O fundo Coimbra Viva arrancou a atividade com 17 imóveis, mas atualmente conta já com 27 imóveis em carteira, espalhados pelas ruas da Moeda, Direita, João Cabreira, Nogueira e Pedro Olaio, que estão avaliados em 4,5 milhões de euros, segundo informações da FundBox. De acordo com a sociedade gestora do fundo, já foram reabilitados nove imóveis e vendidos, entre 2018 e 2022, dez apartamentos, num valor bruto faturado de 1,35 milhões de euros.
A entidade gestora tem, neste momento, seis apartamentos arrendados em imóveis que foram requalificados e outros seis que estão à venda, sendo que não é privilegiada a venda ou o arrendamento. “Todas as propostas são analisadas à luz do melhor interesse para o fundo”, sublinhou a FundBox, em declarações à LUSA.
De momento, encontram-se 18 imóveis por reabilitar, três dos quais já licenciados (associados ao projeto de uma residência de estudantes na Baixa) e seis em licenciamento, nomeadamente um projeto de reabilitação de um conjunto de prédios na rua Direita, junto à futura estação do Metrobus. A FundBox informa, ainda, que todos os prédios no quarteirão da rua da Moeda que são propriedade do fundo “já foram reabilitados”, com exceção de um, que obriga ao “emparcelamento de três imóveis”, não sendo o Coimbra Viva proprietário de duas parcelas para permitir avançar com o licenciamento.
“Os restantes imóveis que se encontram por reabilitar e sem projeto de licenciamento estão localizados no quarteirão da Nogueira. Também nesta situação existem questões relacionadas com imóveis que não são propriedade do fundo, que não permitem o cumprimento do que está previsto, nomeadamente a criação de uma praça no interior do quarteirão”, explicou. A Câmara Municipal de Coimbra tem conhecimento destas duas situações e está a procura uma solução para a resolvê-las.
O projeto da residência de estudantes, que o atual executivo camarário tem defendido, prevê uma capacidade para 70 pessoas, distribuídas “por 62 estúdios”, referiu a FundBox.
A sociedade, que está legalmente impedida de revelar os participantes do fundo, explica que a carteira de imóveis pode ser sempre alargada através de aquisições ou pela subscrição em espécie. Na subscrição em espécie, proprietários com imóveis na zona delimitada, podem contactar a sociedade gestora com interesse em participar no fundo.
O imóvel é avaliado e posteriormente é realizada uma assembleia de participantes do fundo, que pode aprovar o aumento de capital em espécie, com o proprietário a deixar de ser proprietário do “’seu’ prédio, recebendo, em contrapartida, unidades de participação do fundo Coimbra Viva, que terão o valor equivalente ao montante do aumento de capital em espécie”, explica a FundBox.
Apesar de reconhecer que ainda há “trabalho a desenvolver” na área delimitada do fundo, a sociedade gestora salienta que, pela “experiência adquirida ao longo dos últimos anos, tem todo o interesse em discutir o alargamento da atividade do fundo a outras áreas da cidade”.
LUSA/CM de Coimbra