros milionários. Mas também é preciso interiorizarmos que sem lucros não há empresas nem empregos. Ou é necessário recordar porque é que a União Soviética, pobre e falida, ruiu como um frágil castelo de cartas?
Há quem agora tenha o desplante de dizer que, sim, que é a favor dos Coldplay em Coimbra, claro, mas que não pagaria nada para que isso acontecesse. Mas como trariam os Coldplay para Coimbra se não negociassem? Deviam explicar! Afirmam que fariam de modo diferente, como se o modo diferente garantisse o mesmo resultado… normalmente, assim não acontece. Infelizmente, é só demagogia barata, populista e inconsequente.
Porém, se os Coldplay fossem para outra cidade, não faltaria quem nos criticasse por falharmos em trazer concertos desta dimensão para Coimbra! No passado, Coimbra perdeu demasiadas oportunidades. Connosco, não queremos que perca mais, dentro dos limites orçamentais do nosso concelho. Mas Coimbra é assim, tem um conjunto de pessoas que apenas sabem dizer mal de tudo e de todos mas que nunca fizeram nada pelo concelho.
Curiosamente, alguns dos que dizem mal são os mesmos que, em 2022, apoiaram unanimemente o suporte de 630000 euros, em dinheiro, à superespecial e à partida do rally de Portugal, sem contabilizar os outros apoios e a isenção de taxas, para um retorno tangível de 7,5 milhões de euros. E que foi bom para Coimbra, naturalmente!
Estranhamente, os que agora dizem mal, são os mesmos que criticaram a não realização, este ano, da superespecial, na qual, com muito menos retorno financeiro, iríamos gastar uma verba semelhante. Tê-la-íamos feito, também, naturalmente, se o orçamento o permitisse. Mas porque é que o orçamento não permite esta iniciativa e muitas outras? Porque o Governo cobrou 11 mil milhões de impostos a mais, às famílias, às empresas e às autarquias e, mesmo assim, atrasa os pagamentos da descentralização da Educação! Se o Governo devolvesse às autarquias o que lhes cobrou a mais, para encher avidamente os seus cofres, com a maior carga fiscal de sempre em Portugal, teríamos verbas para muito mais atividades e apoios concelhios. Mas, sobre isto, a oposição não tem uma palavrinha.
Afinal, onde está a coerência de posições destes críticos? Não existe a mínima coerência, como é bem evidente, é o pior da política e de alguns políticos sofríveis que estagnaram Coimbra nos últimos mandatos e que deixaram uma frota podre nos SMTUC, sem sequer terem a capacidade de construir um simples plano de recuperação da frota.
Sim, negociámos contrapartidas pelos concertos dos Coldplay que, no total, são exatamente da mesma dimensão das que foram aprovadas unanimemente para o rally e cujo orçamento vem do turismo e da taxa turística e não da cultura, mas que permitirá um retorno tangível até 10 vezes superior ao do rally. Como conseguem alguns dizer que são contra a negociação, mas que são a favor dos concertos? Patético. Pior, muito pior, não obstante toda a informação estar em cima da mesa, alguns e algumas nem sequer tiveram a honestidade e a coragem de votar contra, ausentando-se vergonhosamente de assumir as suas responsabilidades numa votação democrática.
Na área do espetáculo, este é o melhor negócio de sempre para Coimbra, com um retorno económico que pode ir até aos 75 milhões de euros, como pode haver quem o critique ou que diga que não entende o benefício? Ou será por isso que o criticam, por ser um evento de uma dimensão que, em 8 anos de governação, não foram capazes de realizar?
Que grandes concertos tivemos em Coimbra em 8 anos socialistas e comunistas? Apenas o Andrea Bocelli, em plena época de pandemia COVID-19, que juntou 26000 pessoas em dois concertos, metade de um único concerto dos Coldplay.
Por outro lado, traduz alguma anormalidade este tipo de negociações para tornar possível a realização de grandes eventos? NÃO!
