A conferência de imprensa contou também com a presença do presidente da Câmara Municipal (CM) de Coimbra, que se regozijou por Coimbra ser uma das três cidades europeias a receber o Festival MATE. “O Festival vai ser extremamente impactante, vai fazer a diferença, vai notar-se, mas vai, sobretudo, deixar qualquer coisa para o futuro”, sublinhou José Manuel Silva.
O presidente da Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra, Emílio Torrão, também presente na conferência de imprensa, espera que o Festival possa permitir o estabelecimento de negócios no âmbito das indústrias culturais e criativas, para além da capacitação e da partilha. “A Comunidade Intermunicipal está neste projeto de alma e coração, com todo o empenho e dedicação, porque foram muitos anos para o preparar e conseguir que o mesmo tivesse concretização. É o primeiro grande festival de economias criativas na nossa região e vamos fazer com que seja um grande sucesso”, sublinhou Emílio Torrão.
Cofinanciado pelo Programa Europa Criativa, com cerca de 200 mil euros, o MATE Europe é liderado pela Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, tendo como parceiros a Associação Cultural Sem Fins Lucrativos Jazz ao Centro Clube (com sede em Coimbra) e as empresas Nordesía (Santiago de Compostela, Galiza, Espanha) e Principal Pro (de Tessalónica, Grécia).
Eron Quintiliano salientou a realização do concerto do duo luso-brasileiro composto por António Zambujo e Yamandú Costa, que terá lugar a 23 de outubro, no Convento São Francisco. “Também teremos a moçambicana Selma Uamusse, que tem uma trajetória incrível na música internacional. E teremos uma apresentação inédita em Portugal, com um grande nome da música brasileira e conexão com os PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa], que é o Mateus Aleluia, que este ano completa 80 anos de idade e irá apresentar o projeto Baía Profunda”, informou.
A par deste clássico da música brasileira, marcará presença “o grupo português Crua, constituído seis cantoras que tocam adufe”, e ainda o projeto português Vludo. “Teremos um grupo de Coimbra que é o Twist Connection, de grande relevância, que circula no país inteiro e também na Espanha e gostaríamos de os apresentar ao mundo e fazê-los circular mais longe. Teremos também a Beatriz Villar que canta Fado de Coimbra, no dia 21 de outubro, no Museu Nacional Machado de Castro”, referiu.
Mad Professor, Lívia Matos, Crua, Kadinella, Eugénia Contente Trio, Mancines, Bandua, Sumrrá, Marcelo dos Reis, Magupi, High Paw, O Gajo, Caribombo, DANYKAS DJ, Lika, La Barca, Tor4 e Mr. Fishman são outros dos nomes que figuram na programação.
O festival com caráter europeu terá também cinco artistas selecionados no open call internacional: Abril da Galiza, Cindazunda de Portugal, Erick Endres do Brasil/Espanha, Malva de Portugal e Mariana Mug do Brasil/Portugal. Segundo Eron Quintiliano, em cada um dos cinco dias será possível escutar um destes artistas emergentes nas várias localizações “de forma gratuita”, para que “a cidade de Coimbra toda possa participar”.
A programação inclui também, nos dias 20 e 21 de outubro, a “Exposição ao escuro”, com curadoria de Adolfo Caboclo, artista brasileiro ligado ao coletivo de Coimbra Pescada nº 5, instalada no Lufapo Hub.
LUSA/CM Coimbra