6 Fevereiro 2024

CM de Coimbra apresenta Plano Ciclável de Coimbra com 209 km de novas ciclovias em continuidade com rede atual

CM de Coimbra apresenta Plano Ciclável de Coimbra com 209 km de novas ciclovias em continuidade com rede atual

O Executivo aprovou, na reunião de Câmara de 5 de fevereiro, uma proposta do “Plano Ciclável de Coimbra”, com a criação de 209 quilómetros de novas ciclovias em continuidade com a rede atual, que tem 26 quilómetros. Na mesma reunião foi ainda aprovado o estudo prévio para a Extensão da ciclovia de Coimbra à Solum – Eixo Alto de S. João/Cidral. A proposta de dois quilómetros, por dentro da malha urbana, pode custar 2,8 milhões de euros (M€), segundo estimativa dos serviços municipais. Após aprovação de ambos os documentos, segue-se a divulgação e apela-se à participação da população.

O Plano Ciclável de Coimbra prevê a criação de 209 quilómetros de novas ciclovias em continuidade com a rede atual, com 26 quilómetros. “Uma rede que prevê 110 quilómetros de ciclovias estruturantes e 125 quilómetros de vias locais, incluindo as infraestruturas já existentes, planeadas e propostas”, explica o documento. O plano é um guião na definição de intervenções no espaço público, quer sejam elas de origem pública ou privada, e identifica as intervenções consideradas prioridades de investimento pelo município, no âmbito da rede ciclável.

 

No documento é ainda identificado o estado de “maturação processual” das ciclovias, em Coimbra. Assim, neste momento, em execução está um só projeto, intermunicipal, designado por Ciclovia do Mondego. Há três projetos em estudo prévio: Ligação entre a Solum e o Alto de São João, Ligação entre a Solum e a ciclovia da Avenida Cónego Urbano Duarte e Ciclovia do Leito Periférico Direito. De referir, ainda, que o projeto intermunicipal Ciclovia do Rio Ceira está em fase de estudo do traçado, sendo que todas as restantes ciclovias são, apenas, planos: Ligação Santa Clara/S. Martinho do Bispo, Travessia do Mondego, entre Arnado e Avenida de Conimbriga, Travessia do Mondego, Ponte Rainha Santa Isabel, Prolongamento da ciclovia da Estrada de Eiras até à Adémia e Ciclovia Ponte Açude- Bencanta- Vale do Rosa.

 

 

 

À mesma reunião vai ainda o estudo prévio para a Extensão da ciclovia de Coimbra à Solum – Eixo Alto de S. João/Cidral, identificado no Plano como prioritário. Com esta extensão pretende intersetar-se a ciclovia do Vale das Flores com a extensão à Solum. A proposta de extensão da ciclovia de Coimbra à Solum apresenta-se como um “grande desafio” – refere-se na informação – por ser uma intervenção num tecido urbano consolidado e denso, com grandes volumes de circulação rodoviária e elevada pressão de estacionamento. É, também, uma zona onde a circulação pedonal é intensa, muito devido à grande presença de usos mistos (habitacionais e variados serviços, comércio e educação).

 

Estima-se um valor de 2,8 milhões de euros para sua a execução. Este valor é extrapolado, segundo os serviços municipais, da estimativa orçamental do projeto da Estrada da Beira, elaborado em 2018, e dos valores de obra para trabalhos similares, atualmente, em curso, nomeadamente na Estrada de Eiras e as ciclovias da primeira fase. “Na próxima fase de desenvolvimento do projeto, deverão ser consultados alguns proprietários cujas propriedades confinam com a área de intervenção e em que há benefício em negociar alguns ajustes de modo a melhorar as condições pedonais. É o caso dos números 71 e 5 da Rua Monsenhor Nunes Pereira junto à Fonte da Cheira, assim como o terreno propriedade da E-Redes junto à rotunda da Avenida Mendes Silva”, acrescenta a informação.

 

A intervenção proposta procura dar resposta “ao desafio de implementar uma ciclovia segura e contínua, mas também promover uma melhor qualidade de vida urbana para o local, pelo que contempla o alargamento de passeios e a criação de espaços de estadia e socialização, arborização e intensificação da biodiversidade, criação de zonas permeáveis e introdução de sistemas de drenagem sustentável, além de atualizar as redes de infraestruturas existentes de modo a reduzir perdas e custos de operação”.

 

No âmbito do estudo, são alterados os sentidos e as prioridades de circulação, de modo a reduzir o tráfego de atravessamento e a direcionar a circulação interzonal, por exemplo, para a Avenida Fernando Namora e a futura Avenida da Lousã. O objetivo é tornar estas vias mais seguras para peões e ciclistas, mas também mais atrativas de modo a fixar comércio de qualidade, e mais confortáveis silenciosas e despoluídas. Trata-se de uma extensão de cerca de dois quilómetros que leva à redução de apenas de dez lugares de estacionamento e ao aumento do coberto arbóreo em cerca de 250%, face ao atual.

 

Os dois documentos que vão, agora, ao Executivo foram apresentados na Semana Europeia da Mobilidade, que ocorreu de 16 a 22 de setembro do ano passado, e foram desenvolvidos pela Divisão de Projetos e Divisão de Mobilidade Urbana, já integrando contributos recolhidos na referida apresentação pública. No entanto, após a aprovação, é intenção haver um esforço na divulgação do projeto através de diversos meios, de modo a conseguir-se a atenção e a participação da população.

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