Para termos em Coimbra os dois concertos dos U2, em 2010, a empresa municipal de Turismo de Coimbra pagou 200 mil euros para a realização dos dois concertos dos U2 e para um concerto da Madona, em 2012, pagou 140 mil euros. A Câmara do Porto apoia com 650 mil euros o festival Primavera Sound de 2023. A Câmara de Lisboa apoia o Festival Kalorama com 2 milhões de euros. O município de Oeiras atribuiu um apoio de 350000 euros para a realização do festival Oeiras Alive. O Município de Gaia atribui ao “Festival Marés Vivas” um apoio de 200000 euros. Etc. Por esta razão têm festivais e concertos desta dimensão. Coimbra quer ou não quer tê-los, ou prefere deixá-los para outras cidades?
Mas nada difere também dos milhões de apoios a múltiplas associações e eventos de vária natureza. São muitos os milhões que a Câmara, e bem, tem disponibilizado em apoios. Por exemplo, no ano transato o apoio dado à Bienal Anozero representou metade do apoio dado agora aos concertos dos Coldplay, sem quaisquer polémicas.
Os restantes apoios, como a isenção de taxas, verificam-se em todos os concertos e festivais e inúmeras outras iniciativas realizadas neste concelho, é absolutamente normal com todos os executivos camarários, incluindo os socialistas.
Nós queremos colocar Coimbra no mapa dos grandes eventos internacionais e dos grandes festivais e concertos, com retorno artístico e económico para Coimbra e a sua região, estamos a fazê-lo e vamos continuar a desenvolver esta estratégia. Porque é importante para consolidar uma nova dinâmica de aceleração para o concelho de Coimbra. Volto a repetir, em 2021 a Câmara de Coimbra deixou de ser governada por mentalidades pequenas e redutoras, que tanto abafaram Coimbra e fizeram decair o nosso amado concelho no ranking demográfico e económico.
Alguns acusam-nos de entregarmos a renda da utilização do estádio para os concertos à AAC-OAF. A esses é necessário recordar que a gestão do estádio e das respetivas receitas foi entregue à AAC-OAF há 19 anos, tendo o protocolo entre a Câmara e a AAC-OAF sido renovado exatamente nos mesmos termos há 4 anos atrás. Não temos quaisquer responsabilidades nesta matéria, mas o anterior executivo PS-PCP tem as responsabilidades mais recentes.
Lamentavelmente, sem se interessarem pelo impacto positivo extremamente lucrativo para Coimbra dos concertos dos Coldplay, alguns, num assomo de escura demagogia, vêm agora dizer que estes 440000 euros podiam ser aplicados num número infindável de outros destinos. Mais parece que quase resolvíamos todos os problemas do concelho com 440 mil euros! É caso para perguntar, se com 440 mil euros resolviam tantos problemas, então porque não os resolveram no passado? Por exemplo, porque deixaram uma escola como a do Espírito Santo das Touregas a meter água, que fomos nós a reabilitar numa situação de verdadeira emergência, para satisfação dos pais e alegria das crianças? Infelizmente, alguns políticos sofrem de uma enorme desonestidade intelectual! Por isso Coimbra estava como estava…
Mas os erros cometidos pela anterior gestão socialista e comunista foram mais graves, como a de colocar uma pista de tartan no estádio municipal, dificultando e encarecendo a realização de grandes eventos. Dos estádios do euro, só em Coimbra e Leiria foi incluída uma pista de atletismo. Foi uma confrangedora estultícia, que revela também a incapacidade em dialogar com a Universidade, pois a pista de tartan podia e devia ter sido colocada no estádio universitário. Um erro pesado, que teremos de corrigir no futuro, com uma despesa adicional desnecessária.
Mas já que algumas pessoas, claramente sem a mínima formação em economia e gestão, gostam de falar no alegado desperdício de investir algumas centenas de milhar de euros para Coimbra ter um retorno de muitas dezenas de milhões, vamos então falar de verdadeiros, graves e numerosos desperdícios, que demonstram a incapacidade do anterior executivo camarário para gerir os dinheiros públicos:
– A obra pré-eleitoral feita pela Câmara, um enorme desperdício no chamado beco central, vai ser parcialmente destruída para fazer a via do MetroBus. Podiam os socialistas ter resolvido problemas em algumas freguesias com o dinheiro que aqui foi desperdiçado.
– Também o túnel do Choupal, em conjunto com a rotunda compacta que o liga à Avenida marginal, será transformado numa grande praça de nível, enterrando o túnel e os 518 mil euros gastos pela governação socialista na sua pseudo requalificação, que nada resolveu e não trouxe um único espectador a Coimbra.
