O aumento de capital era essencial para se avançar com aquela residência de estudantes, cujos custos ascendem a cerca de 4,2 milhões de euros, “o qual não é passível de ser integralmente suportado, nem com os atuais capitais próprios [do fundo], nem com recurso ao endividamento”, aclarou. O processo de capitalização permite “avançar com a empreitada da residência de estudantes, contribuindo para a reabilitação, dinamização e vivificação da baixa e, simultaneamente, aumentar a capacidade de endividamento do fundo”, sublinhou Ana Bastos.
Segundo a vereadora, esta capitalização permitirá também suportar o custo com a conclusão de outros projetos de reabilitação na Baixa por parte do Coimbra Viva. Questionada pela agência Lusa à margem da reunião, Ana Bastos esclareceu que o Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) não subscreveu o aumento de capital e, com esta operação, o Município passa a deter 72,58% do fundo imobiliário, ao invés dos anteriores 56% antes da capitalização.
O aumento de capital foi desbloqueado depois de, em janeiro, ter sido viabilizado a contração de um empréstimo por parte do município para poder proceder à capitalização do Coimbra Viva.
Em junho de 2023, a sociedade gestora do fundo, a privada FundBox, tinha referido à agência Lusa que o fundo conta com 27 imóveis em carteira, dos quais nove estavam já reabilitados à data e outros nove licenciados ou em licenciamento. O fundo, criado em 2011 para atuar numa zona delimitada da Baixa da cidade, tem como participantes institucionais a CM de Coimbra e o IHRU e é gerido pela sociedade privada FundBox, permitindo também a participação de investidores privados e detentores de imóveis.
LUSA/CM de Coimbra