23 Fevereiro 2024

Operação de remoção de Jacintos de Água na albufeira do Açude Ponte

Operação de remoção de Jacintos de Água na albufeira do Açude Ponte

Decorreu, durante esta semana, uma operação de controlo e de remoção de jacintos de água na albufeira do Açude Ponte, no âmbito do projeto financiado pelo Fundo Ambiental e estruturado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra. O jacinto de água integra a lista nacional das espécies invasoras e tem um crescimento extremamente rápido, podendo duplicar a sua população em apenas cinco dias.

A espécie foi detetada, pela primeira vez, em julho do ano passado nas margens bacia da albufeira do Açude Ponte de Coimbra pelas equipas de investigadores da Escola Superior de Agrária e do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra. Prontamente, os investigadores promoveram a sua remoção a partir da margem, trabalho que veio a ser completado a partir do leito do Mondego com a intervenção do Departamento de Ambiente e Sustentabilidade da CM de Coimbra e com o apoio da Companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra. Apesar deste esforço, atendendo às características da espécie, mais tarde vieram a ser detetados novos núcleos.

 

Para esta operação, estavam disponíveis diversos meios, designadamente um veículo anfíbio, máquinas giratórias, embarcações diversas e equipas preparadas para lidar com esta espécie infestante. A utilização dos meios técnicos foi adequada à tipologia de núcleos de jacinto de água identificados.

 

De acordo com o grupo de investigadores responsáveis pela plataforma www.invasoras.pt e que, também, estão envolvidos na operação, o jacinto de água (Eichhornia crassipes) integra a lista nacional das espécies invasoras. Possui um crescimento extremamente rápido, podendo duplicar a sua população em apenas cinco dias. Importa, ainda, destacar que a espécie pode formar largos tapetes flutuantes, que alteram as condições físicas e químicas da água, afetando também a biodiversidade das massas água que ocupam.

 

O jacinto de água é apenas uma das espécies invasoras aquáticas que ocorrem na Bacia do Mondego. Estão já identificadas outras espécies como a Alternanthera philoxeroides que pode causar graves disrupções no sistema aquático e que foram também objeto de intervenção feita nos últimos dias. As características biológicas e ecológicas destas espécies impelem a que sejam tomadas todas as medidas possíveis que promovam a sua deteção precoce e a adoção de resposta rápidas que impeçam a sua dispersão, evitando assim impactes ecológicos e económicos mais graves.

 

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