– A tudo isto haverá a juntar as obras de requalificação da Rua João Machado e Manuel Rodrigues, no valor de 1,1 milhão de euros, para substituir o tamanho da pedra em passeios e o pavimento betuminoso da faixa de rodagem, por lajetas de granito, elevando o preço de reabilitação de 30 para 120€/m2 e os custos de reabilitação para níveis não quantificados. Bem sabemos o que hoje estamos a sofrer, com uma obra que só terá fim com a substituição parcial ou integral das lajetas por calçada, e o imenso esbanjamento de dinheiro a que os procedimentos corretivos estão a conduzir. Tantos benefícios que se podiam ter realizado nas freguesias.
– Também a pista de BMX, localizada nos campos do Bolão, e que ocupa o circuito previsto, em Estudo prévio aprovado, para a alta velocidade, será, a prazo, mais uma infraestrutura a demolir.
– Já para não falar na mal pensada Rotunda da Cindazunda, onde há acidentes quase todos os dias e que terá de ser modificada, com mais custos adicionais seja para a câmara municipal seja para os comerciantes e residentes locais, já tão fustigados pelas obras arrastadas no tempo. Um enorme desbaratamento de dinheiro público!
– Também as obras de requalificação do Caminho Pedonal Cruz de Celas – Baixa, com intervenções na Rua Augusto Rocha e a Rua Lourenço de Almeida Azevedo, e cujo projeto do Metrobus prevê a subida de cota e, por inerência, a requalificação dos passeios. Também no âmbito da empreitada de Conservação Corrente da Rede Viária, no valor superior a 5M€, está prevista a repavimentação de várias ruas a serem intervencionadas no âmbito do projeto do Metrobus. E o esbanjar de dinheiro não foi maior porque a empresa adjudicatária da obra de requalificação do Largo de Cruz de Celas, integrada na empreitada caminho Pedonal Cruz de Celas – Baixa, Arregaça e Lóios, no valor de 930.484,17 €, entrou em insolvência, permitindo à Câmara Municipal de Coimbra, depois de alertada por nós, retirar essa intervenção da empreitada.
– Também a Ecovia, por absurda insistência nos erros do passado, deu o seu contributo para aumentar o deficit dos SMTUC e da Câmara, ao ser lançada à pressa e sem qualquer planeamento, com centenas de viagens diárias em vazio. É pena que esta desviante proatividade não tenha sido melhor usada para apressar as obras das freguesias. Agora somos nós a corrigir progressivamente este disparate.
São muito mais de 3 milhões de euros que o executivo socialista e comunista deitou para o lixo, que podiam ter sido investidos nas freguesias e nos SMTUC. Para além do brutal prejuízo, para a Câmara e para os comerciantes afetados, o único retorno foi causarem à cidade e às pessoas um enorme e arrastado transtorno.
Com que espécie de cara vêm agora criticar o extraordinário investimento na captação para Coimbra dos concertos dos Coldplay, a maior banda do mundo?!
Já todos percebemos que, caso continuasse o executivo socialista e comunista, que preferia estragar dinheiro em granito, os Coldplay não teriam vindo para Coimbra e que, mais uma vez, seria outra cidade do país a beneficiar da realização destes concertos. Felizmente, esses maus tempos de governação da cidade foram derrotados pelo povo em 2021.
Termino esta reflexão sobre os concertos dos Coldplay reiterando a nossa alegria e a satisfação da cidade por termos sabido ser competitivos e por acolhermos quatro concertos dos Coldplay em Coimbra. É extraordinário para Coimbra. Outros êxitos se seguirão. Coimbra está na moda.
Apesar das dificuldades financeiras que decorrem da inflação e imunes a todas as polémicas estéreis, continuaremos a imprimir uma imparável dinâmica de permanente aceleração e desenvolvimento sustentável, económico, social e cultural à nossa bela Coimbra.
Finalmente, porque a campanha de alguma oposição de que o executivo não faz nada tem de ser combatida com informação real e factual, passarei a resumir as 38 páginas com informação que enviámos a esta distinta assembleia municipal com as atividades desenvolvidas, sem as citar todas, desde a última assembleia, ou seja, desde 15 de Fevereiro.