Decorridos sete meses desde o início dos trabalhos, verifica-se que, até 30 de junho, foram executadas intervenções no valor total de 550.255,50 euros (sem IVA), o que corresponde a 60% do valor global da obra. Este número representa um avanço de aproximadamente 8% relativamente ao previsto no cronograma financeiro contratual. Na visita que fez à obra, na semana passada, José Manuel Silva congratulou-se com a evolução da empreitada e com a aproximação do seu término.
“Está a ficar com um aspeto lindíssimo”, afirma o autarca, recordando o estado em que se encontrava o edifício, sobretudo o interior do columbário, que era “absolutamente indigno” para acomodar as ossadas. “Estavam aqui cerca de 1.500 urnas de diferentes tamanhos e ossários em condições muito precárias, em risco de queda”, sublinha, apontando razões que mais do que justificam esta obra “extremamente importante e impactante em termos emocionais”.
Até ao momento, estão concluídos (ou em fase de conclusão) os trabalhos de demolição da construção espúria anexa ao corpo lateral direito; a adaptação da cave desse mesmo corpo lateral a zona técnica de lavagem de ossadas, com criação de acesso pelo exterior; bem como a adaptação da subcave (antiga cisterna) a Arquivo Morto Administrativo. Foram também executadas a remodelação integral das coberturas (estrutura e revestimento), a instalação de órgãos de drenagem pluvial, a substituição das caixilharias exteriores de madeira por novas em ferro preto baço, a limpeza e reparação de cantarias, e a picagem de rebocos exteriores, com aplicação de novos rebocos e pinturas.
Atualmente, estão em curso os trabalhos de picagem de rebocos interiores, reparação de caixilharias em ferro, vitrais e portas em ferro e madeira, execução de telheiro em betão para estacionamento das máquinas de trabalho do cemitério e intervenção na Casa do Pessoal, com pinturas gerais, criação de um alpendre para tratamento de roupas e requalificação da copa/zona de refeições.
Recorde-se que o edifício foi gravemente afetado por um incêndio na passagem do milénio. As obras em curso vão permitir, como refere José Manuel Silva, outros usos igualmente importantes, como a criação de um arquivo morto para o Cemitério da Conchada e de uma zona técnica de lavagem de ossadas. Para o autarca, está sobretudo em causa o respeito “pela história do Cemitério da Conchada” e, acima de tudo, “pelos entes queridos que aqui estão no seu descanso eterno”.
Do programa da empreitada falta iniciar a execução de novos rebocos e pinturas interiores, os trabalhos de carpintarias interiores, a reconstrução da estrutura de suporte das prateleiras para colocação das urnas, a execução do guarda-vento e do móvel Columbário em madeira, as instalações elétricas especiais e a instalação do mecanismo de elevação/deslocação (ponte rolante).
Créditos fotográficos: Câmara Municipal de Coimbra | João Pedro Lopes
Vídeo: Câmara Municipal de Coimbra | Marta Costa