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20 Dezembro 2023

Colaboração entre Câmara e Universidade complementa trabalho dos arqueológos municipais

Colaboração entre Câmara e Universidade complementa trabalho dos arqueológos municipais

A colaboração entre a Câmara Municipal (CM) de Coimbra e a Universidade de Coimbra (UC), mais concretamente a Licenciatura de Arqueologia, iniciado no ano passado, revelou-se bastante frutífera, tanto a nível de trabalhos académicos produzidos, que complementam as intervenções de campo realizados pelos arqueólogos municipais, como pelo potencial de divulgação e publicação de textos, bem como produção de novos contributos para a história local da região. O balanço da colaboração entre o Departamento de História, Estudos Europeus, Arqueologia e Artes da Faculdade de Letras da UC e os Serviços de Arqueologia da CM de Coimbra, que desde janeiro de 2023 se encontram afetos ao Gabinete de Arqueologia, foi apresentado na Reunião de Câmara de 18 de dezembro para conhecimento.

Durante o último ano, dois alunos do mestrado de Arqueologia e Território da Faculdade de Letras da UC desenvolveram trabalhos académicos em três sítios arqueológicos de cronologia romana, que tinham sido alvo de intervenções arqueológicas por parte dos arqueólogos municipais. E, já este ano, uma aluna começou um estágio extracurricular sobre elementos arqueológicos de Ouressa, que revelou dados inéditos em estudo.

 

Esta colaboração acalenta novos desafios para a arqueologia municipal, nomeadamente com a necessidade de delinear a realização de ações de divulgação do património do concelho, que poderão, inclusivamente, ser realizadas em parceria com a UC – que podem passar por congressos, conferências, palestras, encontros, exposições e publicações dos respetivos artigos em suporte de papel e/ou via web -, no retomar a relocalização dos sítios arqueológicos, com o intuito de conceber a Carta Arqueológica do Concelho e, ainda, na criação de um “campus arqueológico” na Amoreira, em São Martinho de Árvore, no terreno municipal com cerca de dois hectares, onde se possam realizar trabalhos arqueológicos programados, inseridos nos Projetos de Investigação Plurianuais de Arqueologia.

 

Importa sublinhar que este pedido de colaboração tinha dado entrada na CM de Coimbra a 8 de outubro de 2019. No entanto, só obteve aprovação com a entrada em funções do novo Executivo, logo no início de 2022. Após algumas reuniões sobre o espólio desta cronologia existente na Câmara Municipal. Na Reunião de Câmara de 18 de dezembro o relatório de colaboração desta iniciativa foi apresentado para conhecimento.

 

Luís Ruivo procedeu ao estudo dos materiais de adorno exumados no Sítio da Amoreira, em São Martinho de Árvore e no Sítio da Ouressa, em Eiras, tendo balizado, cronologicamente, os períodos de ocupação destes sítios arqueológicos. Com base nestes estudos, em Ouressa aponta-se uma ocupação entre o século I e IV d.C. e em Amoreira baliza-se a ocupação entre o século IV a.C. e o século IV d.C.

 

Ruben Mendes, por sua vez, fez um estudo mais pormenorizado do Sítio do Antigo, no lugar de Vilela, e cujo trabalho académico proporcionou a participação no IV Congresso da Associação dos Arqueólogos Portugueses, que se realizou na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, entre os dias 22 e 24 de novembro, com a apresentação de um poster e elaboração de um artigo que consta das atas do congresso.

 

Também Yasmin Puga começou, este ano, um estágio extracurricular. A aluna da licenciatura de arqueologia, tendo como orientador Armando Redentor, especialista em epigrafia latina romana, fez, entre outros trabalhos, o estudo de uma marca de oleiro (nome do fabricante) de tijolos de coluna, proveniente dos trabalhos de escavação arqueológica realizada em 2004, na estação arqueológica da Ouressa, em Eiras.

 

Tudo indica que a marca identificada será pouco conhecida, ou mesmo inédita, estando neste momento a ser alvo de um estudo mais pormenorizado por parte de Armando Redentor, com o intuito de efetuar a publicação desta marca de oleiro no “ficheiro Epigráfico”, suplemento que começou a publicar-se em 1982, com a “Revista Conimbriga”, editada desde 1959, pelo Instituto de Arqueologia da Universidade de Coimbra, destinado a divulgar inscrições romanas inéditas de toda a Península Ibérica.

 

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