5 Junho 2023

CM de Coimbra sugeriu a demissão da gerência da escola profissional ITAP

CM de Coimbra sugeriu a demissão da gerência da escola profissional ITAP

O presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra sugeriu à gerência do Instituto Técnico Artístico e Profissional (ITAP), detida pelo Município, que entregasse a sua demissão, após um ano de 238 mil euros de prejuízo, e perda de 54% dos alunos. José Manuel Silva afirmou na reunião de Câmara de hoje, 5 de junho, que, após a ausência de qualquer proposta por parte da atual presidência do ITAP para a revitalização daquela escola profissional, sugeriu que apresentasse a sua demissão, o que ainda não aconteceu.

O presidente da CM de Coimbra criticou a atual situação do ITAP, presidida pelo advogado Antero Braga (nomeado pelo anterior executivo), durante a reunião do executivo, para a qual estava agendada a discussão e votação das contas daquela escola profissional.

 

Ainda no período antes da ordem do dia, a vereadora com a pasta da Educação, Ana Cortez Vaz, realçou que a Prodeso, empresa municipal que é proprietária do ITAP, teve um resultado negativo de 238 mil euros em 2022. Ana Cortez Vaz recordou que o ITAP perdeu 54% dos alunos nos últimos cinco anos, motivado pela diminuição de 5% da população escolar no concelho, a oferta de ensino profissional na grande maioria das escolas públicas e privadas de Coimbra e o facto de aquela escola não ver aprovada a abertura de novos cursos ou valências.

 

Segundo Ana Cortez Vaz, nos últimos cinco anos houve três com resultados positivos, mas motivados pela alienação patrimonial. De momento, o ITAP tem quatro turmas em funcionamento. “Efetivamente, a gerência que está à frente do ITAP não tem correspondido às expectativas do município, tendo por diversas vezes sido interpelada para apresentar aos sócios, em assembleia geral, um novo projeto para o ITAP, e tal nunca aconteceu”, criticou Ana Cortez Vaz. A vereadora acusou a atual gerência, que entrou em funções em 2021 pela mão do anterior executivo, de ser “negligente” e de não arranjar soluções para “inverter a atual situação”.

 

As contas da Prodeso acabaram por não ser votadas, por não estar anexado ao processo o relatório e contas de 2022.

 

Na mesma reunião do executivo, foram aprovadas as contas de 2022 do iParque, com quatro abstenções do PS. José Manuel Silva considerou que é necessário “reequacionar o funcionamento” daquela empresa que gere o parque tecnológico de Coimbra e prometeu para breve uma proposta “para um novo olhar” sobre aquela instituição.

 

O vereador com a pasta do Empreendedorismo esclareceu que o resultado negativo de 2022 se deve à ausência da venda de lotes no parque (só foram assinados contratos de promessa de compra e venda para lotes da segunda fase do iParque) e ao reforço do valor reservado para processos com a Autoridade Tributária que ainda estão em aberto.

 

LUSA/CM Coimbra

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