A exposição resulta de uma residência artística na Casa da Cidadania da Língua, durante a qual o artista desenvolveu uma instalação inédita. A obra convoca imagens de arquivos coloniais, linguagens visuais experimentais e materiais audiovisuais, desafiando a forma como a história é registada, fixada e, por vezes, ocultada.
A sessão de inauguração inclui uma conversa pública entre o artista e a curadora, às 18h00, seguindo-se, às 19h00, o “Brasília em Concerto – Festival de Música Brasileira”, um espetáculo que funde ritmos afro-brasileiros, jazz e poesia. O concerto conta com a participação especial do poeta e ator Carlos Gonçalves e é produzido por Cássia Lourenço.
“O Mandela Day não é apenas um marco simbólico — é um convite à ação. Com esta programação, propomos que a arte e a música sejam meios de emancipação, escuta e transformação coletiva”, afirma José Manuel Diogo, presidente da Associação Portugal Brasil 200 anos.
De referir, ainda, que Vítor Dads Martinz é artista visual, fotógrafo e videógrafo. Doutorado em Poéticas Interdisciplinares pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com passagem pela Universidade do Porto, o seu trabalho explora temas como utopia, tempo, negritude e memória, com foco na reinterpretação crítica de arquivos coloniais.
A mostra, gratuita, pode ser visitada até 30 de setembro, na Casa da Cidadania da Língua, situada na Rua João Jacinto, na Alta de Coimbra.